Principais Alcaloides e Suas Aplicações Farmacológicas

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Atropina (Sulfato de Atropina)

A atropina é usada na forma de sulfato por ser mais estável. Apesar de sua síntese ser possível, é obtida industrialmente de suas fontes naturais, pois o custo é menor que o da síntese. Consiste em um bloqueador muscarínico potente com ação tanto central quanto periférica, com duração de 4 horas, exceto quando administrada no epitélio ocular, onde seus efeitos podem durar alguns dias.

Os efeitos da atropina consistem em:

  • Antiespasmódico (no trato gastrintestinal);
  • Broncodilatador;
  • Midriático;
  • Antissecretório do trato respiratório superior e inferior;
  • Antiarrítmico.

Escopolamina (Hioscina)

Apresenta efeitos semelhantes aos da atropina, porém, a escopolamina tem ações e efeitos mais pronunciados no SNC, com duração mais prolongada que a atropina. É utilizada principalmente nos casos de hipermotilidade gastrointestinal (cólicas).

Nota: Além da beladona, o estramônio (Datura stramonium) contém quantidades apreciáveis de escopolamina e atropina, podendo também servir de fonte de extração destes alcaloides.

Taxol (Paclitaxel)

O Taxol é outro alcaloide que vem sendo usado em quimioterapia contra o câncer. É indicado para o tratamento de:

  • Câncer de mama;
  • Câncer de pulmão;
  • Sarcoma de Kaposi.

Alcaloides do Ópio: Morfina e Codeína

O ópio é obtido da planta Papaver somniferum (Papoula).

Morfina

A morfina é o agente do ópio responsável pela atividade anestésica e hipnótica. Suas características incluem:

  • Tem um grande inconveniente: provoca dependência física.
  • Atualmente, seu uso só é admitido em casos terminais de câncer.

A morfina é o mais importante alcaloide do ópio. Ela é derivada da condensação de duas moléculas de tirosina. A morfina é um analgésico central opioide, narcótico e sedativo. Exerce seus efeitos principais sobre o sistema nervoso central, mas também tem importante ação sobre o trato gastrintestinal e a musculatura lisa.

Os sais disponíveis são:

  • Sulfato de morfina (comprimidos);
  • Cloridrato de morfina (ampolas).

Codeína

A codeína, apesar de sua grande semelhança com a morfina, é muito usada em xaropes e outras formas farmacêuticas contra a tosse, inclusive para o tratamento de crianças. Como efeito colateral, ela provoca sonolência.

A codeína é um alcaloide do ópio com atividade analgésica central e antitussígena. Seus efeitos são similares aos da morfina. Sua eficácia analgésica é devida ao metabolismo hepático, pois após biotransformação, a codeína é convertida à morfina, cuja potência analgésica é 5 vezes maior. A codeína apresenta uma afinidade relativamente baixa pelos receptores opioides, e grande parte de seu efeito analgésico se deve à sua conversão à morfina.

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