Movimentos da Terra e Cartografia: Explorando Conceitos
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Placas Tectônicas e Deriva Continental
Placas tectônicas são pedaços da crosta terrestre que se encontram sobre a astenosfera (cama de magma da Terra). A força da astenosfera movimenta as placas. No movimento, as placas podem colidir umas nas outras, formando cordilheiras montanhosas, terremotos e vulcões, ou podem se afastar, originando as dorsais oceânicas ou os continentes.
Duas teorias explicam a deriva continental:
Teoria da Deriva Continental
- 1º Momento: Todas as terras estavam agrupadas em um único continente - Pangeia.
- 2º Momento: A Pangeia se separa e forma dois continentes - Laurásia ao norte (Eurásia e América do Norte) e Gondwana (África, América do Sul, Antártida, Austrália e Índia).
- 3º Momento: A América do Sul se separa da África e a América do Norte da Eurásia.
- 4º Momento: A América do Sul se une com a do Norte, a Groenlândia se desliga da Europa e a Índia choca-se com a Ásia.
Teoria das Placas Tectônicas
Confirma a Teoria da Deriva Continental, justificando que a separação dos continentes ocorreu porque a crosta terrestre é dividida em placas.
Tsunami
Série de ondas que percorrem o oceano em alta velocidade e em grande comprimento, atingindo centenas de km, e não tem relação com marés ou condições de tempo atmosférico. São provocadas por um súbito deslocamento da coluna de água oceânica, erupções vulcânicas ou deslizamentos de terra acima ou abaixo da superfície oceânica.
Tsunami na Índia
Houve 230 mil mortos (14 países atingidos). Na Índia, as pessoas tinham uma condição de vida precária e não possuíam preparação.
Tsunami no Japão (11 de março)
Não ocorreram tantas mortes porque eles possuíam estruturas para esses acontecimentos, para evitar uma maior destruição. Devido a essa tragédia, houve explosão de usinas nucleares no país, colocando todos em alerta para as consequências de tais explosões, pois há risco de vazamento radioativo, podendo causar doenças como câncer.
Cartografia
Cartografia é a ciência que cuida da representação da superfície da Terra. Até o século XIX, a produção de mapas era a partir do conhecimento prático e do conhecimento pensado (filosofia, religião). Até então, a cartografia era muito mais uma arte do que uma ciência. Os mapas foram importantes fontes de poder, além de serem instrumentos práticos. Nos séculos XV e XVI, os mapas e as informações geográficas que eles continham eram segredos de Estado em muitas cortes europeias.
Em 1875, as potências da Europa acordaram o uso do sistema métrico, então o Meridiano de Greenwich se transformou no meridiano referencial. Então, apareceram as primeiras cartas temáticas, usando como base os mapas já produzidos. Os cartógrafos colocaram informações de aspectos particulares, representados em gráfico.
Os mapas topográficos representam de forma exata e detalhada a superfície da Terra. Então, a partir do sensoriamento remoto (final do século XIX), a cartografia passa a se tornar uma ciência com técnicas mais exatas, sendo o sensoriamento remoto um conjunto de técnicas de observação e de registro a distância das características da superfície terrestre.
Fases do Sensoriamento Remoto
- Fotografia do solo: Final do século XIX, aperfeiçoou os mapas topográficos.
- Fotografia aérea: A utilização militar das fotografias aéreas na Primeira Guerra Mundial originou a técnica da fotogrametria aérea, sendo indispensáveis na produção de mapas fotográficos.
- Imagens de satélite: Após 1970, a cartografia espacial nasceu com os satélites artificiais colocados em órbitas terrestres.
Mapas Digitais
Em 1960, com a informática, surgiu a cartografia automática, sendo utilizados os bancos de dados (Sistema de Informação Geográfica - SIG) para estocar informações digitais sobre a superfície terrestre. Comparando com os mapas de tempos atrás, os de agora perdem em originalidade, mas ganham em eficácia (os de antes eram mais artesanais).
O Mapa
O mapa é uma representação geométrica plana de toda a superfície terrestre ou parte dela, sendo uma representação seletiva, porque envolve a escolha de elementos mais importantes, e convencional, porque utiliza símbolos e grafismos que substituem as formas e características do terreno.
Existem três tipos de inserção dos signos nos mapas
- Pontual: Serve para representar objetos que ocupam uma superfície insignificante (mapas de continente).
- Linear: É utilizado para objetos cuja largura é desprezível em relação ao próprio comprimento (ferrovias e rodovias).
- Zonal: Para objetos cujas dimensões sejam suficientemente grandes para serem representadas por uma superfície proporcional.
A simbologia cartográfica é
- Monocromática: Quando se utiliza uma única cor.
- Policromática: Quando se utiliza várias cores.
Signos ou convenções cartográficas
Sinais convencionados internacionalmente e servem para leitura e interpretação dos mapas.
Escala cartográfica
É a relação entre o tamanho real de um lugar a ser mapeado e sua representação no mapa (1:100 = 1cm = 1m; 1cm no mapa = 100cm de distância real).
A escala estabelece a correspondência entre distâncias representadas no mapa e as distâncias reais da superfície cartografada.
Posição e Orientação
Posição relativa ou posição absoluta dos lugares: realiza-se pela determinação de cada ponto, a partir de um ponto de origem conhecido.
Coordenadas geográficas
Compreendem:
- Meridianos: São linhas imaginárias da esfera que contêm o eixo de rotação ou eixo polar. São verticais e convergem para os polos.
- Paralelos: São círculos imaginários da esfera, perpendiculares ao eixo de rotação ou eixo polar. São horizontais e equidistantes.
Longitude: Distância, expressa em graus e segundos de arco, entre o meridiano de um determinado ponto na superfície terrestre e o meridiano inicial, que divide a Terra nos hemisférios.
Latitude: Distância, expressa em graus, minutos e segundos de arco, entre um ponto em um paralelo e a linha do Equador, que divide a Terra nos hemisférios Norte e Sul.
Geodésia: Ciência que estuda a forma e as dimensões da Terra.
Terceiro Mundo: Expressão para identificar o conjunto de países subdesenvolvidos, de fraca industrialização, que não pertenciam ao grupo dos países capitalistas industriais (Primeiro Mundo) ou dos países europeus do bloco soviético (Segundo Mundo).