Prevenção de Lesões Músculo-esqueléticas no Trabalho

Classificado em Formação e Orientação para o Emprego

Escrito em em português com um tamanho de 5 KB.

3 - Trabalhadores Considerados Usuários de PVDs

Consideram-se 'usuários de equipamentos com tela' (PVDs) os trabalhadores que ultrapassam 4 horas diárias ou 20 horas semanais de trabalho efetivo com o equipamento. Aqueles que utilizam entre 2 e 4 horas diárias (ou 10 a 20 horas semanais) podem, sob certas condições, ser considerados usuários.

4 - Exigência de Avaliação Ergonômica

Todas as empresas, independentemente da sua atividade, devem realizar uma avaliação ergonômica, conforme os princípios de precaução contidos no art. 14. 2) e 3) e o artigo 15, n.º 1, alíneas d) e g) da LPRL (Lei de Prevenção de Riscos Laborais). A primeira obrigação é identificar e analisar os perigos que podem gerar riscos ergonômicos e, só então, proceder à sua avaliação.

5 - Protocolos de Vigilância Específica: O Que São e Para Que Servem

São um conjunto de medidas ou ações que visam orientar os profissionais de saúde responsáveis pela vigilância dos trabalhadores expostos a riscos específicos, estabelecendo passos a seguir.

6 - Cargas de Trabalho Físico: Conceito e Divisão

Definição: Conjunto de requisitos psicofísicos a que o trabalhador é submetido durante a jornada de trabalho.

O desempenho do trabalho muscular envolve a ativação de músculos que geram força. As contrações musculares podem ser classificadas como:

  • Estáticas: A contração muscular é contínua e mantida por um período.
  • Dinâmicas: Ocorre uma sucessão regular de contrações e relaxamentos musculares, de curta duração.

7 - Métodos Baseados em Tabelas para Determinar a Carga de Trabalho Físico: Vantagens e Desvantagens

Vantagens:

  • Estimam a taxa metabólica usando valores padronizados para atividades, esforços, movimentos, etc.
  • Pressupõem que a população estudada é consistente com a que serviu de base para as tabelas.
  • São fáceis de aplicar e, por isso, mais utilizados.

Desvantagens:

  • Podem apresentar desvios da realidade.
  • Oferecem menor precisão do que os métodos baseados em medições fisiológicas.

8 - Condições do Local de Trabalho para Prevenir Lesões Músculo-esqueléticas

Devem ser evitadas as seguintes condições:

  • Tarefas repetitivas (ciclos inferiores a 30 segundos ou repetição dos mesmos movimentos em mais de 50% do ciclo).
  • Esforços prolongados ou repetitivos que excedam 30% da capacidade muscular máxima do trabalhador.
  • Posturas extremas de segmentos corporais.
  • Manutenção prolongada de qualquer postura.
  • Trabalho com ferramentas vibratórias.
  • Exposição de partes do corpo ao frio ou contato com superfícies duras.

9 - Razões para a Subestimação dos Riscos em Postos de Trabalho Ocupados Predominantemente por Mulheres

Conclusões do relatório da Agência Europeia indicam subestimação dos riscos e falta de reconhecimento do impacto do trabalho na saúde das mulheres, devido a:

  • Clichês e preconceitos (trabalhos femininos são considerados mais leves).
  • Segregação ocupacional.
  • Modelo de prevenção tradicionalmente neutro em termos de gênero, mas baseado no trabalho masculino.
  • Falta de representação feminina nos órgãos de decisão.

A ideia de que homens realizam trabalhos pesados e perigosos, enquanto mulheres realizam trabalhos leves e seguros, leva à falsa conclusão de que homens correm mais riscos. A suposta fragilidade feminina e a tendência a reclamar mais são usadas para justificar a falta de estudos, atribuindo diferenças a fatores biológicos ou psicológicos.

10 - Mapa Corporal: O Que É e Como Funciona

Técnica utilizada para avaliação ergonômica de elementos (postos de trabalho, máquinas, ferramentas, etc.), baseada no desconforto relatado pelos usuários. É especialmente útil em trabalhos com posturas forçadas.

Procedimento:

  1. Em intervalos durante a jornada, pede-se ao trabalhador para indicar no mapa corporal onde sente dor ou desconforto, avaliando a intensidade em uma escala (ex: 0 = "nenhum desconforto" a 5 ou 7 = "desconforto extremo").
  2. Se a interrupção do trabalho não for possível, pergunta-se ao trabalhador, em intervalos, os locais de maior desconforto, em ordem decrescente (geralmente, não mais que 5 ou 6 locais).

Entradas relacionadas: