Panorama Global: Economia, Política e Potências Emergentes
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Reforma do Conselho de Segurança da ONU e o G4
O Brasil pretende um assento permanente na ONU. Há pelo menos 15 anos, discute-se a respeito da necessidade de reforma no Conselho de Segurança. A estrutura permanece a mesma, embora o cenário global tenha se alterado.
G4: Brasil, Alemanha, Japão e Índia
Brasil, Alemanha, Japão e Índia são países que reivindicam maior participação no Conselho de Segurança da ONU. Esse grupo propõe alterações de 15 para 25 países. Dos 10 novos assentos, 6 teriam caráter permanente, sendo eles para:
- Itália
- Argentina
- México
- Paquistão
- Coreia do Sul
- Espanha
Rodada de Doha e Protecionismo Econômico
Rodada de Doha
A Rodada de Doha é uma agenda de discussões econômicas no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio). A proposta era a colaboração do comércio para o desenvolvimento e a redução da pobreza. O objetivo da Conferência de Cancún era estabelecer acordos e a abertura de mercados. Diversos países reclamavam que a pauta não continha os seus interesses, pois o tema “subsídio agrícola” não havia sido priorizado.
Protecionismo
O protecionismo refere-se a medidas econômicas que visam proteger a indústria e a agricultura nacionais da concorrência estrangeira. As principais formas incluem:
- Subsídios agrícolas: Governos concedem incentivos para o produtor local.
- Sobretaxa: Consiste em impor taxas pesadas aos produtos agrícolas importados.
- Cotas: O país comprador impõe limites (cotas) de importações.
- Dumping: Venda de commodities abaixo dos custos de produção no mercado externo.
G20: Ações e Impacto Global
G20
O G20 reúne as nações de maior peso no cenário econômico e financeiro mundial. Em 2008, as 20 nações desenvolvidas reuniram-se para traçar metas para enfrentar a crise global. O Brasil teve um papel de destaque nesse encontro. A reunião terminou com muitas propostas para enfrentar a crise financeira, incluindo:
- Identificar com rapidez qualquer indício de descontrole no mercado.
- Regulamentar bancos.
- Criação de novas leis para o mercado.
- Empréstimos para os países em dificuldade.
O Soft Power do Brasil se manifesta por sua capacidade de influência sem recorrer a conflitos armados.
Perfis de Economias Emergentes
Brasil
Atualmente, o Brasil é a 7ª maior economia do mundo. É um grande produtor e exportador de gêneros agropecuários e produtos da indústria de base. Possui fontes alternativas de energia, como biocombustíveis e hidrelétricas. Enfrenta desafios como a desigualdade social, a falta de investimento em infraestrutura e tecnologia, e a necessidade de sustentabilidade ambiental.
Índia
A Índia possui uma população de aproximadamente 1.200.000.000 habitantes. Caracteriza-se pela diversidade cultural e pelo sistema de castas. Apresenta o maior crescimento do PIB entre os BRICS e pode alcançar o patamar de 3ª maior potência econômica. Pós-1980, houve abertura da economia para investimentos externos, gerando empregos e investimentos no setor de tecnologia da informação. No entanto, enfrenta a “fuga de cérebros” (saída de profissionais para trabalhar nos EUA) e o sistema de castas, que inibe o desenvolvimento de parte da população.
Rússia
A Rússia é o maior país em extensão territorial, com grandes recursos naturais como carvão, petróleo, gás, ferro, urânio e madeira. Após a desagregação da URSS, a Rússia passou por um período de mudanças econômicas e sociais. A abertura econômica e política começou a partir de 1991. Ocorreu um período de transição muito conturbado, pois não havia garantia de pleno emprego, e várias máfias se formaram, controlando pontos estratégicos da economia.
China
A China é a segunda maior economia do mundo, o 3º maior país em extensão territorial e o 1º em população. Em 1950, ocorreu a Revolução Chinesa, liderada por Mao Tsé-tung. Em 1966, Mao Tsé-tung promoveu a Revolução Cultural. Em 1976, Deng Xiaoping assumiu o poder e promoveu a abertura econômica, com a criação das ZEEs (Zonas Econômicas Especiais) e da infraestrutura necessária às empresas. A China enfrenta grande desigualdade social, um governo muito autoritário e questões como a do Tibete.