Grandes Poetas e Figuras Históricas do Brasil e Portugal
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Castro Alves
Antônio Frederico de Castro Alves (Curralinho, 14 de março de 1847 — Salvador, 6 de julho de 1871, com 24 anos) foi um poeta brasileiro. Nasceu na fazenda Cabaceiras, a sete léguas (42 km) da vila de Nossa Senhora da Conceição de Curralinho, hoje Castro Alves, Estado da Bahia. Suas poesias (escola/tradição: romantismo) mais conhecidas são marcadas pelo combate à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como "Poeta dos Escravos". Sua mãe faleceu em 1869. No colégio e no lar, por influência de seu pai, encontrou uma atmosfera literária, produzida pelos oiteiros, ou saraus, festas de arte, música, poesia e declamação de versos. Aos 17 anos fez as primeiras poesias. No dia 10 de novembro de 1863, recitou os primeiros versos em festa no Ginásio Português. O pai se casou pela segunda vez em 24 de janeiro de 1862 com a viúva Maria Rosário Guimarães. No dia seguinte ao do casamento, o poeta e seu irmão Antônio José partiram para o Recife, enquanto o pai se mudava para o solar do Sodré. Em maio, submeteu-se à prova de admissão para o ingresso na Faculdade de Recife, sendo reprovado. Mas seria em Recife tribuno e poeta sempre requisitado nas sessões públicas da Faculdade, nas sociedades estudantis e na plateia dos teatros, incitado desde logo pelos aplausos e ovações, que começava a receber e ia num crescendo de apoteose. Era um belo rapaz, de porte esbelto, tez pálida, grandes olhos vivos, negra e vasta cabeleira, voz possante, dons e maneiras que impressionavam a multidão, impondo-se à admiração dos homens e arrebatando paixões às mulheres. Ocorrem então os primeiros romances, que nos fez sentir em seus versos, os mais belos poemas líricos do Brasil. Em 1863, a atriz portuguesa Eugênia Câmara se apresentou no Teatro Santa Isabel. Influência decisiva em sua vida exerceria a atriz, vinda ao Brasil com Furtado Coelho. No dia 17 de maio, Castro Alves publicou no primeiro número de A Primavera seu primeiro poema contra a escravidão: A canção do africano. A tuberculose se manifestou e em 1863 teve uma primeira hemoptise. Em 1864 seu irmão José Antônio, que sofria de distúrbios mentais desde a morte de sua mãe, suicidou-se em Curralinho. Ele enfim consegue matricular-se na Faculdade de Direito do Recife e em outubro viaja para a Bahia. Só retornaria ao Recife em 18 de março de 1865, acompanhado por Fagundes Varela. A 10 de agosto, recitou O Sábio na Faculdade de Direito e se ligou a uma moça desconhecida, Idalina. Alistou-se a 19 de agosto no Batalhão Acadêmico de Voluntários para a Guerra do Paraguai. Em 16 de dezembro, voltou com Fagundes Varela a Salvador. Seu pai morreu no ano seguinte, a 23 de janeiro de 1866. Castro Alves voltou ao Recife, matriculando-se no segundo ano da faculdade. Nessa ocasião, fundou com Rui Barbosa e outros amigos uma sociedade abolicionista. Em 1886, tornou-se amante de Eugênia Câmara. Teve fase de intensa produção literária e a do seu apostolado por duas grandes causas: uma, social e moral, a da abolição da escravatura; outra, a república, aspiração política dos liberais mais exaltados. Data de 1866 o término de seu drama Gonzaga ou a Revolução de Minas, representado na Bahia e depois em São Paulo, no qual conseguiu consagrar as duas grandes causas de sua vocação. No dia 29 de maio, resolveu partir para Salvador, acompanhado de Eugênia. Na estreia de Gonzaga, dia 7 de setembro, no Teatro São João, foi coroado e conduzido em triunfo.
Raimundo Correia
Raimundo da Mota de Azevedo Correia (São Luís do Maranhão, 13 de maio de 1859 - Paris, 13 de setembro de 1911) foi um juiz e poeta brasileiro. Nasceu a bordo do navio São Luís, ancorado em águas maranhenses. Filho de família de classe elevada, seus pais foram o desembargador José da Mota de Azevedo Correia e Maria Clara Vieira da Mota de Azevedo Corrêa, ambos naturais do Maranhão. Seu pai descendia dos Duques de Caminha e era filho de pais portugueses. Realizou o curso secundário no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Em 1822 formou-se advogado pela Faculdade do Largo São Francisco, desenvolvendo uma bem-sucedida carreira como Juiz de Direito no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Teve um sobrinho que levou seu nome, filho de seu tio José da Mota de Azevedo Correia, Raimundo Correia Sobrinho, formado em direito e poeta como o tio, que escreveu um livro de poesias "Oração aos Aflitos" publicado, em 1945, pela Livraria José Olympio Editora. Faleceu a 13 de Setembro de 1911, em Paris, onde fora tratar da saúde. Raimundo Correia iniciou a sua carreira poética com o livro "Primeiros sonhos", revelando forte influência dos poetas românticos Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Castro Alves. Em 1883 com o livro "Sinfonias", assume o parnasianismo e passa a integrar, ao lado de Alberto de Oliveira e Olavo Bilac, a chamada "Tríade Parnasiana". Os temas adotados por Raimundo Correia giram em torno da perfeição formal dos objetos. Ele se diferencia um pouco dos demais parnasianos porque sua poesia é marcada por um forte pessimismo, chegando até a ser sombria. Ao analisar a obra de Raimundo Correia percebe-se que há nela uma evolução. Ele iniciou sua carreira como Romântico, depois adotou o Parnasianismo e, em alguns poemas aproximou-se da escola Simbolista.
D. Pedro I
D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal (nome completo: Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon; Queluz, 12 de outubro de 1798 — Queluz, 24 de setembro de 1834) foi o primeiro imperador do Brasil (de 1822 a 1831) e 28º rei de Portugal (durante sete dias de 1826). Recebeu os títulos de infante, grão-prior do Crato, príncipe da Beira, príncipe do Reino Unido de Portugal do Brasil e Algarves, príncipe regente do Reino do Brasil além de primeiro imperador do Brasil, como D. Pedro I, de 12 de outubro de 1822 a 7 de abril de 1831, e ainda 28º Rei de Portugal (título herdado de seu pai, D. João VI), durante um período de sete dias (entre 26 de abril e 2 de maio de 1826), como D. Pedro IV. Em Portugal é conhecido como O Rei-Soldado, por combater o irmão D. Miguel na Guerra Civil de 1832-34 ou O Rei-Imperador. É também conhecido, de ambos os lados do oceano Atlântico, como O Libertador — Libertador do Brasil do domínio português e Libertador de Portugal do governo absolutista. D. Pedro I abdicou de ambas as coroas: da portuguesa para a filha D. Maria da Glória e da brasileira para o filho D. Pedro II. D. Pedro I era o quarto filho (segundo varão) do rei D. João VI e de sua mulher, Carlota Joaquina de Bourbon, princesa de Espanha, primogênita do rei espanhol Carlos IV da Espanha. Tornou-se herdeiro depois da morte do seu irmão mais velho, Francisco (1795 - 1801).