Prevenção, Redução de Danos e Promoção à Saúde

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Prevenção

Prevenção: Processo de criação de múltiplas estratégias voltadas para redução dos fatores de vulnerabilidade e riscos específicos, e fortalecimento dos fatores de proteção.

Objetivos:

  • Evitar o início do uso.
  • Retardar a idade de início do uso, quando este não puder ser evitado.
  • Reduzir os riscos e os danos relacionados ao uso de drogas.
  • Evitar a transição para um uso mais complexo e problemático.

Considerações:

  • Prevalência de consumo de drogas e suas faixas etárias.
  • Adequação aos diferentes contextos individuais, sociais, políticos e culturais.
  • Articulação entre os setores e envolvimento da comunidade, família e usuários.
  • Organização de ações baseadas em boas práticas no campo da prevenção.
  • Avaliação contínua dos efeitos das ações de prevenção.

Estratégia de Redução de Danos

Partindo da premissa de que o paciente não vai parar de utilizar as drogas (porque não consegue ou porque não quer mesmo), o médico não vai tratar o paciente e sim cuidar dele e evitar que ele possa agravar o problema. Com isso, ocorrem criações de medidas que têm o objetivo de não comprometer mais a saúde desse paciente.

Tais medidas são:

  • Orientar sobre os riscos e agravos que aquela determinada droga pode causar.
  • Desestimular e orientar sobre o compartilhamento de seringas, que pode trazer doenças.
  • Orientar sobre o sexo seguro.
  • Orientar sobre como agir em casos de overdoses.
  • Prevenção das infecções pelo HIV, hepatites, endocardites e outras doenças que possuem o mesmo padrão de transmissão.
  • Orientação sobre troca de drogas que sejam menos nocivas.
  • Divulgar os serviços públicos nas áreas de assistência social e de saúde.

Essa construção do cuidado é pautada em alguns desafios e contradições:

  • Ambivalência: querer parar e não conseguir, exige uma postura de baixa exigência por parte do profissional.
  • O profissional de saúde perde a dimensão do cuidado que não deve ser condicionada à abstinência, e sim no acolhimento.
  • A qualidade de vida do paciente vai depender do seu protagonismo e não do saber do profissional de saúde.
  • Desespero e frustração da equipe em lidar com o comportamento de alto risco.

Promoção e Proteção à Saúde

  • Não fazer juízo de valor moral.
  • Acolher o usuário e também a sua família.
  • Incorporar as ações de redução de danos em outros setores de saúde pública (ACS/PSF) e da comunidade.
  • Utilizar a atenção integral para o desenvolvimento contínuo de fatores de proteção, individuais e coletivos, na trajetória de vida das pessoas, prevendo a maximização da saúde nos três níveis de atenção.
  • Promoção de autonomia e protagonismo.
  • Respeitar o direito dos usuários com baixa exigência e alta qualidade de ofertas e serviços.

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