Panorama da Comunicação e Fonografia no Brasil
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História da Comunicação no Paraná
Os primeiros sinais de comunicação no Paraná foram encontrados em registros dos índios Guarani, do ramo Carijós, nos sambaquis do litoral. Esses registros incluem artefatos de osso, restos de conchas e pedras retiradas desses sítios arqueológicos.
Outro registro importante é a pintura rupestre, encontrada no segundo planalto, onde há registros específicos de grupos que delimitavam territórios. A região do Rio Tibagi é rica nessas informações, e o principal sítio arqueológico fica no Cânion Guartelá. No terceiro planalto, os registros também são feitos em pedras como pinturas rupestres, mas com uma técnica diferente: ranhuras nas pedras, conhecidas como petroglifos. As mais antigas foram feitas por índios Kayanes.
A Chegada dos Meios de Comunicação Modernos
A televisão chegou na década de 1950 para competir com o rádio, uma disputa que até hoje não foi totalmente vencida. O rádio, por sua vez, teve sua história inicial em fins do século XIX.
O Jornalismo no Paraná
O jornalismo chegou no período imperial, com destaque para os periódicos 19 de Dezembro, Joaquim e Gazeta do Povo.
- O nome do 19 de Dezembro surgiu quando o Paraná se tornou independente, deixando de ser a quinta comarca de São Paulo, sob a gestão do Presidente de Província, Góes de Vasconcelos.
- O Joaquim foi fundado pelo escritor Dalton Trevisan e recebeu o nome por oferecer espaço a todos os “joaquins do Brasil”. Ressaltava valores paranaenses com tons de ironia e, através das charges, contava a história da política. Sua circulação era pequena, porém revolucionou o modo de fazer jornalismo.
- O jornal Gazeta do Povo ganhou importância por fazer parte de um sistema que integra rádio, televisão e jornal impresso, eliminando a concorrência ao se associar ao maior sistema de comunicação do país, o Sistema Globo.
Não há registros sobre fatos da Guerra do Pente, uma guerra civil.
Censura e Monopólio
Durante a Ditadura Militar no Paraná, esse período foi apagado dos registros históricos, e toda informação político-crítica foi removida dos meios de comunicação, sendo chamado de período “vazio” da comunicação.
Atualmente, observa-se um monopólio das comunicações do Sistema RPC, o que significa grande controle sobre a maior parte da população, representada pelas classes C, D e E. As camadas mais ricas utilizam televisão por assinatura e têm total domínio do uso da internet, desvinculando-se dos demais espectadores.
A história da comunicação no Paraná está no início, pois a revolução trazida pela internet também está apenas no início, e não há como prever onde vai chegar.
A Indústria Fonográfica no Brasil
A indústria fonográfica brasileira tem acompanhado as mudanças internacionais no setor. Há cerca de 40 anos, lançou um produto que hoje já se encontra obsoleto: é o caso do CD, que veio substituir os antigos LPs.
Empresas transnacionais são aquelas que, desde a matéria-prima, transformação e comércio, atuam em vários países (Ex: Nike).
Na metade do século XX, a indústria fonográfica era local e dominada pela empresa RCA Victor, período em que se produziam LPs. A metade da década de 1980 trouxe um novo tipo de música e um novo produto. Marcadamente, no festival Rock in Rio de 1985, novas bandas deram início ao que se chamou de “rock nacional”, desenvolvendo seu trabalho com novas tecnologias.
Até a década de 1990, grande parte dos artistas vivia da venda de CDs. Hoje, não é raro encontrar esses produtos sendo distribuídos gratuitamente em semáforos, ou vindo como brindes em sabão em pó.
Enquanto os LPs subsistiram por 80 anos na história fonográfica brasileira, os CDs passaram de líderes de mercado para meros divulgadores e estão condenados ao desaparecimento em um período menor do que seu antecessor.
Na década de 1970, o Brasil vivia um dos piores momentos políticos, porém com uma riqueza musical sem precedentes: a Jovem Guarda, comandada por Roberto Carlos, Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil. A mistura desses artistas e estilos deu início ao movimento Tropicalista. Por fim, o surgimento de uma nova tecnologia trouxe mais artistas internacionais através de videoclipes, e não somente por meio de seus CDs.
A indústria de transformação diminuiu o conceito de “bens duráveis”, onde a ideia era ter um produto por muito tempo. O tempo médio de vida útil de um produto, na maioria, não passa de 5 anos; depois disso, ou ele não funciona tecnicamente, ou está superado tecnologicamente, como é o caso dos CDs, projetados para durarem em média 10 anos.