Poluição Ambiental: Ar, Smog, Ozono, Efeito Estufa e Ruído

O que é Poluição do Ar?

É o lançamento no ar de substâncias em estado líquido, sólido ou gasoso, ou de energia (calor, ruído, radiação), que envolvem uma alteração na sua composição natural e que acarretam riscos, danos ou problemas graves para as pessoas, ecossistemas e bens de qualquer natureza.

A Formação do Smog (Névoa Fotoquímica)

O Smog é formado pela concentração atmosférica de poluentes liberados principalmente nas regiões metropolitanas devido a atividades industriais, aquecimento e circulação (tráfego). A sua composição será baseada em óxidos de enxofre (smog ácido ou clássico). A formação dessa poluição é favorecida por situações anticiclónicas ou de estabilidade atmosférica, pela ausência de ventos e pela localização das cidades em depressões ou vales. Além disso, essa concentração de poluentes é favorecida quando ocorre a inversão térmica, pois a ausência de dispersão vertical dos poluentes faz com que estes se concentrem cada vez mais, aumentando a densidade da camada contaminada.

Influência das Condições Climáticas na Dispersão de Poluentes

O grau de dispersão alcançado pelos gases poluentes liberados na atmosfera depende de vários fatores, sendo as condições meteorológicas um dos mais importantes. Em situações anticiclónicas, a atmosfera é estável, e os gases poluentes tendem a se concentrar. Por outro lado, as tempestades facilitam a dispersão de poluentes. Se ocorrer a inversão térmica, não há dispersão vertical dos poluentes, que se acumulam entre a superfície e a base da camada de inversão. Os ventos, sejam eles regionais (como vendavais) ou locais (como brisas vale-montanha e terra-mar), também afetam significativamente a dispersão de poluentes atmosféricos.

O Ozono e a sua Função na Atmosfera

A camada de ozono é formada na estratosfera, onde a radiação solar excita eletricamente átomos e moléculas dos gases atmosféricos, incluindo o oxigénio, que se dissocia para formar o ozono. A camada de ozono absorve a radiação ultravioleta do sol e, consequentemente, protege a vida na superfície da Terra.

O Efeito Estufa e o Protocolo de Quioto

O lançamento de gases com efeito de estufa (GEE) na atmosfera (CO2, CH4, N2O, CFCs, etc.) reforça a absorção da contrarradiação dos raios de calor ou radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra. A consequência imediata é o efeito estufa, que favorece o aumento da temperatura global. Um aumento de 2 a 3 ºC na temperatura global pode causar o derretimento do gelo das calotas polares, resultando na subida do nível do mar e na inundação de muitas áreas costeiras densamente povoadas. Além disso, haveria mudanças climáticas com consequências imprevisíveis para o ecossistema e a humanidade.

O Protocolo de Quioto, de 1997, propôs uma estratégia global para reduzir as emissões de GEE. Finalmente, 159 países chegaram ao primeiro compromisso concreto: redução global pelos países industrializados de 5,2% das emissões de seis gases de efeito estufa:

• Dióxido de carbono (CO2)
• Metano (CH4)
• Óxido nitroso (N2O)
• Hidrofluorcarbonos (HFCs)
• Polifluorcarbonos (PFCs)
• Hexafluoreto de enxofre (SF6)

Conceito e Efeitos da Poluição Sonora

A poluição sonora é definida como qualquer som indesejável que perturba, prejudica ou interfere com a audição ou o bem-estar das pessoas. Os seus efeitos sobre a saúde humana, especialmente quando excedem 75-80 dB, podem ser:

• Psicológicos: stress, irritabilidade, insónia, etc.
• Fisiológicos: perda parcial ou total da audição, alterações da pressão arterial, enxaqueca, secreções hormonais anormais, etc.