Nietzsche: Vontade de Poder e Crise da Razão
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NIETZSCHE: A proposta de construção: Nietzsche, nesta fase, abrange: vontade de poder, o super-homem e o eterno retorno.
Will, essa reclamação e Super-homem. A vontade é o princípio fundamental, a força de onde surgem todas as coisas e seres humanos. Para Schopenhauer, vontade é desejo; para Nietzsche, poder é querer mais, querer tudo. A vontade é o self. Não sou eu quem faz a vontade, mas o inverso: o que quero me constitui e me destrói. O super-homem é aquele que pode querer mais do que até agora amou, estando além do bem e do mal.
O eterno retorno do mesmo. Tudo se repete infinitamente. Nietzsche explica pela força do mundo como tempo finito e infinito, recombinando-se sempre. A questão não é se o eterno retorno acontecerá, mas como isso acontecerá. Nietzsche observa uma inconsistência entre eterno retorno e vontade de poder: pode a vontade ser mais forte que o eterno retorno? Não, pois mudam a ordem natural. Há muita importância para o 'eu'? A vontade de saber é Dionísio, força cósmica que carrega o peso da repetição? Nietzsche hesita até voltar à ideia de sempre perseverar.
Como uma arte chave hermenêutica. Nietzsche rejeita a razão para a compreensão da realidade. A sabedoria não pertence ao logos; a ciência não é modelo para a filosofia. Sua doutrina não é dita, mas criptografada, exigindo interpretação (hermenêutica). A rejeição da razão pressupõe: o assunto da filosofia é obscuro; a natureza opaca da realidade se relaciona à fraqueza da inteligência. Por que o conhecimento filosófico deve ser tratado como arte e não ciência?
NIETZSCHE: A CRISE DA RAZÃO ILUSTRADA
7.1. Niilismo. Toda a cultura ocidental (metafísica, epistemologia, antropologia, moral, religião) leva ao niilismo. A metafísica ocidental (platônico-cristã) criou um mundo ilusório e irreal, manifestando impotência humana em aceitar a vida. O niilismo é a incapacidade de amar e apreciar a vida afirmativamente. Prefere-se inventar um mundo a aceitar a verdade trágica.
Existem dois tipos de niilismo: niilismo passivo (vontade de poder como fraqueza; crenças desmoronam) e niilismo ativo (força da vontade de poder; reavaliação não pela razão, mas por algo instintivo).
7.2. Ateísmo. Transmutação de valores não significa eliminar, mas mudar. Antes da mudança, Nietzsche propõe a destruição dos valores tradicionais, representados pela ideia de Deus. A cultura judaico-cristã submeteu o homem e subvalorizou as forças humanas. “Deus está morto”: sem o mundo transcendente, o homem fica sem sentido ou orientação. Sem Deus, o homem perdeu todo o sentido.
Conclusão: não há lugar para Deus na cultura contemporânea. A meta é a aniquilação do cristianismo.
7.3. Crise de valores. Em vez de Deus, há a “moralidade escrava”, dos fracos e ressentidos. Nietzsche explica como as categorias morais originais (“bom” = “nobre” e “ruim” = “plebeu”) são transformadas pelos fracos. Nietzsche distingue dois tipos de moralidade:
*A “moral de escravos” é dos fracos, com valores de resignação, obediência, paciência e sofrimento. Consideram “ruins” os valores do homem vivo (prazer, liberdade).
*A “moralidade de senhores” é dos fortes, que criam os valores da vida. São homens que amam o prazer da vida...
Aceitar o ateísmo é o ponto de partida para uma nova era.