Personagens da Resistência em Córdoba
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Pepita
Pepita é de Córdoba, loira de olhos muito azuis. Chamavam-na Pepa até descobrir que 'La Pepa' era a alcunha dada à prisão e à pena de morte. Pepita era ingénua. Era irmã de Hortensia e sempre cuidou de Tensi (alcunha de Hortensia). Esperou por Jaime muitos anos, porque o amava de verdade. Finalmente, 20 anos após se conhecerem, puderam casar-se. Nunca quis aderir ao Partido Comunista, pois, segundo ela, só lhe trouxe problemas. No entanto, participou ativamente, mas destacava que o fazia apenas por Jaime. É uma personagem forte e corajosa, embora ela própria não pense assim. É uma mulher sem consciência política, que é virtualmente cercada e dominada pelos acontecimentos. A ligação de Pepita com a guerrilha começa na Puerta Chiquita, onde conhece Reme e se junta a mulheres que trabalham na Ajuda Vermelha, durante o tempo em que o seu namorado, Paulino, está na prisão. Esta personagem, como muitas outras, é inspirada numa pessoa real que viveu em Córdoba e que, após 17 anos a visitar o namorado na prisão de Burgos, finalmente conseguiu casar-se com ele.
Jaime (Paulino Alcántara)
Jaime, anteriormente Paulino Alcántara, é o líder do grupo guerrilheiro 'Casaco Preto' (Black Jacket). É irmão de Elvira e não se perdoou por ter deixado o porto de Alicante, onde foi capturado. Ama Pepita e, muitas vezes, evita o contacto com ela para não a colocar em perigo. Perguntou-lhe várias vezes se tinha a certeza de que queria esperar, pois estava a perder a sua juventude. Foi preso e condenado a 30 anos de prisão por ser o 'Casaco Preto'. Cumpriu dezanove anos, sendo libertado através de uma amnistia após a morte do Papa. No final do romance, quando passeia com Pepita por Córdoba, leva no bolso a carteira de membro da liderança do Partido Comunista em Córdoba, um facto que mostra que, apesar de todo o sofrimento, permanece fiel aos seus princípios e ideais.
Namorado e futuro marido de Pepita, lidera um grupo de guerrilha e é conhecido pelo pseudónimo 'Casaco Preto' (Black Jacket). É um jovem lutador carismático que permanece durante anos escondido nas montanhas. Ao longo da história, liberta Felipe e Elvira da prisão de Sales. Paulino é um jovem que inspira tranquilidade e parece ter tudo sob controlo. A sua convicção política é muito forte e age de forma muito paternal com Elvira, sua irmã. Pessoalmente, é a personagem mais carismática de toda a obra. Após adotar uma nova identidade, foi exilado para França, onde permaneceu por algum tempo. Na sua viagem de regresso a Espanha, é capturado e preso na penitenciária de Burgos.
Hortensia
Hortensia era a mulher de Felipe e amava-o muito. Era morena, de cabelo crespo apanhado em duas tranças, olhos castanhos e dentes separados. Estava na prisão por colaborar com a guerrilha. Estava grávida e condenada à morte, mas graças a Josie, conseguiu adiar a execução até a criança nascer. Foi fuzilada quando a criança tinha um mês e meio. Dona Célia lavou-lhe o rosto, fechou-lhe os olhos e cortou um pedaço do vestido para levar a Pepita. Foi corajosa e, apesar de estar grávida, lutou ativamente pelos seus ideais.
Hortensia é apresentada na primeira página do livro como 'a mulher que ia morrer'. A sua personagem é baseada na história real de uma mulher que estava grávida quando a guerra terminou e que, após ser condenada à morte, esperaram que a sua filha nascesse para a fuzilar. Essa história foi a inspiração para o autor escrever o livro.
Felipe (Mateo Bejarano)
Felipe, anteriormente Mateo Bejarano. Acima de tudo, amava Hortensia e chamava-a carinhosamente de Tensi. Acreditava profundamente nos seus ideais. Para continuar a lutar dentro do país, voltou de Toulouse com Jaime, arriscando-se a ser apanhado. Morreu às mãos da Guarda Civil quando foram surpreendidos no acampamento onde passaram a noite.
Felipe é o marido de Hortensia. Não se separou de Paulino desde que se conheceram na escola. Ambos eram guerrilheiros e, quando tiveram de mudar de identidade para fugir, Felipe tornou-se Mateo Bejarano. Finalmente, morreu no desastre do Pico Montero com o 'Sabiá'. A verdade é que, sem Hortensia, esta personagem não teria o mesmo sentido.