A Política Económica Pombalina: Medidas e Impacto
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Contextualização
Face à nova crise de meados do século XVIII, o Rei D. José I tentou uma estratégia de mudança em relação à política do seu pai (D. João V). O ministro Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) delineou a recuperação económica com base nos pressupostos mercantilistas.
Medidas Económicas (Mercantilistas)
As principais medidas económicas (de tipo mercantilista) que tomou foram:
- A concessão de privilégios (subsídios, isenção de impostos) às indústrias existentes;
- A criação das manufaturas da Covilhã e de Portalegre para desenvolver a indústria de lanifícios;
- A introdução dos têxteis de algodão;
- O desenvolvimento da indústria de vidro da Marinha Grande;
- O fomento de vários setores da indústria (nomeadamente, a fundição do ferro, a cerâmica, a saboaria, a construção naval);
- A contratação de empresários estrangeiros e de mão de obra especializada;
- A publicação de pragmáticas com o objetivo de diminuir as importações;
- A reorganização da Real Fábrica da Seda (criada no reinado de D. João V e reestruturada com operários e mestres de várias artes de origem francesa).
Reorganização do Comércio
Além da atividade industrial, também o comércio foi reorganizado no intuito de reduzir o défice e de colocar as trocas na mão da burguesia portuguesa. O Marquês de Pombal conseguiu atingir estes objetivos graças às seguintes medidas:
- Criação de companhias monopolistas que aliavam os capitais privados aos do Estado (por exemplo, a Companhia da Ásia, para o comércio com o Oriente; a Companhia do Grão-Pará e Maranhão, para o comércio com o Brasil; a Companhia Geral das Reais Pescas do Reino do Algarve; a Companhia para a Agricultura das Vinhas do Alto Douro, criada para a reorganização e controlo do comércio dos vinhos do Douro, então dependente dos Ingleses);
- Atribuição do estatuto nobre aos grandes burgueses acionistas das companhias monopolistas;
- Instituição da Aula do Comércio, escola comercial para os filhos dos burgueses;
- Criação da Junta do Comércio, órgão que controlava a atividade comercial do reino.
Consequências da Política Económica Pombalina
Em consequência desta política económica, o final do século XVIII foi, para Portugal, um período de prosperidade, com uma balança comercial positiva e a resolução do problema do défice comercial com a Inglaterra.