Plaquetas Sanguíneas: Guia Completo sobre Trombócitos
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Plaquetas Sanguíneas
Uma plaqueta sanguínea, também conhecida como trombócito, é um fragmento citoplasmático anucleado presente no sangue, formado na medula óssea. Sua principal função é a formação de coágulos, participando, portanto, do processo de coagulação sanguínea.
Uma pessoa normal possui entre 150.000 e 400.000 plaquetas por milímetro cúbico de sangue. A diminuição ou disfunção plaquetária pode levar a sangramentos, assim como seu aumento pode elevar o risco de trombose.
Trombocitopenia (ou plaquetopenia) é a diminuição do número de plaquetas no sangue.
Trombocitose (ou plaquetose) é o aumento do número de plaquetas no sangue.
Produção de Plaquetas
Plaquetas são fragmentos celulares citoplasmáticos originados de células chamadas megacariócitos. Os megacariócitos maduros, expostos à trombopoetina, estimulam a biogênese de membranas internas celulares denominadas Sistema de Demarcação de Membranas (SDM), que resultam na produção e liberação de plaquetas na corrente sanguínea. Contudo, ainda não há um consenso em relação ao mecanismo pelo qual esse fenômeno ocorre. Nesse sentido, podemos citar três modelos:
- Fragmentação Citoplasmática
- Brotamento
- Formação de Pró-plaquetas
Fragmentação Citoplasmática
No modelo de fragmentação, a biogênese de organelas para a formação de plaquetas se mantém restrita ao citoplasma, gerando um aumento exacerbado de volume. Assim, as plaquetas são formadas dentro desse complexo acúmulo de proteínas e membranas até atingir um limite onde ocorre a liberação massiva dessas plaquetas.
Brotamento
A formação de plaquetas através de projeções com formato de brotos em megacariócitos (brotamento) ainda é questionada, visto que a formação dessas projeções é observada, mas nenhuma estrutura subcelular foi encontrada nelas. Acredita-se que, ao formar o broto, essa estrutura se destaca do megacariócito e entra na corrente sanguínea na forma de plaqueta funcional.
Formação de Pró-plaquetas
A formação de plaquetas por projeções em megacariócitos é muito semelhante à formação de pseudópodes. Durante o processo, essas projeções, denominadas pró-plaquetas, são formadas a partir de projeções de microtúbulos. Parte da membrana plasmática é projetada, formando um compartimento citoplasmático que adquire estruturas subcelulares intermediárias às plaquetas e aos megacariócitos até o momento de maturação. Após isso, a extremidade da pró-plaqueta se destaca e entra na corrente sanguínea.
Circulação das Plaquetas
A plaqueta circula no sangue durante 10 dias, em média. Após esse período, ela é retirada e destruída pelo baço. Quando o baço está com sua função afetada ou em pacientes esplenectomizados (que tiveram o baço removido), ocorre um aumento do número de plaquetas. No caso de hiperesplenismo (atividade aumentada do baço), ocorre uma diminuição do número de plaquetas.
Função das Plaquetas
As plaquetas participam da formação da rolha hemostática e são ativadas por exposição ao colágeno. Após a ativação, aderem-se ao subendotélio lesado, acumulam-se e ligam-se entre si, formando um trombo que é posteriormente estabilizado.
Adesão Plaquetária
Quando um vaso sanguíneo é lesado, ocorre a exposição das plaquetas ao colágeno. Nesse momento, ocorre a secreção do Fator de von Willebrand (FvW), que se ligará a uma proteína presente na membrana superficial das plaquetas, a glicoproteína Ib (GPIb). O Fator de von Willebrand atua como uma ponte de ligação entre as plaquetas e o endotélio. Quando há deficiência de GPIb, a pessoa é acometida pela Síndrome de Bernard-Soulier. Pessoas com deficiência, diminuição ou um Fator de von Willebrand disfuncional são acometidas pela Doença de von Willebrand. Em ambos os casos, as plaquetas não conseguem aderir normalmente ao subendotélio.
Ativação Plaquetária
Após a adesão das plaquetas ao subendotélio, novas plaquetas são ativadas e aderem a essas plaquetas. Durante esta ativação, as plaquetas mudam sua forma, emitindo pseudópodes e agregam-se. Os grânulos plaquetários são então liberados.