Poluição: Origens, Tipos e Fatores de Dispersão

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Fontes de Poluição

De acordo com sua origem, há várias fontes que determinam o tipo de contaminação, sendo elas naturais e artificiais.

Fontes Naturais

Compreendem emissões de poluentes gerados pela atividade da biosfera, hidrosfera e geosfera:

  • 1. Erupções Vulcânicas: Contribuem para a atmosfera com compostos de enxofre e um grande número de partículas.
  • 2. Incêndios Florestais: Ocorrem naturalmente e emitem elevadas concentrações de CO2, fumaça e poeira.
  • 3. Atividades da Vida: Choques elétricos gerados durante as tempestades levam à formação de óxidos de nitrogênio ao oxidar o nitrogênio atmosférico. Partículas de sal marinho são emitidas no ar e fortes ventos transferem partículas para outras áreas de regiões áridas.

Fontes Artificiais

Resultam da ação humana, principalmente do uso de combustíveis fósseis, como o carvão. Estão presentes em atividades domésticas, transportes, indústria, agricultura e pecuária.

Tipos de Poluentes

Os poluentes do ar são considerados produtos químicos e formas de energia que, em certas concentrações, podem causar danos, desconforto ou riscos para as pessoas e os ecossistemas. O tempo de residência é o período de tempo que um poluente pode permanecer em um ambiente.

Formas de Energia

Este é o segundo grande grupo de poluentes, dividido em três tipos: radiação ionizante, radiação não ionizante e ruído.

  1. Radiação Ionizante: Série de partículas ou ondas eletromagnéticas que podem ionizar átomos da matéria que é afetada diretamente, alterando sua função e estrutura. Existem 4 tipos principais. Quando atingem organismos vivos e são absorvidas, podem causar defeitos congênitos e câncer.
  2. Radiação Não Ionizante: São ondas que não alteram a estrutura do material nem causam a ionização dos átomos. Os efeitos dependem da intensidade do campo eletromagnético e do tempo de exposição, podendo incluir distúrbios no sistema nervoso ou hormonais.
  3. Ruído: Um tipo especial de poluição atmosférica com grande impacto sobre a população.

Fatores que Influenciam a Dispersão de Poluentes

Características da Emissão

A dispersão é determinada pela natureza do poluente (gás ou partículas). Quando a temperatura de uma emissão gasosa é maior que a média, o gás sobe e facilita sua dispersão.

Condições Atmosféricas

As condições atmosféricas determinam o estado e o movimento das massas de ar, influenciando a estabilidade ou instabilidade e a dispersão dos poluentes.

  • 1. Temperatura do Ar e Variações com a Altura (Taxa de Lapso): Determinam o deslocamento de massas de ar e podem levar à inversão térmica, dificultando a dispersão.
  • 2. Ventos: Elementos que promovem a dispersão dos poluentes, em função da direção, velocidade e turbulência.
  • 3. Precipitação: O efeito de lavagem da atmosfera, arrastando os poluentes para o solo. Tempestades favorecem esse processo.

Características Geográficas e Topográficas

O relevo geográfico e topográfico tem influência na origem dos ventos que carregam poluentes ou causam sua acumulação:

  • 1. Áreas Costeiras: Sistema de brisa do mar: durante o dia, os contaminantes se movem do interior para o mar; durante a noite, os poluentes retornam para o continente, em um movimento cíclico.
  • 2. Áreas de Montanha: O relevo montanhoso pode influenciar a circulação do ar e a acumulação de poluentes.
  • 3. Presença de Massa Vegetal: Diminui a quantidade de poluição do ar, reduzindo a velocidade do vento e facilitando a deposição de partículas. A vegetação absorve CO2 para a fotossíntese, agindo como um dissipador.
  • 4. Presença de Centros Urbanos: Influencia o movimento das massas de ar, diminuindo ou retardando sua velocidade e formando turbulência. Surge o chamado efeito de ilha de calor, onde a temperatura no interior da cidade é maior que na periferia devido ao calor produzido pelas combustões em veículos. Isso gera a brisa urbana, uma circulação cíclica de massas de ar frio da periferia para o centro. Esses fatores dificultam a propagação de contaminantes, promovendo sua concentração e causando a formação de um domo de poluição urbana, que se agrava em situações anticiclônicas e só pode ser removido pela chegada de frentes frias que trazem vento e chuva para a cidade.

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