Origens da Sociedade Contemporânea: Capitalismo e Estado

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Contexto Histórico da Sociedade Contemporânea

Na transição da Idade Média, a Europa encontrava-se desestruturada, enfrentando uma séria crise no século XV. Em Portugal, a burguesia, juntamente com as classes populares de Lisboa, ajudou D. João I a conquistar o poder nas cortes de Coimbra de 1385. Este evento representou a vitória da classe mercantil, que desejava patrocinar os descobrimentos marítimos.

A burguesia estabeleceu um mercado mundial sob a égide das relações comerciais capitalistas, o que acarretou a progressiva unificação dos povos. O capitalismo, por outro lado, permitiu o rápido e constante aperfeiçoamento dos instrumentos de produção.

Organização da Sociedade

A sociedade pode ser analisada a partir de dois conceitos centrais:

  • Infraestrutura: A base material ou económica, entendida como as forças produtivas (ferramentas, máquinas, técnicas e tudo o mais que permite a produção). A infraestrutura, por sua vez, determina a...
  • Superestrutura: Constituída pelas instituições jurídicas (leis e organizações do judiciário), políticas (forma de organização e papel do executivo e do legislativo) e ideológicas (as artes, a religião, a moral) de uma época.

O Papel do Estado e as Contradições Sociais

Por meio da superestrutura, os Estados têm o papel de reproduzir o modelo de dominação vigente. Assim, se o modelo for de produção industrial e burguês, o Estado defenderá os interesses dos grupos sociais dominantes. Portanto, a política externa de um Estado sempre refletirá os interesses dominantes da burguesia daquele país.

A burguesia, que se juntara às camadas populares para combater os privilégios da realeza, da nobreza e do clero, após tomar o poder do Estado — nas revoluções liberais da Inglaterra no século XVII, na Independência norte-americana e na Revolução Francesa — esqueceu-se do povo e arrogou o poder só para si.

A racionalidade também esteve presente nas intenções dos movimentos revolucionários do século XIX, que propunham uma organização da sociedade de forma a diminuir as desigualdades sociais que se acentuaram com o desenvolvimento do capitalismo, o qual criou condições de vida desumanas para grande parte das pessoas. Contudo, essa mesma racionalidade chegou ao seu ápice de desumanidade e crueldade no nazismo.

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