Plano Bresser e Plano Verão: Combate à Inflação no Brasil
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Plano Bresser
Apresentado em 12 de junho de 1987, o Plano Bresser era um programa de estabilização híbrido, combinando elementos ortodoxos e heterodoxos para combater a inflação. O plano não visava a inflação zero, nem eliminar a indexação da economia, mas sim promover um choque deflacionário com a suspensão da escala móvel salarial e sustentar taxas de inflação mais baixas com a redução do déficit público.
Medidas
- Congelamento de salários por três meses, com pagamento do resíduo inflacionário em seis parcelas a partir de setembro.
- Instituição da Unidade de Referência de Preços (URP) como nova base de indexação salarial após o congelamento.
- Congelamento de preços por três meses nos níveis de 12 de junho de 1987.
- Desvalorização do cruzado em cerca de 9,5%.
- Desaceleração do ritmo das desvalorizações diárias durante o primeiro mês do congelamento.
Diferença em relação ao Plano Cruzado
A principal diferença em relação ao Plano Cruzado era a determinação oficial de que todos os aumentos de preços anunciados com o Plano Bresser seriam computados integralmente na taxa de inflação de junho.
Plano Verão 1989
O Plano Verão, lançado em 1989, promoveu uma nova reforma monetária com a criação do cruzado novo. O plano combinava medidas ortodoxas e heterodoxas:
Ortodoxas:
- Contração da demanda agregada a curto prazo com taxas de juros reais elevadas.
- Cortes nas despesas públicas para sustentar a queda da inflação a médio prazo.
Heterodoxas:
- Choque de desindexação mais ambicioso que o Plano Cruzado, suspendendo ou extinguindo mecanismos de realimentação da inflação, incluindo o fim da URP salarial.