Morte Celular: Necrose, Lesão e Reperfusão

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Morte Celular: Necrose, Lesão e Reperfusão

Bomba Sódio e Potássio

Localizada na membrana da célula, gasta energia para funcionar (transporte ativo), jogando sódio para fora da célula e colocando potássio para dentro. Ela faz isso contra um gradiente de concentração (não pode ter muito sódio, quando entra muito sódio, a água entra também para tentar dissolver esse sódio).

Fosforilação Oxidativa

Geração de ATP utilizando o oxigênio da respiração. Outra fonte de energia é através da glicose.

Macroscópica

Perda de brilho ou palidez, compressão dos capilares e sinusoidais que levam nutrientes. Compromete o órgão, tornando-o ainda mais inchado. Aumento do volume e peso: pelo acúmulo de água, exemplo, hepatomegalia.

Microscopia

Células tumefeitas com vacúolos pequenos e claros (mais diluído) e pequenas granulações eosinofílicas no citoplasma.

Lesão Celular

Existem alguns pontos em que a célula é vulnerável, e a partir desses pontos é que dizemos que a célula sofreu lesão.

Aspectos da Morte Celular

  1. Perturbação profunda na função da membrana plasmática: Ex: corte no dedo. Param os canais de cálcio, elevando a concentração de cálcio na célula. Fosfolipase – enzima que quebra fosfolipídeos. A alta concentração de cálcio dentro da célula vai ativar a enzima fosfolipase que degrada a membrana da célula ainda mais.
  2. Incapacidade de reverter a função mitocondrial: Lesão mitocondrial irreversível – depleção total de ATP. Célula não funciona sem mitocôndria. Também ocorre a ativação das fosfolipases pelo cálcio citosólico. Além das mitocôndrias terem função de geração de energia, elas também ajudam a equilibrar a quantidade de cálcio dentro da célula (guardam o cálcio) = sequestrar cálcio (termo utilizado pelos autores). O retículo endoplasmático também guarda cálcio quando este está em excesso.
  3. Quando a homeostasia celular é comprometida: Consequência das anteriores. A falta de ATP provoca elevações continuadas de cálcio citoplasmático. O limite de captação de cálcio pelas membranas é vencido e o cálcio fica livre no citoplasma. O aumento de cálcio livre resulta em aumentos inespecíficos da permeabilidade da membrana plasmática, resultando em perdas de metabólicos celulares, proteínas, enzimas, coenzimas e RNA através da membrana.
  4. Lesão direta do DNA: Perda da capacidade de ativar a apoptose.

Lesão de Isquemia/Reperfusão

Reperfusão: volta do suprimento sanguíneo após uma isquemia. Exemplo: infarto do miocárdio causado por isquemia. Falta nutrientes para a célula desempenhar suas funções. As artérias são obstruídas, precisamos reverter essa situação desobstruindo a artéria. Quando voltamos o fluxo sanguíneo, teremos células com lesão reversível, células com lesão irreversível, cálcio, oxigênio e, como a célula ainda está desequilibrada, ela começa a gerar ATP, mas não está com sua capacidade antioxidante, então serão gerados mais radicais livres. Ou seja, essa reperfusão pode ser danosa à célula. Então é necessário um mecanismo para que essa célula que sofreu lesão reversível não se torne irreversível quando ocorre a reperfusão.

Área afetada pela isquemia: área de risco. Nessa área encontramos:

  • Células lesadas irreversivelmente – sofrerão necrose
  • Células lesadas reversivelmente – retornarão à homeostasia
  • Células lesadas reversivelmente – irão progredir para lesão irreversível – morte – necrose

Isso ocorre pois, durante a reperfusão, são gerados estímulos lesivos. A reperfusão não afeta o prognóstico caso já tenha ocorrido lesão irreversível. A reperfusão permite a restauração de células que sofreram lesão reversível. Ainda pode gerar novos estímulos lesivos, levando as células que sofreram lesão reversível à morte. É importante conhecermos tais estímulos, pois assim teremos chances de inativá-los.

Novos Estímulos Lesivos

  • Radicais livres: a reoxigenação gera muitos radicais livres na área de risco. As células produzem ATP, mas não conseguem produzir substâncias antioxidantes para neutralizar os radicais livres que se formaram. As células em homeostase produzem substâncias antioxidantes que inibem a ação dos radicais livres.
  • Processo inflamatório: defesa e retirada de células mortas. A resposta inflamatória traz células de defesa: neutrófilos e macrófagos que podem ampliar a lesão tecidual. Em excesso e de forma muito potente, pode atingir células vizinhas que não tenham sofrido lesão irreversível: liberação de enzimas lisossomais e geração de radicais livres.
  • Influxo maciço de cálcio: a reperfusão traz cálcio para o tecido reperfundido. O cálcio tem que estar baixo dentro da célula. O sangue é rico em cálcio; quando ocorre reperfusão e esse sangue volta, estará em quantias muito altas e as enzimas serão ativadas e degradarão a célula.

Tratamento Durante a Reperfusão Tecidual

  • Administração de antioxidantes: inativam os radicais livres. Ex.: vitamina C e E
  • Administração de inibidores dos canais de cálcio: impedem o influxo maciço de cálcio
  • Controle da inflamação: drogas anti-inflamatórias

Morte Celular – Necrose

Morte celular é a perda irreversível das atividades integradas da célula e consequente incapacidade de manutenção dos seus mecanismos de homeostasia. A morte celular não é algo estático, é algo dinâmico. Acontecem várias coisas depois da morte. A morte celular é a forma que a célula será degradada. Ela pode ser degradada de várias formas: necrose, apoptose.

A morte celular ocorre através de:

  • Danos diretos na membrana plasmática e/ou estruturas celulares.
  • Estresse oxidativo provocando danos irreversíveis na célula.
  • Perda da homeostasia do cálcio.

Necrose: sequência de alterações bioquímicas, funcionais e morfológicas que ocorrem após a morte celular – lesão irreversível. Essas alterações morfológicas ocorrem por ação de suas próprias enzimas, ou enzimas de células vizinhas. Enzima é uma proteína com uma ação específica. Ela não é um organismo vivo, ela tem atividade biológica, capacidade de quebras de PTN, CHO, LIP.

Mecanismo de Necrose

: ação degenerativa, progressiva de enzimas sobre a célula lesada. A
digestão enzimática da células lesada pode ocorrer de duas formas:

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