Placas Tectônicas: Convergência, Rifteamento e Vulcanismo

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Convergência Oceano-Oceano

Ocorre quando a litosfera oceânica esfria e espessa à medida que se afasta da crista meso-oceânica, chegando um momento em que ela se quebra e é subduzida (empurrada para baixo).

Características das zonas de subducção oceano-oceano:

  • Grande inclinação da placa subduzida.
  • Intenso magmatismo que desencadeia uma cadeia de ilhas vulcânicas na placa sobrejacente.
  • Erosão tectônica.
  • Fusão parcial da crosta oceânica que entra no manto sublitosférico.

A pressão exercida sobre a placa subduzida não é muito grande, o que determina:

  • Os sedimentos são subduzidos com facilidade.
  • Forma-se uma trincheira oceânica muito profunda.

Convergência Oceano-Continente

É caracterizada por:

  • A placa oceânica subduzida afunda com um ângulo inferior.
  • O magmatismo produz vulcanismo.
  • Pode ocorrer obducção (raro, onde a placa oceânica é empurrada sobre a continental).
  • A placa subduzida exerce uma pressão considerável sobre o relevo da placa continental sobrejacente, de modo que:
    • Os sedimentos não são facilmente subduzidos.
    • A sismicidade é muito alta.
    • Provoca o espessamento da placa continental.

Orógeno: Cadeia de montanhas formada pela compactação e espessamento da litosfera continental.

Convergência Continente-Continente

Características:

  • A subducção é interrompida após a colisão continental.
  • Ambas as litosferas continentais se encaixam e cavalgam uma sobre a outra.
  • Forma-se um orógeno de sutura entre as duas placas continentais.
  • Podem ser encontrados ofiolitos (fragmentos de crosta oceânica e manto superior).
  • São profundamente falhadas devido à ruptura da litosfera continental.
  • Há intensa deformação e metamorfismo na região da sutura.

Dinâmica Sublitosférica

No processo de subducção oceânica, dois efeitos ocorrem na placa subduzida:

  • Desidratação: A placa perde quase toda a água que penetra nos sedimentos subduzidos.
  • Fusão parcial: A passagem de materiais facilmente fusíveis para líquidos forma um magma de composição semelhante ao granito, que tende a subir para a superfície.

Camada D'' e Plumas Térmicas

Plumas térmicas são formadas por colunas de material que perderam densidade e ascendem por toda a parte inferior do manto. Cada pluma térmica atinge a base da litosfera, aquecendo-a, e logo aparece como um ponto quente (hot spot) na superfície, uma área que produz vulcanismo persistente.

Planalto Basáltico

O vulcanismo ocorrido em um ponto quente ejeta lava basáltica a altas temperaturas. As áreas cobertas por essa lava são chamadas de províncias basálticas ou planaltos basálticos.

1. Vulcanismo Intraplaca Associado a Falhas: Canárias

No caso das Ilhas Canárias:

  • A atividade vulcânica é descontínua, o que não seria esperado se houvesse uma pluma térmica constante abaixo.
  • A atividade vulcânica é distribuída desigualmente e não se encaixa no modelo de vulcões extintos sequenciais típico de um ponto quente sob uma placa em movimento.
  • Levantamentos sísmicos não detectaram a presença de materiais rígidos e muito quentes sob as ilhas, o que sugere que não se trata de um ponto quente clássico.

A hipótese mais aceita é que o vulcanismo das Canárias ocorreu a partir de um conjunto de falhas que atravessam a litosfera atlântica. Estas falhas são causadas pela zona de colisão entre a placa Africana e a região do Magrebe, que levou à formação das Montanhas Atlas.

Processos Geológicos na Litosfera Continental Intraplaca

Quando uma pluma térmica atua sob a litosfera continental, que é muito mais espessa e fria do que a oceânica, ela não consegue perfurá-la facilmente. A litosfera continental perde densidade ao expandir-se e, sendo empurrada de baixo para cima pela pressão da pluma térmica, começa a inchar. Esse levantamento produz uma tensão na crosta que começa a fraturar.

Nas fraturas ou fissuras, magmas basálticos são injetados, formando uma nova crosta. A fissura torna-se assim um oceano incipiente que inicia seu processo de expansão (rifteamento).

1. O Ciclo de Wilson

O geólogo J. Tuzo Wilson propôs em 1960 que um oceano, eventualmente, acaba por se fechar. Sua teoria era baseada nas seguintes etapas:

  • Rifteamento: Início do processo de ruptura de um continente.
  • Abertura de um oceano e separação em dois novos continentes.
  • Subducção e aproximação das bordas dos continentes.
  • O ciclo termina com a colisão continental.

2. Rifteamento na Península Ibérica

A Península Ibérica é atualmente objeto de um levantamento geral que pode ser observado tanto em áreas costeiras quanto interiores, onde terraços fluviais e superfícies de erosão levantadas são uma clara indicação de que os sistemas de drenagem tendem a ajustar-se a essas elevações. Há uma clara tendência a fraturas na região.

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