Grandes Nomes da Literatura Portuguesa e Gramática Essencial
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Luís Vaz de Camões: Os Lusíadas
Luís Vaz de Camões nasceu em Lisboa em 1524/5. Teve uma vida aventureira, cheia de brigas e contendas. Foi desterrado três vezes. Nas suas viagens não teve sorte, sempre viveu na pobreza. Os Lusíadas é uma epopeia escrita por Luís Vaz de Camões. O tema geral escolhido por Camões foi toda a história de Portugal. A palavra Lusíadas designa os Portugueses como descendentes de Luso, o companheiro de Baco, pela erudição humanística. O seu propósito era mostrar a história do povo de Portugal. Esta obra surge em três movimentos culturais: o Renascimento, o Humanismo e o Classicismo. Os Lusíadas segue o Classicismo porque é uma imitação dos clássicos. Está escrito no século XVI. Os feitos dos heróis nacionais permitiam compará-los com os heróis lendários. O livro é produto do sentimento nacional de orgulho pelos feitos dos Portugueses. A estrutura consiste em 10 cantos em estrofes de 8 versos e em verso decassílabo. Tem 3 planos:
- O da história de Portugal;
- O da Viagem de Vasco da Gama;
- O mitológico.
O protagonista é Vasco da Gama, que representa um herói coletivo: os portugueses. A ação é a descoberta do caminho marítimo para a Índia. Tem uma forte presença da fé cristã.
Almeida Garrett
João Batista da Silva Leitão nasceu no Porto em 1799. Em 1899 (nota: data original mantida, mas pode ser um erro de digitação) vai com a família para os Açores, onde inicia a sua formação literária. Foi um autor implicado ativamente nos movimentos liberais. Devido à sua implicação política, com a chegada dos conservadores ao poder, foi obrigado a deixar o país e a exilar-se em Paris. Participou na redação da Constituição de 1838. Morre em 1854. Algumas obras do autor são: Camões e Dona Branca. Viagens na Minha Terra foi escrito na 1ª metade do século XIX. Foi um momento histórico agitado pelas lutas liberais, as invasões napoleónicas e o câmbio do absolutismo pelo liberalismo. É um livro que fala das viagens. Tem 3 viagens:
- A viagem real de Lisboa a Santarém;
- A viagem sentimental, que é a história de Joaninha;
- As viagens imaginárias: ao passado do narrador e as reflexões críticas ao contexto histórico.
É uma obra do Romantismo e vemo-lo pelo nacionalismo: a ligação do autor à Pátria e pelo determinante possessivo “minha”, que evidencia o sentimento de posse, o caráter subjetivo do discurso e a relação de intimidade. Fala sobre a relação da sociedade e a literatura. Diz que a sociedade portuguesa é materialista e que a literatura é espiritualista. Critica a sociedade e a forma de fazer a literatura.
Alexandre Herculano
Alexandre Herculano nasceu em 1810 e estudou Humanidades e línguas. Sempre teve uma vocação para as letras. Foi discípulo da Marquesa de Alorna e envolveu-se nas lutas nacionais. Por isso mesmo, exilou-se primeiro em Inglaterra e depois em França. Ali conheceu os escritores alemães e ingleses. Fez um curso de bibliotecário. Escreveu A Voz do Profeta, folheto contra a Revolução de Setembro. Depois, fundou e dirigiu O Panorama, uma revista literária que divulgava a estética romântica. Morre em 1877. A sua obra insere-se no Romantismo.
Antero de Quental
Antero de Quental nasceu em 1842. Pertenceu à Geração de 70. Escreveu poesia, ensaio filosófico e literário, jornalismo e participou nas lutas pela liberdade de pensamento e pela justiça social. Tem algumas obras de poesia: Os Sonetos de Antero e Odes Modernas. Antero suicidou-se em 1891. Causas da Decadência dos Povos Peninsulares foi o seu texto mais conhecido. Para ele, a decadência das nações peninsulares, tão prósperas nos séculos XV e XVI, era devida a três causas:
- Moral: tinha a ver com o Concílio de Trento e o Catolicismo.
- Política: atribuiu-a ao Absolutismo.
- Económica: tinha a ver com as conquistas.
A sua obra reflete correntes como o Realismo, Socialismo e Naturalismo.
Eça de Queiroz
Eça de Queiroz nasceu em 1845. Pertenceu à Geração de 70. Colaborou na Gazeta de Portugal. Morreu em 1900. Foi líder de uma geração de intelectuais abertos ao influxo de correntes estéticas e ideológicas desses anos e das décadas seguintes: socialismo, realismo, naturalismo, etc. No seu conjunto, a sua obra exibe formas e temas muito distintos, pode dizer-se até que em constante (ainda que lenta) mutação. À medida que as referências realistas e naturalistas começam, também começa a representação da vida psicológica das suas personagens.
Fernando Pessoa
Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa em 1888. Com a morte do seu pai, a sua mãe casou-se com um comandante e foram para a África do Sul. Regressou sozinho a Lisboa com dezassete anos. Depois fundou com alguns amigos a revista Orpheu. Em 1934 publica Mensagem. É uma coleção de poemas, geralmente breves, escritos em épocas diferentes, mas com uma nota comum: a exaltação do patriotismo e a invocação dos caracteres e símbolos do passado nacional. As partes do livro têm como tema o passado, o presente e o futuro, com a heráldica, as descobertas e as profecias. Há referências a heróis míticos ou da própria história de Portugal. Portugal é visto como o rosto da Europa e o valor simbólico do seu papel na civilização ocidental. É um livro que tem muito em relação com Os Lusíadas porque escreve sobre os heróis de Portugal, a história deste povo e das conquistas. Escreveu com muitos heterónimos: Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e muitos mais.
Sophia de Mello Breyner
Sophia de Mello Breyner nasceu no Porto em 1919. Estudou Clássicas em Lisboa. Ela escreveu poesia, teatro e contos para os seus filhos. Foi uma autora preocupada pelos problemas sociais e políticos. Navegações é um livro de poesia. Está dividido em três secções: Lisboa, As Ilhas e Deriva. A viagem é o tema principal.
Gramática Portuguesa
Infinitivo Pessoal
Tem um sujeito expresso. Contextos:
- Para + Infinitivo Pessoal
- Por + Infinitivo Pessoal
- Até + Infinitivo Pessoal
- Apesar de + Infinitivo Pessoal
- No caso de + Infinitivo Pessoal
- Ser + adjetivo/advérbio + Infinitivo Pessoal
- A + Artigo Definido + Infinitivo Pessoal
- Antes de + Infinitivo Pessoal
- Depois de + Infinitivo Pessoal
Formação: infinitivo + desinências (2ª pessoa singular: -es; 1ª pessoa plural: -mos; 3ª pessoa plural: -em).
Presente do Conjuntivo
O Presente do Conjuntivo forma-se a partir da 1ª pessoa do singular do Presente do Indicativo. Se a vogal temática do verbo é 'A' (verbos do primeiro grupo), no Presente do Conjuntivo passa a ser 'E'; se é 'E' ou 'I' (verbos do segundo e terceiro grupo), passa a ser 'A'.
- ESTAR: esteja, estejas, esteja, estejamos, estejam.
- SER: seja, sejas, seja, sejamos, sejam.
- IR: vá, vás, vá, vamos, vão.
Emprega-se com orações subordinadas completivas dependentes de subordinantes ou de locuções verbais que exprimam desejo, vontade, necessidade, obrigação, ordem, sugestão. Enuncia a ação do verbo como eventual, incerta ou irreal, em estreita relação com a vontade, a imaginação ou sentimentos:
- Esperar / Desejar / Necessitar / Querer / Pedir, etc. … + QUE + Verbo no Conjuntivo.
- Emprega-se com os advérbios 'Talvez' e 'Oxalá'.
- Com orações relativas.
ATENÇÃO:
- Ser + Adjetivo/Advérbio + Verbo no Infinitivo
- Ser + Adjetivo/Advérbio + QUE + Verbo no Conjuntivo
- Ser + PARA + Verbo no Infinitivo
- Ser + PARA + QUE + Verbo no Conjuntivo
Formação do Pretérito Imperfeito do Conjuntivo
A partir da 1ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito do Indicativo, remove-se a terminação '-ram' e adicionam-se as desinências:
- -sse, -sses, -sse, -ssemos, -ssem (para verbos da 1ª conjugação)
- -esse, -esses, -esse, -éssemos, -essem (para verbos da 2ª conjugação)
- -isse, -isses, -isse, -íssemos, -issem (para verbos da 3ª conjugação)
Formação do Futuro do Conjuntivo
A partir da 3ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito do Indicativo, remove-se a terminação '-ram' e adicionam-se as desinências:
- -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem (exemplo com 'pedir': quando eu pedir, quando tu pedires, quando ele pedir, quando nós pedirmos, quando vós pedirdes, quando eles pedirem). Esta formação é a mesma para todas as conjugações.