Paradigmas, Modelos e Fundamentos Históricos da Psicanálise
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Modelos e Paradigmas Científicos
Positivismo
- Psicologia como ciência exata.
- Ênfase no mensurável e observável.
- Realidade acessível e apreensível.
Construcionismo Social
- Aproximação às ciências humanas e sociais.
- Ênfase na hermenêutica e intersubjetividade.
- A verdade como construção narrativa e uma aproximação à realidade, temporalmente válida, histórica e culturalmente dependente e situada.
A hegemonia destes paradigmas influenciou a sua entrada na comunidade científica e profissional.
Modelos como Narrativas e Metáforas
Veracidade Psicanalítica
- Importância da consistência.
- Uma teoria é consistente quando coerente e consegue corresponder aos factos da realidade externa, sendo o facto uma construção temporariamente válida.
- Um modelo e o seu sucesso dependem da evolução do conhecimento científico e dos seus paradigmas.
- A validação empírica pode ser feita através da prática clínica, investigação qualitativa, etc.
Modelos e as Metáforas-Âncora
Seis metáforas-âncora para a compreensão do universo:
- Animismo
- Contextualismo
- Formismo
- Mecanicismo
- Misticismo
- Organicismo
Psicanálise: História e Fundamentos
História da Saúde Mental
Confusão entre o conceito de saúde mental e o seu tratamento.
Pré-história
- Equiparação à transgressão: doentes mentais vistos como perigo e entretenimento.
- Perspetiva esotérica (enigmática).
- Hipnotismo.
O Tratamento Asilar e a Cura Moral
- Pinel e Esquirol: assistência asilar e hospitalar mais humanizada. Defendem a dignificação e a “libertação”, propondo uma “cura moral” e o valor terapêutico do “trabalho”.
- Paradigma da doença mental como intratável e das práticas não focadas na reabilitação.
- Neuropsiquiatria como especialidade da medicina, assente na cura orgânica ou biológica. Ex.: plantas medicinais, repouso, banhos terapêuticos.
Fase Pré-Analítica
A hipnose como método terapêutico de traumas reprimidos.
A Inspiração de Freud
Interseção entre a posição positivista (focada na medicina, física e química) e a posição interpretativa da natureza singular do inconsciente, obedecendo a leis de funcionamento próprias e à Metapsicologia.
Alicerces da Psicanálise
- Breuer afasta-se de Freud.
- Freud abandona a hipnose e adota a técnica da concentração (associação livre).
- O conteúdo reprimido passa a incluir o trauma e conteúdos fantasiosos, resultantes do conflito entre instintos e forças repressoras.
- O sintoma como manifestação simbólica dos conteúdos reprimidos/inconscientes e conflituais.
Prática Clínica na Histeria
Além do conceito de repressão, surgem mais dois conceitos:
- Resistência: Os conteúdos reprimidos não estão acessíveis devido à tentativa de acesso e recuperação consciente, existindo uma força de resistência à sua tradução consciente (o precursor dos mecanismos de defesa).
- Além da associação livre, a interpretação permitiria aceder aos conteúdos reprimidos, através da descodificação da sua manifestação simbólica.