Movimentos Artísticos do Século XX: Expressionismo, Futurismo e Cubismo
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Expressionismo - Tal como no Fauvismo, o Expressionismo estabelece o primado da cor. Porém, nesta corrente, evidencia-se um acentuado pessimismo. Através da expressão de temas e sentimentos negativos, reivindica-se, na arte, a liberdade do pintor e a crítica dos padrões oficiais burgueses. Pode considerar-se que Van Gogh e Edvard Munch foram precursores do Expressionismo. Trata-se de um movimento alemão, iniciado em 1905, e que abarcou, no essencial, dois grupos artísticos:
- Die Brücke (A Ponte) - Grupo formado em Dresden, em 1905, liderado por Ernst, que procurava a autenticidade na arte.
- Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul) - Também muito importante para esta corrente artística.
Futurismo - Desligada do passado, a estética futurista centra-se na representação do mundo industrial: a cidade, a máquina, a velocidade, o ruído. Procura igualmente fazer-se eco do tempo que rege o dinamismo universal: a obra de arte não pode ser estática porque nada o é. Na Natureza, tudo se transforma incessantemente. A busca de uma solução formal que representasse o dinamismo conduziu os futuristas à diluição das formas, à justaposição das imagens fugazes que passam na retina em frações de segundo, bem como à decomposição da realidade em segmentos representando pontos de vista simultâneos que se interpenetram, numa amálgama de movimento, som e cintilações de luz. Com esta última solução, os futuristas aproximam-se dos cubistas e com eles partilham o simultaneísmo e a decomposição fragmentada. Ironicamente, o deflagrar da Grande Guerra truncou, de modo trágico, o desenvolvimento da estética futurista.
Cubismo - Em 1907, Pablo Picasso, pintor catalão radicado em Paris, decide iniciar um óleo de grandes proporções ao qual, mais tarde, seria dado o nome de Les Demoiselles d'Avignon (As Meninas de Avinhão). O resultado foi um quadro desconcertante representando cinco mulheres nuas, provavelmente uma cena de bordel. Fortemente influenciados pelo geometrismo de Cézanne, de quem se tinha organizado uma retrospectiva no Salon d'Automne de 1907, e pela estilização volumétrica da arte africana, cujo valor começava a ser reconhecido, Braque e Picasso lançaram-se no desenvolvimento lógico da nova concepção artística iniciada pelas Demoiselles.
O Cubismo Analítico
Braque e Picasso geometrizaram e simplificaram formas, embrenhando-se num tratamento lógico e construtivo dos volumes. A verdadeira essência do Cubismo não estava, porém, na geometrização dos volumes, mas na destruição completa das leis da perspectiva que, apesar de todas as investidas, continuavam a dominar o espaço pictórico. Braque e Picasso consideravam a representação tradicional redutora e mentirosa, pois mostrava apenas uma parte da realidade, aquela que percebemos de um ponto de vista fixo, num determinado momento. Nos anos que se seguiram, Braque e Picasso continuaram o percurso que tinham iniciado: os motivos são cada vez mais minuciosamente decompostos em facetas geométricas que se intercetam e sucedem. Ao volume fechado e circunscrito, os cubistas opõem assim um volume aberto, que ocupa todo o espaço do quadro. Pouco a pouco, as cores restringem-se a uma paleta quase monocromática de azuis, cinzentos e castanhos, de forma a não perturbar o rigor geométrico da representação.