Pobreza, Desigualdade e Desenvolvimento: Os Desafios Globais

Item 14: Desigualdade, Pobreza e Desenvolvimento

Natureza e magnitude do problema da dimensão humana do desenvolvimento. Cooperação e ajuda ao desenvolvimento.

Mais de 130 países do Terceiro Mundo podem exercer o direito ao desenvolvimento. No entanto, apesar de seus esforços, o sistema econômico imposto globalmente os impede. Eles não têm acesso aos mercados, a novas tecnologias, e estão algemados por uma dívida pesada que já pagaram mais de uma vez. São tratados como países dependentes, o que os faz acreditar que a pobreza é resultado de seus próprios erros. Nesses países, os indigentes, que são a maioria, mal têm direito à vida. Assim, morrem a cada ano 11 milhões de crianças menores de cinco anos, algumas das quais poderiam ser salvas apenas com uma vacina ou sais de reidratação oral, e 600.000 mulheres pobres morrem também durante o parto. Eles não têm o direito de aprender a ler e escrever; seria perigoso para os que detêm o poder. São mantidos na ignorância para que permaneçam dóceis. É vergonhoso que haja quase um bilhão de analfabetos no mundo.

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)

Os ODM são oito:

• Erradicar a pobreza extrema e a fome
• Alcançar o ensino primário universal
• Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres
• Reduzir a mortalidade infantil
• Melhorar a saúde materna
• Combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças
• Garantir a sustentabilidade ambiental
• Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento

As metas do milênio estão relacionadas com o direito ao desenvolvimento, a erradicação da pobreza, a assistência humanitária global em situações de guerra, catástrofe, etc. A garantia de um ambiente saudável e a sua preservação contra a deterioração grave e progressiva dos ecossistemas do planeta, bem como a existência de um património comum da humanidade, também devem ser preservadas. Assim, destaca-se a necessidade de cooperação e solidariedade entre todos os seres humanos, a fim de respeitar, proteger e promover os valores e aspirações considerados universais. Isso exige a contribuição de todos os indivíduos e povos em um esforço coordenado, ciente da existência da responsabilidade comum e solidária e, portanto, do espírito de cooperação necessário para a realização desses direitos, embora possa parecer cada vez mais difícil no contexto de um modelo de globalização ou mundialização que, em geral, premia e encoraja o oposto, ou seja, a concorrência, o confronto, o egoísmo, o unilateralismo e, finalmente, a guerra de todos contra todos em todas as esferas da vida.