Pacto Germano-Soviético e Guerra Hispano-Americana

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Pacto Germano-Soviético

Contexto e Cláusulas

Assinado em 1939 pelo ministro soviético e pelo ministro da Alemanha, o Pacto Germano-Soviético estabelecia, em linhas gerais, que ambas as nações se comprometiam a manter-se afastadas uma da outra. Nenhuma nação favoreceria os inimigos da outra, nem invadiriam os seus respectivos territórios. Além disso, a União Soviética não reagiria a uma agressão alemã à Polônia e, em contrapartida, a Alemanha apoiaria uma invasão soviética à Finlândia, entre outras concessões.

Consequências Imediatas

Após a invasão nazista à Polônia, seguiu-se a invasão soviética da Polônia e da Finlândia ainda em 1939. Os dois governos organizaram a partilha dos territórios da Europa de Leste em zonas de influência, decidindo que:

  • A Polônia deveria deixar de existir (passando o seu território para a Alemanha e para a URSS).
  • A Lituânia ficaria sob alçada alemã.
  • A Estônia e a Letónia passariam para a URSS, bem como grande parte da Finlândia e vastas zonas da Roménia e da Bulgária.

Relações Comerciais

O pacto estabelecia também fortes relações comerciais, vitais para os dois países. A Alemanha receberia petróleo soviético da zona do Cáucaso e trigo da Ucrânia, em contrapartida, a URSS receberia ajuda, equipamento militar alemão e ouro.

Importância Estratégica

O pacto era absolutamente vital para ambos os países:

  • Para os alemães, assegurava que se poderiam concentrar apenas na sua frente ocidental, além de terem assegurado combustíveis que, de outro modo, impossibilitariam estas operações.
  • Do lado soviético, a paz e a ajuda militar eram fundamentais, já que as forças militares não estavam preparadas para qualquer grande combate.

Guerra Hispano-Americana

Contexto e Causas

A Guerra Hispano-Americana, ocorrida em 1898, foi um conflito entre a Espanha e os Estados Unidos, culminando com a tomada de Cuba, Porto Rico e Filipinas, que estavam sob domínio espanhol. O conflito, que duraria aproximadamente oito meses, foi a primeira grande vitória militar dos Estados Unidos sobre uma potência estrangeira.

A luta contra a Espanha foi feita sob o pretexto de defender o povo cubano da repressão espanhola. No entanto, os motivos reais dos Estados Unidos estavam na importância econômica e estratégica em exercer o controlo efetivo dos territórios espanhóis.

O pretexto para a declaração de guerra foi dado pela explosão de um navio de guerra americano, que a imprensa americana apresentou como sendo obra de sabotagem por parte dos espanhóis, tornando a guerra praticamente inevitável.

Desenvolvimento e Consequências

Em 24 de abril de 1898, na sequência de um ultimato norte-americano exigindo a retirada das forças espanholas da ilha de Cuba, a Espanha declarou guerra aos Estados Unidos. Contando naquele momento com uma marinha muito mais poderosa que a espanhola, os EUA derrotaram fragorosamente o rival espanhol.

Com o domínio do mar, os americanos puderam projetar seu poder em terra e vencer as tropas inimigas. Como "prêmio" pela vitória, os norte-americanos assumiriam o controlo de Cuba, Porto Rico e Filipinas. O Império colonial espanhol ficou reduzido a territórios em África ainda mal conhecidos e explorados.

  • Cuba tornou-se independente em 1902, mas permaneceria intimamente ligada à política e interesses dos EUA.
  • As Filipinas ficariam sob administração norte-americana, tendo sua independência reconhecida apenas em 1946.
  • Porto Rico ainda hoje forma um estado associado aos EUA.

Manchukuo

Contexto e Criação

Manchukuo foi um estado fantoche na Manchúria criado por oficiais da antiga Dinastia Qing com apoio do Japão Imperial em 1932, sendo um governo totalmente subordinado aos interesses do Império Meiji. O estado foi fundado e administrado pelo Japão Imperial, com Puyi, o último Imperador Qing, como regente nominal e imperador.

Razões para a Criação

As razões da sua criação foram:

  • A crise de 1929, pois o Japão procurava alternativas na rica província da Manchúria, onde os japoneses já desfrutavam de grande influência económica.
  • O fracasso da SDN (Sociedade das Nações).
  • O fracasso do princípio da solução pacífica dos conflitos e a inércia das grandes potências numa época de egoísmo político e de triunfo de nacionalismos e radicalismos políticos.

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