Motilidade Digestiva: Estômago e Intestinos

Mastigação e Deglutição

Esvaziamento Gástrico

Piloro e antro gástrico atuam no controle do esvaziamento gástrico:

• Contrações peristálticas intensas (pressões de 50 a 70 cm de água);
• Intensidade do peristaltismo antral: principal fator que determina a velocidade do esvaziamento;
• A abertura do piloro permite expelir apenas alguns milímetros do conteúdo antral para o duodeno a cada onda peristáltica.

Regulação do Esvaziamento Gástrico

1. Sinais nervosos causados pela distensão do estômago pelo alimento;
2. O hormônio gastrina, liberado pela mucosa antral em resposta à presença de alimento, aumenta a força da bomba pilórica e inibe ligeiramente o piloro.

Excesso de quimo e/ou carne = feedback negativo:

• Deprimem a bomba pilórica;
• Aumentam o tônus do esfíncter pilórico.

Regulação do Esvaziamento Gástrico

Reflexos Nervosos Enterogástricos do Duodeno:

• Inibem fortemente as contrações propulsivas do antro;
• Aumentam ligeira a moderadamente o tônus do esfíncter pilórico;

Fatores que influenciam os reflexos:

1. O grau de distensão do duodeno;
2. A presença de irritação da mucosa duodenal;
3. O grau de acidez do quimo duodenal (pH ideal em torno de 4);
4. O grau de osmolalidade do quimo;
5. Presença de produtos de degradação das proteínas e gorduras.

Vômito

• Uma onda peristáltica inversa inicia no intestino delgado, deslocando o conteúdo gastrointestinal no sentido cefálico;
• O conteúdo gástrico é finalmente empurrado para o esôfago. Se o esfíncter esofágico superior permanecer fechado, ocorre a ânsia de vômito. Se a pressão no esôfago se tornar alta o suficiente para abrir o esfíncter superior do esôfago, ocorre o vômito;
• O centro do vômito no bulbo é estimulado pelo toque na parte posterior da garganta, por distensão gástrica e estimulação vestibular;
• A zona de gatilho quimiorreceptora no quarto ventrículo é ativada por agentes eméticos, radiação e estimulação vestibular.

Intestino

• Intestino Delgado: Aproximadamente 5m, e o quimo leva cerca de 2 a 4 horas para atravessá-lo;
• Duodeno e jejuno: Local onde a maior parte da digestão e da absorção ocorre;
• Cólon: Recebe 500 a 1500 ml de quimo por dia. A maior parte dos sais e da água é absorvida;
• O progresso de conteúdos colônicos é lento, aproximadamente 5 a 10 cm por hora no máximo.

Motilidade do Intestino Delgado

Contrações de Mistura

• Misturam o conteúdo intestinal;
• Uma parte do intestino delgado se contrai, enviando o conteúdo intestinal (quimo) nas direções cefálicas e caudal. A seguir, essa porção do intestino delgado relaxa, e o conteúdo retorna para dentro do segmento;
• Esse movimento para frente e para trás produzido pelas contrações de segmentação é responsável pela mistura;
• Frequência máxima de ondas lentas: Duodeno = 11-12/minuto e Íleo = 8-9/minuto.

Contrações Propulsivas

• Velocidade = 0,5 a 2 cm/segundo (intestino proximal);
• Baixa intensidade (distâncias curtas);
• Função adicional de espalhar o quimo sobre a mucosa intestinal;
• Estímulos:
  • Chegada de quimo ao duodeno;
  • Reflexo gastroentérico;
  • Fatores hormonais (gastrina, CCK).

Controle Neural da Motilidade Intestinal

• Segmentação: Controle adicional pelo plexo mioentérico;
• Peristalse: Reflexo local. O estiramento causa relaxamento distal e contração proximal.

Motilidade do Intestino Delgado

• Após a absorção de nutrientes: Início da peristalse (cada onda começa distal à anterior);
• Material não digerido e absorvido, bactérias e restos celulares seguem para o intestino grosso.

Válvula Ileocecal

• Controla a entrada do quimo para o ceco;
• Impede o fluxo retrógrado.

Esfíncter Ileocecal

• Habitualmente permanece ligeiramente contraído;
• Reflexo gastroileal: peristaltismo ileal intensificado.

Motilidade no Intestino Grosso

Movimentos no Intestino Grosso e suas Funções:

• Absorção de água e eletrólitos;
• Armazenamento de material fecal.

Tipos de movimentos:

• Movimentos de mistura / Haustrações;
• Movimentos propulsivos / Movimentos de Massa.