Pré-Modernismo e Vanguardas Europeias: Arte e Ruptura
Classificado em Língua e literatura
Escrito em em português com um tamanho de 4,3 KB
Pré-Modernismo: Contexto e Características
Contexto Histórico
O Pré-Modernismo deve ser situado nas duas primeiras décadas do século XX, período que antecedeu a Semana de Arte Moderna. Essa fase serviu de ponte, unindo conceitos prevalentes do Parnasianismo, Simbolismo, Realismo e Naturalismo. O Pré-Modernismo não possuiu uma escola literária nem foi um movimento, por isso deve ser denominado como uma fase. Na realidade, o Pré-Modernismo é um termo que designa toda uma vasta produção literária que caracteriza os primeiros vinte anos do século XX.
Características Principais
- Regionalismo;
- Os tipos humanos marginalizados;
- Inconformismo diante da realidade brasileira;
- Interesse pelos usos e costumes do interior;
- Descrição e caracterização de personagens típicos;
- Emprego de uma linguagem mais simples e coloquial.
José de Alencar: Um Ícone do Romantismo
José de Alencar foi o principal romancista brasileiro da fase Romântica. Cearense, cursou Direito em São Paulo e viveu a maior parte de sua vida no Rio de Janeiro. Dedicou-se à carreira de advogado, jornalista e escritor. Na literatura, escreveu romances indianistas, históricos, urbanos e regionalistas. Foi também autor de crônicas, críticas e várias peças teatrais.
A Semana de Arte Moderna de 1922
A Semana de Arte Moderna trazia ideias estéticas originais que representavam uma ruptura em relação ao pensamento artístico dominante na época. Isso foi suficiente para que os historiadores da arte brasileira chamassem de modernista tudo o que seria produzido a partir das influências de 1922.
As Vanguardas Europeias: Ruptura e Inovação
Contexto e Definição
As Vanguardas Europeias são os movimentos culturais que começaram na Europa no início do século XX, os quais iniciaram um período de ruptura com as estéticas precedentes, como o Simbolismo. Nesse período, a Europa vivia um clima de otimismo diante dos progressos industriais, dos avanços tecnológicos e das descobertas científicas e médicas, como: eletricidade, telefone, rádio, telégrafo, vacina antirrábica, os tipos sanguíneos, cinema, raio-X, submarino e a produção do fósforo. Ao mesmo tempo, havia a disputa pelos mercados financeiros. Os movimentos culturais desse período, responsáveis por uma série de manifestos, são: Futurismo, Expressionismo, Cubismo, Dadaísmo e Surrealismo, coletivamente chamados de Vanguardas Europeias.
Principais Movimentos
Cubismo
O Cubismo surge com o pintor francês Paul Cézanne, que introduziu em suas obras a distorção nas formas e os formatos bidimensionais. Os artistas cubistas trazem uma ruptura com a perspectiva de visualizar o mundo sob um só ângulo.
Dadaísmo
O Dadaísmo surge em meio à guerra, em 1916, do encontro de um grupo de refugiados (escritores e artistas plásticos) com o intuito de fazer algo significativo que chocasse a burguesia da época. Este movimento é o reflexo da perspectiva diante das consequências emocionais trazidas pela Primeira Guerra Mundial: o sentimento de revolta, de agressividade, de indignação e de instabilidade.
Surrealismo
O Surrealismo surgiu na França, após a Primeira Guerra Mundial, em 1924, quando o Manifesto do Surrealismo foi publicado por André Breton, ex-integrante dos ideais do Dadaísmo. O manifesto trazia intrínsecas concepções freudianas, ligadas à psicanálise e ao subconsciente.
Futurismo
O Futurismo é um movimento artístico e literário surgido oficialmente em 20 de fevereiro de 1909, com a publicação do *Manifesto Futurista*, do poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês *Le Figaro*. A obra rejeitava o moralismo e o passado, apresentando um novo tipo de beleza, baseado na velocidade e na exaltação da violência.