Orientação Nutricional em Diabetes Mellitus
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Princípios para orientação nutricional em DM:
A orientação nutricional e o estabelecimento de dieta para controle de pacientes com DM associados a mudanças no estilo de vida, incluindo a atividade física, são considerados terapias de primeira escolha.
Objetivos do Cuidado Nutricional
- Obter níveis de glicemia próximos ao normal, a maior parte do tempo, evitando flutuações;
- Atingir e manter o peso ideal do indivíduo, visto que a descompensação e a etiologia do diabetes estão muitas vezes associadas à obesidade;
- Manter os níveis normais de lipídio sérico, considerando a predisposição que o diabetes gera às hiperlipidemias;
- Evitar hipoglicemia, sobretudo nos pacientes diabéticos tipo 1 e naqueles em uso de hipoglicemiantes orais ou insulina;
- Atender a necessidades especiais (gravidez) e adaptar para necessidades terapêuticas (como doença renal);
- Evitar cetoacidose típica do diabético do tipo 1, onde a deficiência na captação de glicose, provocada pela falta da insulina, promove uma mobilização excessiva de gorduras e o desenvolvimento da cetonemia;
- Oferecer calorias, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais nas quantidades adequadas, segundo às necessidades de cada paciente;
- Estabelecer uma terapia de apoio paralela, visto que, por ser uma doença de caráter incurável, requer equilíbrio emocional, financeiro e educacional.
Conduta nutricional:
via oral, normal,Hipocalórica (20kcal) ,normoglicídica 55% até 5% de sacarose ,normolipídica 25%(6% saturada até 20%PUFA E 10 % PUFA ,normoproteica 20% 2,7 de água 30 g fibras .
Complicações agudas
- Cetoacidose diabética (CAD): Uma perda profunda de atividade da insulina leva não só a níveis séricos de glicose aumentados devido ao aumento do efluxo hepático de glicose e à diminuição da captação de glicose por tecidos sensíveis à insulina, mas também leva à cetogênese.
- Coma hiperosmolar não cetótico: É a hiperglicemia acentuada (> 750 mg/dL) que ocorre nos diabéticos do tipo 2, sem formação de cetona ou ácidos no sangue. Comumente ocorre desidratação importante e é mais comum em diabéticos idosos
- Hipoglicemia: É uma complicação do tratamento com insulina tanto no DM tipo 1 quanto no tipo 2, mas também pode ocorrer com fármacos hipoglicemiantes orais que estimulam a secreção de insulina glicose-independente.
- Retinopatia Diabética: É desencadeada quando os pequenos vasos da retina são lesados sendo que nas fases iniciais, a maior parte das pessoas não apresenta sintomas;
Complicações crônicas
- Nefropatia Diabética: É a causa principal de morte e incapacidade do diabético, manifesta-se por perda renal de proteína, podendo levar a uma síndrome nefrótica e insuficiência renal crônica;
- Úlcera de pé e extremidades inferiores: É um problema especial de pacientes diabéticos, que parecem ser primariamente causadas por distribuição anormal de pressão, secundária à neuropatia diabética;
- Aterosclerose: É a complicação mais comum do diabetes, sendo que os homens tem um risco 2-3 vezes maior de terem doença arterial coronariana (DAC), acidente vascular cerebral e doença vascular periférica, enquanto que as mulheres diabéticas tem um risco 3-4 vezes maior que os indivíduos não diabéticos;