Portugal no Pós-Guerra: Crise e Fim da 1ª República

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Após a Primeira Guerra Mundial, Portugal viveu um período de grande instabilidade política, económica e social, resultante da participação na guerra e da crise internacional. A produção industrial estava em queda e o défice da balança comercial e da dívida pública dispararam. A diminuição das receitas orçamentais e o aumento das despesas conduziram os governos à multiplicação de massa monetária, que desvalorizou a moeda e levou a uma inflação galopante. O aumento do custo de vida afetou particularmente as classes médias, bem como o operariado, levando a insatisfação, confrontos violentos e greves.

Portugal era, assim, um país descapitalizado e os sucessivos governos da Primeira República assistiam ao disparar da dívida pública. Estava, então, criado o ambiente favorável à intensificação da agitação social a que os frágeis governos não conseguiam pôr cobro. Portugal era, assim, um país descapitalizado e os sucessivos governos da Primeira República assistiam ao disparar da dívida pública.

A guerra trouxe consigo o agravamento da instabilidade política. A República estava destinada ao falhanço, visto que houve cerca de 45 governos, que duravam em média de 3 a 6 meses. Numa altura em que a situação do país se agravava com o fim da Guerra, os governos republicanos eram corruptos e motivados por ambições de poder pessoais, levando a divergências internas e à divisão do partido Republicano. Devido à situação económica e aos sucessivos falhanços do governo, começou a verificar-se uma grande agitação social, patente em manifestações e greves, e começaram a ocorrer vários atos de violência, como é o caso da Noite Sangrenta em 1921.

Assim, a população começava a aspirar por um governo forte, autoritário, que desse fim à instabilidade política e à agitação social e que fosse capaz de instaurar a ordem e tranquilidade, e o prometido desafogo económico. Este sentimento fomentou as forças antidemocráticas e antiparlamentares, que organizaram um movimento militar, a partir de Braga, e levaram a cabo um golpe de Estado que instituiu a ditadura militar. A 1ª República caiu em 28 de maio de 1926. O novo governo decretava o fim das liberdades individuais e extinguiu todas as instituições de inspiração liberal e democrática.

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