Políticas Econômicas do Governo Collor: Impactos e Consequências
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No início da década de 1990, a inflação havia ultrapassado 80% ao mês, e a economia, que crescera a uma taxa média em torno de 7% entre 1930-80, encontrava-se estagnada desde meados dos anos 80. Nesse contexto, foi eleito Fernando Collor, que trazia um discurso centrado na denúncia da corrupção, assistência às camadas mais desfavorecidas da sociedade e promessas de mudanças profundas na economia, tendo assumido o governo em março de 1990.
Collor rompeu com o modelo brasileiro de crescimento com elevada participação do Estado e proteção tarifária. Seus Planos Econômicos Collor 1 e 2 não apenas fracassaram em eliminar a inflação, como resultaram em recessão e perda de credibilidade das instituições de poupança. Em 1992, foram revelados esquemas de corrupção.
Ancora Cambial
A âncora cambial visava manter a taxa de câmbio valorizada para importar e ofertar produtos, buscando paridade comercial.
Consequências:
- Aumento das importações, segurando os preços internos.
- Aumento da oferta agregada.
Essa estratégia só é eficaz se houver financiamento para o déficit.
Principais Consequências
- Manutenção da inflação baixa.
- Deterioração das contas externas.
- Taxas de juros elevadas, aumentando o endividamento interno.
- Baixo crescimento econômico.
A estratégia só foi possível devido à grande disponibilidade de capitais externos na época para financiar os déficits em conta corrente.
Reversão do Fluxo de Recursos Externos
A crise asiática (1997) e a crise russa (1998) levaram à desvalorização do Real em 1999.
Tripe Macroeconômico (1999)
O Tripe Macroeconômico, implementado por FHC, Lula e Dilma, consistiu em:
- Sistema de Metas de Inflação: Mecanismo para estabilizar a inflação dentro de um teto e piso.
- Câmbio Flutuante: O Banco Central deixa a cotação do dólar variar conforme a demanda, sem intervir.
- Superávits Primários Elevados: Controle da inflação por meio de corte de despesas e aumento de receitas (austeridade fiscal).