Grandes Momentos da História: China, Cuba e Brasil no Século XX

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O Governo de Mao Tsé-Tung: Transformações e Desafios

Nos primeiros anos de seu governo, Mao Tsé-Tung estatizou as grandes empresas, expropriou e distribuiu terras aos camponeses e implementou a industrialização com a ajuda da URSS. A economia chinesa reagiu e passou a apresentar altas taxas de crescimento. Além disso, o governo de Mao concedeu às mulheres os mesmos direitos que os homens tinham. O Grande Salto para Frente foi um plano de desenvolvimento ambicioso que pretendia transformar a China em país desenvolvido no prazo de 15 anos. Para isso, o governo criou as Comunas Populares: comunidades autossuficientes formadas por 20 mil pessoas. O Grande Salto, no entanto, não foi bem-sucedido: a economia se desorganizou; ocorreu escassez de alimento; milhões de pessoas morreram.

A Revolução Cultural Chinesa: Contexto e Impacto

No início dos anos 1960, a desorganização econômica, a carestia e os privilégios dados aos altos funcionários do Partido Comunista Chinês geravam grande insatisfação social. Nas universidades, os estudantes exigiam a renovação dos métodos de ensino e diziam ser necessário combater os "Quatro Velhos": velhos hábitos, velhas culturas, velhas ideias e velhos costumes. Percebendo que isso era uma ameaça a seu poder, Mao canalizou a insatisfação popular e, em 1966, propôs a Revolução Cultural, movimento cujo objetivo era combater todos aqueles que discordavam dos princípios da Revolução de 1949.

Cuba: Economia e Sociedade Pré-Revolução

Na primeira metade do século XX, Cuba sobrevivia principalmente da produção de açúcar, que vendia para os EUA, e do turismo. Grande parte da riqueza da ilha concentrava-se em mãos de poucas famílias locais e de empresários norte-americanos. Enquanto isso, a maioria da população alimentava-se mal, morava em cortiços ou em cabanas de palha, sem assistência médica, sem saber ler ou escrever e sobrevivendo de empregos temporários.

A Revolução Cubana: Luta, Vitória e Primeiras Medidas

Durante os dois anos de luta contra a ditadura de Batista, os "barbudos", como os rebeldes eram chamados, foram ganhando apoio popular, tanto entre os camponeses como entre a população da cidade. Em 1º de janeiro de 1959, Fidel Castro, Che Guevara e Camilo Cienfuegos, os principais líderes da Revolução Cubana, chegaram ao poder. Estabelecido no poder, Fidel Castro tomou algumas medidas populares, tais como: reforma agrária, com distribuição de terras para 200 mil famílias; redução de 50 por cento nos aluguéis residenciais, no preço dos medicamentos, nas tarifas telefônicas e de eletricidade; nacionalização de bancos e outras empresas, muitas delas norte-americanas. Os Estados Unidos revidaram, rompendo relações diplomáticas com Cuba em janeiro de 1961.

Cuba e a Guerra Fria: A Crise dos Mísseis

Conforme as relações entre os Estados Unidos e Cuba foram piorando, Fidel Castro estreitava laços com a União Soviética, chegando a permitir que os soviéticos construíssem uma base de lançamento de mísseis nucleares em território cubano. Ao saber disso, o governo norte-americano reagiu impondo um bloqueio aéreo e naval à ilha e ameaçando usar armas nucleares se a URSS insistisse no projeto. Diante da gravidade da situação, a URSS fez retornar os navios que levavam os mísseis para o território cubano. O episódio, conhecido como Crise dos Mísseis, foi um dos momentos mais tensos da Guerra Fria, pois poderia ter gerado uma guerra nuclear.

Economia do Governo Geisel: II PND e Crise

O governo Geisel lançou o Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), cujos objetivos principais eram: manter altas taxas de crescimento econômico; estimular a produção de bens de capital, como máquinas e equipamentos pesados; e aumentar a produção de insumos básicos, considerados essenciais à industrialização acelerada. Para enfrentar o problema energético, o governo Geisel investiu na substituição parcial da gasolina pelo álcool e na construção de hidrelétricas. Quando Geisel assumiu o poder, os países ricos reagiram à crise do petróleo, elevando fortemente os juros sobre o dinheiro que emprestavam. Apesar disso, Geisel continuou tomando empréstimos em dólares no exterior, o que fez com que, em seu governo, a dívida externa brasileira aumentasse mais de 3 vezes.

Política do Governo Geisel: Abertura Lenta e Segura

O presidente Geisel era favorável a que os militares devolvessem o poder aos civis e voltassem para os quartéis. Mas, na visão dele, essa abertura política deveria ser lenta, gradual e segura, sendo necessário controlar tanto a oposição democrática como os generais da linha dura. Em 1974, o presidente Geisel iniciou o processo de abertura, permitindo a propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Mas, ao contrário do que esperava, a vitória nas eleições parlamentares daquele ano coube ao MDB, partido de oposição. Diferentemente do presidente Geisel, a Lei Falcão censurava previamente os candidatos na TV e no rádio. Em outubro de 1975, um jornalista membro do Partido Comunista foi convocado para prestar depoimento no quartel do Segundo Exército. No dia seguinte, apareceu morto em uma cela, asfixiado. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho foi torturado e morto no mesmo quartel. Desta vez, o presidente Geisel não hesitou: demitiu o comandante do Segundo Exército e nomeou em seu lugar um general de sua confiança.

Um Passo Atrás na Abertura: O Pacote de Abril

Ciente de que o MDB poderia vencer as eleições, Geisel deu um passo atrás no processo de abertura: fechou o Congresso e impôs um conjunto de medidas conhecidas como Pacote de Abril: um terço dos senadores seria escolhido pelo governo; a escolha dos governadores seria feita por eleições indiretas; o mandato do presidente da República passava de 5 para 6 anos.

A Era Vargas: Transformações no Brasil

Durante o primeiro governo de Vargas, o Brasil mudou bastante: a industrialização avançou e as cidades cresceram; o Estado se fortaleceu, interveio na economia e estabeleceu uma nova relação com os trabalhadores urbanos.

Características da Constituição de 1934

  • Voto secreto (dificultava a prática da corrupção eleitoral).
  • Voto feminino (a partir disso, as mulheres passaram a ter importância cada vez maior).
  • Justiça Eleitoral (tinha como objetivo zelar pelas eleições).
  • Ensino primário gratuito.
  • Nacionalização progressiva.
  • Direitos trabalhistas (jornada de 8 horas, descanso semanal, proteção ao trabalho de menor e da mulher).

Os Integralistas: Ideologia e Ações

Os Integralistas seguiam os princípios do fascismo. Criaram a AIB (Ação Integralista Brasileira) que defendia: um governo autoritário dirigido.

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