Grandes Pensadores da Dinâmica de Grupo
Classificado em Psicologia e Sociologia
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Durkheim, o pai da sociologia moderna, possuía foco no social e trouxe a ideia de que o grupo é mais do que a soma de suas partes. Também trouxe a noção de que existiria uma consciência coletiva, com histórias, experiências e concepções próprias do grupo, que dão a noção de semelhança, ou seja, o grupo tem percepções, sentimentos e vontades próprias.
Sartre utilizou o método dialético, em que cada vivência da pessoa é uma tese, afirmação, realidade, visão, que é confrontada por uma antítese. A integração entre as duas é chamada de síntese, resultando em uma nova tese, que posteriormente será confrontada por uma antítese. O grupo para Sartre é um processo em totalização (se não houver processo, o grupo cristaliza e morre, perdendo a capacidade de adaptação). A prática do grupo é efetuar continuamente sua própria reorganização. Para sobreviver, o grupo estabelece normas, regras, procedimentos de trabalho e decisão, e persegue suspeitos de querer se retirar da ação comum. A burocracia é apontada como a morte dos grupos, das instituições e das organizações, pois, com ela, estes perdem a capacidade de realizar o movimento dialético.
Moreno introduziu a expressão “terapia de grupo” e proporcionou a técnica do psicodrama. Ele denominou a sociometria como o estudo do fenômeno social e criou o sociograma como instrumento de medida.
Lewin criou a expressão “dinâmica de grupo” e concepções sobre “campo grupal” e a formação de papéis. Ele apontava que todo indivíduo participa de seu contexto grupal, no qual influencia e é influenciado. Lewin também apontava que o grupo é um determinado sistema de interdependência entre seus membros e seus elementos (finalidade, regras, normas, percepção do mundo externo, etc.). Moreno e Lewin ajudaram na psicologia social nos EUA (este último desejava conhecer sobre grupos para compreender como a propaganda nazista funcionou de forma tão eficiente).
Bion propõe que o grupo precede o indivíduo. Aspectos em relação ao grupo aparecem em mitos. A cultura grupal surge da interação permanente entre o indivíduo e o grupo. Ele entende que a noção de grupo é inata e que todo grupo possui duas dimensões: Dimensão Consciente (egoica, objetiva, em que se relaciona em torno das tarefas) e Dimensão Inconsciente (a forma como o grupo se organiza é inconsciente).
Pichon Reviere produziu o esquema conceitual-referencial-operativo (ECRO) e, a partir disso, aprofundou o estudo dos fenômenos que surgem no campo dos grupos e que se instituem para operar uma determinada tarefa. A partir das postulações de Reviere, abriu-se um leque de aplicações de grupos operativos.