Principais Escolas Literárias Brasileiras: Quinhentismo ao Realismo
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Principais Escolas Literárias Brasileiras
Quinhentismo (Século XVI) – Pero Vaz de Caminha; José de Anchieta
Barroco (XVII até XVIII) – Gregório de Matos; Antônio Vieira
Arcadismo – Basílio da Gama; Santa Rita Durão
Romantismo – Castro Alves; José de Alencar
Realismo – Olavo Bilac; Raimundo Correia.
Quinhentismo
Na colônia, o sistema educacional era restrito a poucos colégios mantidos pela ordem religiosa dos jesuítas. A grande maioria da população não era alfabetizada. A circulação de livros era precária, já que a colônia era proibida de ter tipografias.
A literatura de informação e a catequização (literatura de catequese) tinham caráter eminentemente informativo, documental ou religioso. Muitos missionários e viajantes europeus escreveram cartas que apresentavam muitas informações sobre a vida e os costumes dos habitantes da nova terra e uma descrição pormenorizada da fauna e da flora brasileiras daquela época.
Obras dessa literatura:
- A Carta de Pero Vaz de Caminha a D. Manuel (1500)
- A História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos de Brasil (1576)
- O Tratado Descritivo do Brasil (1587)
Alguns jesuítas vieram ao Brasil. Entre os nomes mais representativos, estão os padres Fernão Cardim, Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, único autor do período cuja produção extrapola o caráter meramente histórico. Nasceu em Tenerife em 1534, entrou para a Companhia de Jesus em 1551 e, dois anos depois, veio ao Brasil. Fundou o Colégio Piratininga com Manuel da Nóbrega, escreveu vários gêneros de texto tendo em vista a catequese, como poemas e autos.
Barroco
O romancista José Saramago escreveu seu primeiro livro em 1914. Em 1998, tornou-se o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura.
As manifestações barrocas foram produzidas no século XVII, característica essencial a tensão entre matéria e espírito, razão e emoção. Um dos principais representantes do barroco foi Luis de Góngora, que muito influenciou outros poetas da época. A pintura barroca buscou uma iluminação mais teatral, os gestos se tornaram mais expressivos e complexos, realçou-se cada movimento.
Os principais representantes do barroco no Brasil foram Gregório de Matos (1623 – 1696), conhecido como "Boca do Inferno", e o Padre Antônio Vieira (1608 – 1697), produziu vários sermões, que se destacaram pela sua riqueza literária. Manuel Botelho de Oliveira (1636 – 1711) e Bento Teixeira (1561 – 1600), autor do poema Prosopopeia.
Gregório de Matos
Considerado o primeiro grande representante da poesia brasileira, estudou no colégio dos jesuítas e formou-se em direito. Desempenhou os cargos de tesoureiro-mor e vigário-geral, mas foi destituído da sua função devido às suas sátiras e por se recusar a vestir o hábito sacerdotal. Envolveu-se em intrigas e perseguições. Produziu poemas líricos e religiosos, em que transparece o conflito. Seus versos interessam pelo retrato que fazem da sociedade baiana da época.