Nutrição na Idade Adulta: Orientações Essenciais

Classificado em Formação e Orientação para o Emprego

Escrito em em português com um tamanho de 7,6 KB

As necessidades e recomendações de nutrientes no ciclo de vida adulta são semelhantes; contudo, como em todas as fases da vida, elas são afetadas por:

  • Fases da vida
  • Estilo de vida
  • Genética
  • Estado de saúde
  • Gênero

Como com qualquer grupo, os adultos devem ser abordados com estratégias e orientações que se encaixem às suas necessidades de saúde, bem como à sua capacidade de implementá-las.

O Papel do Nutricionista

O primeiro passo para os nutricionistas é reconhecer que muitos adultos são os principais alvos das informações de nutrição e saúde!

O desafio dos nutricionistas é permanecer atualizados quanto às pesquisas e diretrizes, ao mesmo tempo em que reconhecem as potenciais motivações de seu público ou pacientes e as fontes de suas informações.

Informações e Orientações Nutricionais para Adultos

O interesse em nutrição e em alimentos é evidente na idade adulta. A literatura popular mostra um crescente interesse por livros sobre comida, livros de receitas, supermercados “direto da roça”, mercearias e eventos “da horta para a mesa” e outros comportamentos culinários.

O nutricionista pode ser uma influência positiva ao defender e orientar as pessoas quanto a mudanças. No entanto, o consumidor deve se esforçar para apoiar essas mudanças. Para isso, o nutricionista deve:

  • Estar ciente dos recursos e influências da comunidade.
  • Conhecer as fontes de alimentos disponíveis.
  • Compreender os comportamentos alimentares.

Para Adultos Saudáveis

Adultos saudáveis são frequentemente ignorados como um segmento da população que pode se beneficiar da avaliação e de orientações nutricionais.

O adulto que não é gestante, não é atleta nem está "doente", mas que busca orientações sobre a nutrição adequada ou a prevenção de doenças, pode ser direcionado a dietas para doenças crônicas ou perda de massa corporal.

No entanto, as orientações podem parecer menos sensacionais do que os conselhos prometendo soluções rápidas. Determinar a provável fonte de informação dos adultos pode ajudar o profissional a ser líder em entregar uma orientação válida.

Perguntas Frequentes de um Adulto na Consulta

Adultos são suscetíveis de estar à procura de respostas, muitas vezes de dilemas a curto prazo ou reversões de um problema de saúde, em vez de mudanças de comportamento no longo prazo mais realistas. Algumas perguntas comuns incluem:

  • Existem “carboidratos melhores”?
  • O que são gorduras trans?
  • O que é um alimento ou dieta “saudável” ou “não saudável”?
  • Devo comprar alimentos orgânicos ou cultivados localmente?
  • O que devo fazer em relação ao sódio?

As orientações baseadas na ciência em geral abordam a dieta total e o estilo de vida, em vez de nutrientes ou alimentos individuais. A combinação de marketing e mídia eletrônica faz com que seja mais fácil misturar a ciência com especulações e inverdades definitivas.

Heterogeneidade da Idade Adulta

Nas transições do início para a metade da idade adulta, a saúde e o bem-estar podem assumir uma nova importância. Isso pode ser resultado de um evento de vida ou educação (uma epifania) que desencadeia a consciência de que estar bem e ficar bem são fatos importantes.

Nesta fase, o conceito de bem-estar assume um novo significado. O Wellness Councils of America (WELCOA) descreve o bem-estar como um processo que envolve estar ciente de uma melhor saúde e trabalhar ativamente para alcançar esse objetivo.

Cuidado Nutricional para Adultos: O Processo de Cuidado em Nutrição (PCN)

O que é a padronização do Processo de Cuidado em Nutrição?

Até 2006, quando foi criada a padronização do PCN pela Academy of Nutrition and Dietetics (AND), não existia um padrão de rotina de trabalho do nutricionista. Por isso, ela é um marco de grande importância para a área.

Quais as razões para adotar a padronização no seu trabalho diário?

  • Promover a melhoria da qualidade do atendimento;
  • O trabalho fica mais organizado e ágil;
  • Ajudar na gestão de serviços;
  • Auxiliar na documentação em prontuários;
  • Melhorar a visibilidade do nutricionista.

Etapas do Processo de Cuidado em Nutrição

  1. Avaliação e Reavaliação
  2. Diagnóstico
  3. Monitoramento e Aferição
  4. Intervenção

Triagem Nutricional

A triagem nutricional ajuda a identificar os pacientes em risco nutricional e que, assim, devem ser encaminhados para o nutricionista para avaliação do estado nutricional. A triagem nutricional pode ser feita em todos os contextos: hospitais, instalações de cuidados prolongados, escolas, bancos de alimentos, clínicas e ambientes ambulatoriais.

Avaliação Nutricional

O objetivo da avaliação nutricional é identificar distúrbios e riscos nutricionais, além de mensurar a gravidade desses distúrbios, para, então, traçar condutas nutricionais que possibilitem a recuperação ou manutenção adequada do estado de saúde do paciente.

Diagnóstico Nutricional

Um diagnóstico de nutrição é a identificação de um problema nutricional existente, cujo tratamento é de responsabilidade do nutricionista.

Os diagnósticos de nutrição não podem ser confundidos com os diagnósticos médicos.

  • Diagnóstico Médico: É a identificação de uma doença/alteração de órgãos específicos ou de sistemas corporais, que pode ser tratada ou prevenida (Ex: diabetes).
  • Diagnóstico de Nutrição: É a identificação de um problema existente relacionado à nutrição. Todo diagnóstico de nutrição deve ter a possibilidade de ser resolvido a partir da intervenção (Ex: ingestão excessiva de carboidratos).

Intervenção Nutricional

Nessa etapa, o nutricionista planeja intervenções para solucionar os problemas detectados na avaliação do estado nutricional e descritos de acordo com o(s) diagnóstico(s) de nutrição. As intervenções de nutrição são ações planejadas e desenvolvidas com a intenção de realizar mudanças em comportamentos, fatores de risco, condições do meio ambiente e aspectos do estado de saúde.

Intervenção Nutricional para Adultos

Na prática acadêmica, há dificuldade dos alunos em compreenderem a diferença entre objetivos e estratégias dietéticas. Há tendência, entre os estudantes e os profissionais pouco experientes em atendimento clínico, de "queimar etapas", direcionando-se mais rapidamente para as mudanças dietéticas. Essa situação pode limitar o alcance da intervenção. Exemplos de objetivos nutricionais podem ser:

  • Reduzir a gordura corporal
  • Reduzir o peso
  • Diminuir os níveis de LDL
  • Aumentar os níveis de HDL
  • Aumentar o IMC
  • Repor as reservas de ferro
  • Prevenir ou tratar a constipação intestinal
  • Reduzir o edema

A prescrição dietética e o plano alimentar, que é parte da prescrição, devem adequar-se ao atendimento realizado.

1ª Etapa da Intervenção: Determinação do Gasto Energético

Saber a necessidade de energia que deverá ser distribuída ao longo do dia. Distribuição do VET (Valor Energético Total) pelas refeições, segundo Sá (1990):

  • Desjejum: 20% do VET
  • Almoço: 30% a 40% do VET
  • Lanche: 10% do VET
  • Jantar: 30% a 40% do VET

Entradas relacionadas: