Orações Subordinadas: Substantivas e Adjetivas

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Orações Subordinadas Substantivas

A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se).

Por Exemplo:

  • Suponho que você foi à biblioteca hoje. (Oração Subordinada Substantiva)
  • Você sabe se o presidente já chegou? (Oração Subordinada Substantiva)

Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como).

Veja os exemplos:

  • O garoto perguntou qual era o telefone da moça. (Oração Subordinada Substantiva)
  • Não sabemos por que a vizinha se mudou. (Oração Subordinada Substantiva)

Classificação das Orações Subordinadas Substantivas

De acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:

a) Subjetiva

É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. Observe:

  • É fundamental o seu comparecimento à reunião. (Sujeito)
  • É fundamental que você compareça à reunião. (Oração Principal + Oração Subordinada Substantiva Subjetiva)

Atenção: Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome "isso". Assim, temos um período simples: É fundamental isso ou Isso é fundamental. Dessa forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a função de sujeito.

Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:

  1. Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente - Está comprovado.
    Por Exemplo: É bom que você compareça à minha festa.
  2. Expressões na voz passiva, como: Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou provado.
    Por Exemplo: Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
  3. Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer.
    Por Exemplo: Convém que não se atrase na entrevista.

Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular.

b) Objetiva Direta

A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração principal.

Por Exemplo:

  • Todos querem sua aprovação no vestibular. (Objeto Direto)
  • Todos querem que você seja aprovado. (Todos querem isso) (Oração Principal + Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta)

As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas por:

  1. Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se":
    Por Exemplo: A professora verificou se todos os alunos estavam presentes.
  2. Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
    Por Exemplo: O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
  3. Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
    Por Exemplo: Eu não sei por que ela fez isso.
Orações Especiais (Objetiva Direta Reduzida de Infinitivo)

Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo interessante de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Observe:

  • Deixe-me repousar.
  • Mandei-os sair.
  • Ouvi-o gritar.

Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo. E, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas:

  • Deixe que eu repouse.
  • Mandei que eles saíssem.
  • Ouvi que ele gritava.

Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas formas retas correspondentes. É fácil compreender agora que se trata, efetivamente, dos sujeitos das formas verbais das orações subordinadas.

c) Objetiva Indireta

A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.

Por Exemplo:

  • Meu pai insiste em meu estudo. (Objeto Indireto)
  • Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso) (Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta)

Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.

Por Exemplo: Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. (Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta)

d) Completiva Nominal

A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertence à oração principal e também vem marcada por preposição.

Por Exemplo:

  • Sentimos orgulho de seu comportamento. (Complemento Nominal)
  • Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.) (Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal)

Lembre-se: Observe que as orações subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto que orações subordinadas substantivas completivas nominais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complementa um verbo, o segundo, um nome.

e) Predicativa

A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser.

Por Exemplo:

  • Nosso desejo era sua desistência. (Predicativo do Sujeito)
  • Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.) (Oração Subordinada Substantiva Predicativa)

Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não fui bem na prova.

f) Apositiva

A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo da oração principal.

Por Exemplo:

  • Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu casamento. (Aposto) (Fernanda tinha um grande sonho: isso.)
  • Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse. (Oração Subordinada Substantiva Apositiva)

Saiba mais: Apesar de a NGB não fazer referência, podem ser incluídas como orações subordinadas substantivas aquelas que funcionam como agente da passiva iniciadas por "de" ou "por" + pronome indefinido. Veja os exemplos:

  • O presente será dado por quem o comprou.
  • O espetáculo foi apreciado por quantos o assistiram.

Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas exercem a função de adjunto adnominal do antecedente. Observe o exemplo:

  • Esta foi uma redação bem-sucedida. (Substantivo + Adjetivo (Adjunto Adnominal))

Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja:

  • Esta foi uma redação que fez sucesso. (Oração Principal + Oração Subordinada Adjetiva)

Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome relativo que. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o antecede.

Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se o modo verbal da segunda oração.

Atenção: Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais.

Por Exemplo: Refiro-me ao aluno que é estudioso. Essa oração é equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.

Forma das Orações Subordinadas Adjetivas

Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).

Por Exemplo:

  • Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. (Desenvolvida)
  • Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. (Reduzida de infinitivo)

No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo "que" e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.

Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas

Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes:

  • Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas.
  • Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.

Exemplo 1 (Restritiva): Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva)

Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele momento.

Exemplo 2 (Explicativa): O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente. (Oração Subordinada Adjetiva Explicativa)

Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação a palavra "homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem".

Saiba que: A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.

Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de acordo com o que se pretende dizer.

Exemplo 1 (Restritiva): Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva.

Exemplo 2 (Explicativa): Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.

Observações: As orações subordinadas adjetivas podem:

  1. Vir coordenadas entre si;
    Por Exemplo: É uma realidade que degrada e assusta a sociedade. (e = conjunção)
  2. Ter um pronome como antecedente.
    Por Exemplo: Não sei o que vou almoçar. (o = antecedente; que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva)

Emprego e Função dos Pronomes Relativos

O estudo das orações subordinadas adjetivas está profundamente ligado ao emprego dos pronomes relativos. Por isso, vamos aprofundar nosso conhecimento acerca desses pronomes.

1) Pronome Relativo QUE

O pronome relativo "que" é chamado relativo universal, pois seu emprego é extremamente amplo. Esse pronome pode ser usado para substituir pessoa ou coisa, que estejam no singular ou no plural. Sintaticamente, o relativo "que" pode desempenhar várias funções:

  • a) Sujeito: Eis os artistas que representarão o nosso país.
    Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: •Eis os artistas. •Os artistas (= que) representarão o nosso país. (Sujeito)
  • b) Objeto Direto: Trouxe o documento que você pediu.
    Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: •Trouxe o documento •Você pediu o documento (= que) (Objeto Direto)
  • c) Objeto Indireto: Eis o caderno de que preciso.
    Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: •Eis o caderno. •Preciso do caderno (= de que) (Objeto Indireto)
  • d) Complemento Nominal: Estas são as informações de que ele tem necessidade.
    Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: •Estas são as informações. •Ele tem necessidade das informações (= de que) (Complemento nominal)
  • e) Predicativo do Sujeito: Você é o professor que muitos querem ser.
    Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: •Você é o professor. •Muitos querem ser o professor (= que) (Predicativo do Sujeito)
  • f) Agente da Passiva: Este é o animal por que fui atacado.
    Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: •Este é o animal. •Fui atacado pelo animal (= por que) (Agente da Passiva)
  • g) Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (adjunto adverbial de tempo).
    Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: •O acidente ocorreu no dia •Eles chegaram no dia. (= em que) (Adjunto Adverbial de Tempo)

Observação: Pelos exemplos citados, percebe-se que o pronome relativo deve ser precedido de preposição apropriada de acordo com a função que exerce. Na língua escrita formal, é sempre recomendável esse cuidado.

2) Pronome Relativo QUEM

O pronome relativo "quem" refere-se a pessoas ou coisas personificadas, no singular ou no plural. É sempre precedido de preposição, podendo exercer diversas funções sintáticas. Observe os exemplos:

  • a) Objeto Direto Preposicionado: Clarice, a quem admiro muito, influenciou-me profundamente.
  • b) Objeto Indireto: Este é o jogador a quem me refiro sempre.
  • c) Complemento Nominal: Este é o jogador a quem sempre faço referência.
  • d) Agente da Passiva: O médico por quem fomos assistidos é um dos mais renomados especialistas.
  • e) Adjunto Adverbial: A mulher com quem ele mora é grega.

3) Pronome Relativo CUJO(S), CUJA(S)

"Cujo" e suas flexões equivalem a "de que", "do qual" (ou suas flexões da qual, dos quais, das quais), "de quem". Estabelecem normalmente relação de posse entre o antecedente e o termo que especificam, atuando na maior parte das vezes como adjunto adnominal e em algumas construções como complemento nominal. Veja:

  • a) Adjunto Adnominal: Não consigo conviver com pessoas cujas aspirações sejam essencialmente materiais. (Não consigo conviver com pessoas / As aspirações dessas pessoas são essencialmente materiais).
  • b) Complemento Nominal: O livro, cuja leitura agradou muito aos alunos, trata dos tristes anos da ditadura. (cuja leitura = a leitura do livro)

Atenção: Não utilize artigo definido depois do pronome cujo. São erradas construções como: "A mulher cuja a casa foi invadida..." ou "O garoto, cujo o tio é professor...". Forma correta: "cuja casa" ou "cujo tio".

4) Pronome Relativo O QUAL, OS QUAIS, A QUAL, AS QUAIS

"O qual", "a qual", "os quais" e "as quais" são usados com referência a pessoa ou coisa. Desempenham as mesmas funções que o pronome "que"; seu uso, entretanto, é bem menos frequente e tem se limitado aos casos em que é necessário para evitar ambiguidade. Por Exemplo: Existem dias e noites, às quais se dedica o repouso e a intimidade. O uso de às quais permite deixar claro que nos estamos referindo apenas às noites. Se usássemos a que, não poderíamos impor essa restrição. Observe esses dois exemplos:

  • a) Sujeito: Conhecemos uma das irmãs de Pedro, a qual trabalha na Alemanha. Nesse caso, o relativo a qual também evita ambiguidade. Se fosse usado o relativo que, não seria possível determinar quem trabalha na Alemanha.
  • b) Adjunto Adverbial: Não deixo de cuidar da grama, sobre a qual às vezes gosto de um bom cochilo. A preposição sobre, dissilábica, tende a exigir o relativo sob as formas "o / a qual", "os / as quais", rejeitando a forma "que".

5) Pronome Relativo ONDE

O pronome relativo "onde" aparece apenas no período composto, para substituir um termo da oração principal numa oração subordinada. Por essa razão, em um período como "Onde você nasceu?", por exemplo, não é possível pensar em pronome relativo: o período é simples, e nesse caso, "onde" é advérbio interrogativo. Na língua culta, escrita ou falada, "onde" deve ser limitado aos casos em que há indicação de lugar físico, espacial. Quando não houver essa indicação, deve-se preferir o uso de em que, no qual (e suas flexões na qual, nos quais, nas quais) e nos casos da ideia de causa / efeito ou de conclusão.

Por Exemplo:

  • Quero uma cidade tranquila, onde possa passar alguns dias em paz.
  • Vivemos uma época muito difícil, em que (na qual) a violência gratuita impera.

6) Pronome Relativo QUANTO, COMO, QUANDO

  • a) Quanto, quantos e quantas: são pronomes relativos que seguem os pronomes indefinidos "tudo", "todos" ou "todas". Atuam principalmente como sujeito e objeto direto. Veja os exemplos: Tente examinar todos quantos comparecerem ao consultório. (Sujeito) Comeu tudo quanto queria. (Objeto Direto)
  • b) Como e quando: exprimem noções de modo e tempo, respectivamente. Atuam, portanto, como adjuntos adverbiais de modo e de tempo. Exemplos: É estranho o modo como ele me trata. É a hora quando o sol começa a deitar-se.

Orações Subordinadas Adverbiais

Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal. Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida por uma das conjunções subordinativas (com exclusão das integrantes). Classifica-se de acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz.

Por Exemplo:

  • Durante a madrugada, eu olhei você dormindo. (Oração Subordinada Adverbial)

Observe que a oração em destaque agrega uma circunstância de tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada adverbial temporal.

Os adjuntos adverbiais são termos acessórios que indicam uma circunstância referente, via de regra, a um verbo. A classificação do adjunto adverbial depende da exata compreensão da circunstância que exprime. Observe os exemplos abaixo:

  • Naquele momento, senti uma das maiores emoções de minha vida.
  • Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de minha vida.

No primeiro período, "naquele momento" é um adjunto adverbial de tempo, que modifica a forma verbal "senti". No segundo período, esse papel é exercido pela oração "Quando vi a estátua", que é, portanto, uma oração subordinada adverbial temporal. Essa oração é desenvolvida, pois é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando) e apresenta uma forma verbal do modo indicativo ("vi", do pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la, obtendo-se: Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de minha vida. A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma das formas nominais do verbo ("ver" no infinitivo) e não é introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma preposição ("a", combinada com o artigo "o").

Obs.: a classificação das orações subordinadas adverbiais é feita do mesmo modo que a classificação dos adjuntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela oração.

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