Políticas Econômicas no Brasil: Governos Café Filho e Juscelino Kubitschek
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Governo Café Filho (1954-1955)
Ambiente Macroeconômico:
- Colapso das exportações de café
- Crise cambial
- Déficit público elevado
- Expansão dos meios de pagamento, resultando em alta inflação
Principais Medidas:
- Obtenção de empréstimos no exterior
- Instrução 113 da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), que permitiu a importação de máquinas e equipamentos sem cobertura cambial para o Brasil, na forma de investimento direto, a partir de 1955
- Corte de crédito e dos investimentos públicos
Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961): Plano de Metas
Principais Metas Perseguidas:
- Energia: Aumento da capacidade de produção de energia elétrica e petróleo.
- Transportes: Investimentos em ferrovias, estradas, portos e frota comercial.
- Indústria Intermediária: Insumos básicos como siderurgia, cimento, borracha, papel e celulose.
- Indústria de Bens de Capital: Mecânica e material elétrico.
- Indústria de Bens de Consumo Duráveis: Automobilística.
- Brasília: Interiorização do desenvolvimento.
O Plano de Metas: "50 Anos em 5" e Seus Pilares
O objetivo era eliminar os principais pontos de estrangulamento e identificar os pontos de germinação para o desenvolvimento.
- Conselho de Desenvolvimento Nacional: Grupos executivos responsáveis pelo gerenciamento do plano.
- Tratamento Favorável à Entrada do Capital Estrangeiro: Através da Instrução 113 da SUMOC.
- Concessão de Incentivos Fiscais e Creditários: Indução pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e Banco do Brasil (BB).
- Ampliação da Participação do Governo: Resultando em déficit orçamentário e inflação.
- Endividamento Externo e Lei do Similar Nacional: O fechamento do mercado interno garantiu a reserva de mercado para produtos de empresas estrangeiras que viessem para o Brasil. Como consequência, muitos capitais externos foram atraídos, e a indústria foi protegida da concorrência.
Política Econômica e Financiamento do Plano de Metas
Política Monetária:
- Expansionista, com grande elevação do crédito por parte do Banco do Brasil (BB).
- Liquidez elevada.
A política econômica desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek apresentou pontos positivos e negativos para o país. A entrada de multinacionais gerou empregos, porém, deixou o Brasil mais dependente do capital externo. O investimento na industrialização deixou de lado a zona rural, prejudicando o trabalhador do campo e a produção agrícola. O país ganhou uma nova capital, porém a dívida externa, contraída para esta obra, aumentou significativamente. A migração e o êxodo rural descontrolado fizeram aumentar a pobreza, a miséria e a violência nas grandes capitais do Sudeste do país.
Política Fiscal Expansionista:
Caracterizada por uma forte elevação dos gastos públicos, incluindo:
- Incentivos Fiscais
- Rombo das Estatais (especialmente nos setores de energia e transportes)
- Subsídios para o consumo de trigo e petróleo
- Valorização do Café
- Brasília: Além do desenvolvimento do Sudeste, a região Centro-Oeste também cresceu e atraiu um grande número de migrantes nordestinos. A grande obra de JK foi a construção de Brasília, a nova capital do Brasil. Com a transferência da capital do Rio de Janeiro para Brasília, JK pretendia desenvolver a região central do país e afastar o centro das decisões políticas de uma região densamente povoada. Com capital oriundo de empréstimos internacionais, JK conseguiu finalizar e inaugurar Brasília em 21 de abril de 1960.
Estrutura Monetária e Financeira da Época:
- SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito): Autoridade monetária responsável por controlar o câmbio, compulsório, mercado aberto e fiscalização.
- Tesouro Nacional: Responsável pela emissão de moeda.
- Banco do Brasil (BB): Atuava com redesconto, mobilização monetária e carteira de câmbio.
Mecanismo de Emissão de Moeda: Banco do Brasil (BB) → Tesouro Nacional (TN) → Emissão de moeda.