Pragas e Doenças do Café e Cana-de-Açúcar: Guia Completo

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Pragas e Doenças do Café e Cana-de-Açúcar

Pragas do Café

Ácaro Vermelho: O ácaro vive na face superior das folhas, coberto por teia. As folhas perdem o brilho e ficam bronzeadas quando a população do ácaro é grande.

Perdas e Danos: Em anos de inverno seco e mais quente do que o normal, os ácaros podem causar desfolha do cafeeiro, as folhas perdem o brilho característico, tornando-se bronzeadas.

Para controle, é utilizado acaricida específico e controla plantas hospedeiras como mamona e mamoeiro.

Ácaro da Leprose: Controle Químico:

Avermectinas

Vertimec (Abamectina) – 0,4 L/ha, 400 a 1000L/ha

Cetoenol

Envidor (Espirodiclofeno) – 0,3 L/ha

Oberon (Espiromesifeno) – 0,2 a 0,5 L/ha, 500 a 800L/ha

Broca do Cafeeiro - Evolução: ovo-larva-pupa-adulto. A broca-do-café é a principal praga do cafeeiro, que ataca exclusivamente os grãos imaturos e maduros, causando prejuízos no rendimento da lavoura e na qualidade final do produto. Além disso, a perfuração causada pela broca serve como porta de entrada para outros patógenos como fungos e bactérias.

Controle: Aplicação do manejo integrado de pragas, utilizando diversos tipos de controle. Uso de armadilhas atrativas ao inseto. Controle cultural, realizando uma colheita bem feita e o repasse, destruição de lavouras abandonadas e recolhimento de frutos caídos. Controle biológico utilizando parasitóides e fungos entomopatogênicos. Controle químico com inseticidas registrados e monitoramento constante do nível de infestação.

O que aplicar? Benevia (Ciantraniliprole), Volian Targo (Clorantraniliprole + abamectina), Curbix (Etiprole)

Bicho Mineiro: Se desenvolve bem em condições de maior insolação e baixa umidade do ar. Coloca os ovos na superfície superior das folhas e a lagartinha, ao eclodir, penetra diretamente para o interior da mesma, sem entrar em contato com a parte externa.

Após completo desenvolvimento, abandonam as folhas pela parte superior das minas e, com o auxílio de um fio de seda, por elas mesmas produzido, descem até as folhas baixeiras para empupar em casulos construídos com fios de seda no formato da letra X. O ciclo evolutivo de ovo a adulto dura entre 19 e 87 dias, sendo menor em temperaturas mais elevadas. A fase de lagarta, que é a que causa danos, leva de 9 a 40 dias.

A ocorrência do bicho-mineiro está condicionada a diversos fatores:

  • Climáticos - temperatura e chuva, principalmente;
  • Condições da lavoura - lavouras mais arejadas têm maior probabilidade de serem atacadas;
  • Presença ou ausência de inimigos naturais - parasitóides, predadores e entomopatógenos.

Danos: Redução da capacidade de fotossíntese em função da redução da área foliar. Em caso de ataque intenso ocorre a desfolha da planta, de cima para baixo, devido à distribuição da praga.

Controle:

  • Resistência Genética - Coffea stenophylla G. Don. e Coffea racemosa Lour.
  • Controle Biológico: É feito por predadores, parasitóides e entomopatógenos.
  • Controle Químico:

Actara 250 WG

Drench (1,4 – 2,0 kg/ha) 50 mL/planta

Sivanto

Drench (1,5 – 3,0 L/ha)

Foliar (0,5 – 1,0 L/ha)

Nematoides: São organismos do solo (pequenos vermes microscópicos) que atacam o sistema radicular do cafeeiro, tornando as plantas fracas e improdutivas, dificultando a absorção de água e sais minerais, causando morte das raízes, queda das folhas, diminuição da produção e até a morte das plantas.

Espécies mais disseminadas pertencem aos gêneros: Meloidogyne (nematóide das galhas), Pratylenchus (nematóide das lesões).

  • M. incognita - causa galhas nas raízes de mudas na fase de viveiro.
  • M. paranaenses e M. incógnita: São os que causam os maiores prejuízos no cafeeiro, porque são disseminados pelas mudas infestadas.
  • M. coffeicola - causa engrossamento, fendilhamento e descortiçamento das raízes semelhantes a M. incognitae M. paranaensis, mas não ataca muda e nem forma galhas.

A disseminação é feita principalmente por mudas de café infestada, mudas de árvores utilizadas como sombreamento ou quebra-ventos; água das chuvas e irrigação.

Métodos de manejo contra nematóides:

  • Genéticos
  • Químicos: acibenzolar-S-metil (indutores químicos de resistência)
  • Culturais.

Biofumigantes de solo são: mostarda-branca, aveia, joá, crotalária e mucuna-preta.

Cigarras do Cafeeiro: Colocam ovos endofiticamente - no interior dos ramos. Ninfa móvel – possui aparelho bucal sugado Patas dianteiras fossoriais.

Espécies de cigarras:

  • Quesada gigas
  • Fidicinoides sp.
  • Carineta sp.

Controle:

  • Cultural (erradicação da lavoura)
  • Mecânico (captura de adultos)
  • Biológico (Metarhizium)
  • Químico

Doenças do Café

Tombamento ou rizoctoniose - Rhizoctonia solani. Ocorre em mudas (viveiros) e no campo.

Ferrugem do Cafeeiro: A doença da Ferrugem é considerada uma das mais importantes na cultura do café, pois pode causar grandes reduções na produtividade.

Fungicidas protetores:

  • Cúpricos: Oxido cuproso; oxicloreto de cobre.
  • Caldas – Viçosa ; Bordalesa.
  • Fungicidas Sistêmicos.
  • Triazóis.

Triazois + estrobilurinas

Mancha de Phoma: A mancha de Phoma cujo principal agente etiológico é Phoma tarda é uma doença fúngica que pode ocorrer no cafeeiro desde a fase de mudas até na fase adulta do café.

Controle: A escolha da área para instalação de viveiros, optando pela escolha de locais bem drenados e protegidos contra ventos frios. Evitar o plantio de café em áreas sujeitas a ventos fortes e frios. Adubações equilibradas se atentando principalmente ao equilíbrio com nitrogênio e ao fornecimento de cálcio devido a sua constituição na parede celular.

Cercospora: Mancha de olho pardo; mancha olho de pomba, Mancha aureolada, Ataca folhas e Ramos, Frutos novos e rosetas Tanto em viveiros, quanto no campo

Pseudomonas e Phoma: Diferença

Pseudomonas: tem um halo amarelado ao redor das manchas nas folhas e quando ocorre a seca de ramos, as folhas permanecem por um tempo maior no ramo morto porque ocorre a morte do meio do ramo para a ponta.

Phoma: as manchas das folhas não têm o halo amarelado.

O ramo vai secando da ponta para dentro e as folhas secas não permanecem no ramo

Onde amostrar

No terço superior: mancha de phoma

Terço médio: mancha de olho pardo, mancha de ascochyta, bicho mineiro, broca do café

Terço inferior: ferrugem

Solo: nematóides

Verdadeiro

MODO DE APLICAÇÃO:

  • Aplicação em esguicho ou “Drench”:
  • Aplicação de 60ml/planta (30 ml em cada lado da planta) ou no mínimo 200 l/ha.
  • Aplicar a calda em jato contínuo em ambos os lados da planta.
  • Usar pulverizador costal manual ou equipamento tratorizado, corretamente calibrado e adaptado para aplicação em linha no solo limpo, sob a copa do cafeeiro.

Pragas e Doenças da Cana-de-Açúcar

HERBICIDA CANA

0-10 (excelente)

11-20 (Bom)

21-35 (médio)

36-50 (ruim)

+50 (péssimo)

Exemplo:

Medida: 100 metros

Falhas: 50 cm; 150cm; 75cm; 66cm e 274 cm

Total falhas: 50+150+75+101+274=650cm ou 6,50 m de falha

Índice de falha: 6,5%

Broca da Cana: Encontrada em todo o território nacional. É uma mariposa cujas larvas causam a morte da gema apical e danos no interior do colmo da cana-de-açúcar.

Causa o sintoma de “coração morto” em plantas mais novas. Entrada de fungos dos gêneros Fusarium e Colletotrichum, que causam a podridão Vermelha.

Controle:

  • Biológico - parasitóides como a Cotesia flavipes.

Liberação da cotésia: População de lagartas: Mínimo de 800 a 1000 lagartas/ha (1 a 1,5 lagartas/10 m amostrados).

Liberações de vespinhas: Podem ser parceladas ou únicas

Média de 6.000 adultos (fêmeas + machos)/ha/ano.

Um copo (1.500 indivíduos)

Dose: 4 copos por hectare (um por ponto) ou 500 adultos por ponto (12 pontos/ha) - melhor resultado

MIGDOLUS: Ataca o sistema radicular da cana causando falhas na brotação das soqueiras, morte em reboleiras e necessidade de reforma precoce do canavial – Estádio de larva. Esta fase dura no mínimo dois anos, podendo chegar a três anos e as larvas são encontradas até a profundidade de cinco metros no solo.

Cigarrinha: Ninfas - produzem uma espuma na base dos colmos, nas raízes superficiais, onde se alimentam e se mantêm protegidas embaixo da palha da cana colhida sem queimar até atingirem a fase adulta.

Ciclo de vida: 60 a 80 dias. Aproximadamente 3 gerações por safra 340 ovos por fêmea

Controle:

  • Biológico - Metarhizium anisopliae quando forem encontradas populações acima de 3 ninfas por metro

CUPINS: São insetos sociais que vivem em colônias organizadas.

Danos: Falhas na brotação das soqueiras, Redução da longevidade do canavial. Até 10 t de cana/ha/ano (reduz) A maioria das espécies são benéficas

Controle: Aplicação de inseticidas por ocasião do preparo do solo, Alternativa complementar: Aplicação sobre as mudas, no sulco de plantio, em operação conjunta com a cobrição., Bicudo da cana.

Danos nos colmos em desenvolvimento escavando galerias, afetando o stand da cultura e a produtividade – Larvas. Reduzem a longevidade dos canaviais, que muitas vezes não passam do segundo corte.

Controle: Cultural - consiste na destruição antecipada das soqueiras com o erradicador de soqueiras.

BROCA GIGANTE: Danifica a cana-de-açúcar abrindo galerias no colmo, deixando-o oco, além de gerar falhas e sintoma de “coração morto” na brotação das soqueiras. Em situações de altas infestações, reduz a longevidade do canavial, exigindo a reforma antecipada das áreas.

FORMIGAS CORTADEIRAS: As saúvas são responsáveis por perdas médias na produtividade agrícola que variam de 1,6 a 3,2 toneladas de cana por ninho, a cada ciclo.

Nematoides: Meloidogyne javanica, Meloidigyne incognita

Doenças da Cana-de-Açúcar

Podridão vermelha. Raquitismo da Sequeira- para não acontecer isso deve se mergulhar as mudar em água a têmperatira a 50 Graus. Carvão Ferrugem alaranjada. Ferrugem marrom

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