Otimização da Produção com Sistema Toyota e Lean Manufacturing

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Introdução

A gestão da manufatura passou por várias mudanças nas últimas décadas e passou a aplicar ferramentas e técnicas modernas de organização da produção, facilitando a tomada de decisão e a análise de formas alternativas para realizar suas funções.

Quando a administração da produção apresenta deficiências, percebe-se de forma clara na qualidade do sistema produtivo, na ausência de confiabilidade das informações, no mau emprego de recursos que poderiam ser melhor aproveitados na produção, na falta de compromisso no cumprimento de prazos e no gerenciamento de insumos. Isso se manifesta em desperdício de horas e retrabalhos, estoque excessivo, ausência de padronização de produtos e processos, e baixa qualidade da mão de obra e da produção.

Dessa forma, o STP propõe uma metodologia na qual as perdas são identificadas através de diversas ferramentas. Uma vez identificadas as perdas, é possível estudar quais são as fontes causadoras desses desperdícios e, futuramente, através de um planejamento, atuar nas causas-raiz dos problemas.

O Lean Manufacturing, ou Manufatura Enxuta, é uma abordagem sistemática para identificar e eliminar os desperdícios das atividades que não agregam valor, através da melhoria contínua, com um fluxo de material puxado pela demanda do cliente.

Diante do exposto, este trabalho apresenta como objetivo responder à seguinte pergunta-problema: por que a utilização do Sistema Toyota de Produção e suas ferramentas pode trazer melhorias significativas à produção, otimizando o sistema?

No âmbito atual, o Sistema Toyota de Produção e suas ferramentas vêm sendo reconhecidas como uma notável estratégia competitiva para organizações que almejam melhores custos, flexibilidade, agilidade e atendimento.

Dessa maneira, a análise do conceito do Sistema Toyota de Produção e de suas principais ferramentas tornou-se o assunto central deste trabalho, que visa realizar uma comparação, além de esclarecer as funcionalidades de suas ferramentas e como sua utilização pode otimizar o sistema de produção, trazendo mais capacidade produtiva a fim de garantir sua competitividade em um mercado tão exigente e de árdua permanência. Para o STP, a eliminação das perdas é de valor essencial, entendendo-se por perda tudo o que não agrega valor ao produto e gera custo.

Diante disso, este trabalho contribui para o enriquecimento da literatura a respeito da manufatura enxuta, além de servir como um guia para profissionais obterem êxito através do Sistema Toyota de Manufatura.

Fundamentação Teórica

Este trabalho tem o objetivo de analisar as ferramentas do Sistema Toyota de Manufatura e descrever como podem melhorar a eficácia da administração da manufatura. Para tanto, será apresentado o levantamento bibliográfico do Sistema Toyota de Produção, suas ferramentas e, finalmente, uma análise do Mapa de Fluxo de Valor (VSM), amplamente difundido na metodologia Lean. Um dos princípios fundamentais do STP é compreender o ganho como função dos custos e do preço de venda determinado pelo negócio (SHINGO, 1996a).

Segundo Shingo (1996), manufatura é um bloco de processos e operações que se interligam com o propósito de converter matéria-prima em produto acabado. Para Shingo (1996), é essencial compreender primeiramente a função da manufatura para, posteriormente, analisar o Sistema Toyota de Produção (STP).

Ferramentas Lean e Suas Aplicações

De acordo com Werkema (2006), “o Lean Manufacturing é uma iniciativa que procura eliminar desperdícios, isto é, excluir o que não agrega valor para o cliente e imprimir rapidez à empresa”.

Para alcançar os objetivos da Manufatura Enxuta, é essencial empregar algumas ferramentas que auxiliarão na obtenção dos resultados, como:

  • VSM (Value Stream Mapping)
  • Ferramenta 5S
  • Just-in-Time (JIT)
  • Kanban
  • Kaizen (Melhoria Contínua)

VSM (Value Stream Mapping): Mapeamento de Fluxo de Valor

É uma das ferramentas essenciais da Produção Enxuta, proposta por Rother e Shook (1998), que se basearam em uma técnica de modelagem originária da metodologia de estudo da Linha de Valor.

Esta ferramenta visa associar conceitos e técnicas em vez de implantar processos isolados de melhoria, sem qualquer coordenação entre si.

Ferramenta 5S

Esta é uma técnica de gestão da qualidade que tem como metodologia adaptar as áreas de trabalho e torná-las um ambiente apropriado.

Os sensos de Organização e Limpeza são fundamentais no Sistema de Manufatura Enxuta, no que diz respeito à confiabilidade, visibilidade dos problemas, redução dos desperdícios, controle e aprimoramento da qualidade, e à condição moral dos funcionários.

Just-in-Time (JIT)

Isso significa que cada processo deve ser suprido com os itens certos, no momento certo, na quantidade certa e no local certo.

O objetivo do JIT é identificar, localizar e eliminar os desperdícios relacionados a atividades que não agregam valor, reduzir estoques e garantir um fluxo contínuo de produção.

Kanban

O Kanban é uma metodologia de movimentação de materiais e produção, acionada por um sinal visual. O Kanban pode utilizar cartões e quadros para controle, ou apenas um sinal visual como o espaço vazio (onde estava o material) ou a caixa vazia de material em um local específico. O Kanban funciona melhor quando a produção é nivelada através do Heijunka, pois nesse caso, evitam-se as alterações abruptas de consumo de material.

Kaizen (Melhoria Contínua)

De acordo com Ohno (1997), as melhorias nos processos são essenciais, destacando-se a:

Melhoria Contínua – Kaizen: na linguagem enxuta, é caracterizada por movimentos contínuos de aperfeiçoamento.

A Melhoria Contínua é o processo de melhorar continuamente, contribuindo para a sobrevivência de uma empresa e para alavancar uma organização. Permite avaliar, cobrar ações e sincronizar o negócio em prol dos objetivos organizacionais, promovendo aumento de produtividade e qualidade (Gonçalves, 2010).

Podemos dizer que é a junção de várias ferramentas que trabalham na eliminação de funções desnecessárias à produção, na quantidade e tempo necessários (nem mais, nem menos), eliminando estoques intermediários e de produtos acabados, com a consequente redução dos custos e o aumento da produtividade. É, sim, uma transformação cultural na vida das empresas.

Metodologia

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