Movimentos de Massa em Solos e Rochas: Tipos e Estabilização

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Classificação dos Movimentos de Massa

Sólida

  • Rotacional
  • Planar
  • Translacional
  • Basculamento
  • Queda

Viscosa

  • Escoamentos

Fluida

  • Fluxos

Movimentos Rotacionais

Ocorrem em solos homogêneos (aterros) e solos residuais (estruturas reliquiares foram apagadas pelo intemperismo). Podem ser progressivos ou regressivos. Geralmente lentos, com diagnóstico precoce.

Alternativas de Estabilização para Movimentos Rotacionais:
  • Terraceamento
  • Retaludamento
  • Adição de canaletas ao talude
  • Muro de gravidade
  • Solo reforçado com tiras metálicas ou geogrelha
  • Muros de flexão
  • Redução do momento instabilizante e aumento da resistência de forma conjugada (ex: solo grampeado)
  • Reticulado de estaca raiz
  • Cortina atirantada

Movimentos Planares

Ocorrem em camadas permeáveis finas de solo ou em encostas íngremes. Comuns em colúvios rasos ou solos residuais incipientes. Podem ser associados ao artesianismo em rochas estratificadas ou bandeadas (paragnaisses, xistos, arenitos e lamitos rítmicos), onde o fluxo ocorre do solo permeável para a rocha permeável e, em seguida, para a rocha pouco permeável.

Classificação Geométrica (Planal):
  • Amplo: Se a largura (B) for maior que 0,5 vezes o comprimento (L).
  • Encaixado: Se a largura (B) for menor que 0,5 vezes o comprimento (L).

Movimentos Translacionais

Caracterizados por:

  • Trinca de tração, junta de alívio, foliações, falhas (saprolito/litolito).
  • Massas compartimentadas por disjunções, muito atreladas à tectônica.
  • Massas definidas por um ou mais planos de fraqueza.

São movimentos rápidos e de curta duração, condicionados por descontinuidades como:

  • Falhas ou diáclases
  • Planos de xistosidade ou estratificação
  • Camadas de solo sobre rocha

É preciso definir a geometria e o tipo de bloco envolvido (estado plano ou tridimensional). Na análise, admite-se que a rocha é muito menos permeável que a junta.

Exemplos:

  • Desplacamento: Comum em rochas metamórficas.
  • Desprendimento de blocos: Em rochas sedimentares, devido ao fluxo d'água pelas juntas, formando planos de fraqueza.

Ocorrem em rochas ou saprolitos com descontinuidades subverticais, como derrames ígneos e gnaisses xistosos (trincas paralelas, juntas subverticais, alívio de pressões por erosão ou escavações).

Basculamento

Exemplos e características:

  • Caso de Caxias (1998)
  • Subsidência
  • Trincas
  • Associado a saprolito de dacito

Quedas

Métodos de Estabilização para Quedas:
  • Malha chumbada
  • Rede guarda-pedras
  • Barreiras flexíveis (não impedem a queda, mas consomem energia cinética na forma de deslocamento)
  • Grampeamento com tela

Escoamento (Rastejo)

  • Rastejo de solo residual: Muito lento e geralmente não interfere diretamente nas obras de engenharia.
  • Escoamento de solos coluviais: Movimentos lentos e de estabilização difícil.

Sequência de transporte de material: Quedas e deslizamentos → tálus → colúvio → alúvio → transporte fluvial.

Métodos de Estabilização para Escoamentos:
  • Chave granular

Fluxos (de Detritos)

Ocorrem em talvegues relativamente íngremes, cujas margens são acometidas por movimentos planares.

Métodos de Estabilização para Fluxos:
  • Barreiras flexíveis

Análise de Estabilidade de Taludes

Estabilidade de Blocos e Cunhas

A análise é realizada exclusivamente pelo Equilíbrio de Forças.

Para Plano Liso:

  • Utiliza-se a Envoltória de Coulomb.

Para Plano Rugoso:

  • Utiliza-se a equação de Barton.

Para simplificar a determinação do fator de segurança da cunha, adota-se um único ângulo de atrito para os dois planos que a definem, desprezando-se a existência de uma possível coesão.

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