Principais Escolas do Pensamento Econômico
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Mercantilismo
Foi o conjunto de práticas econômicas praticadas na Europa na Idade Moderna. Entre o século XV e XVIII, o período medieval havia passado por uma série de transformações, sendo substituídos por novas organizações políticas, econômicas e culturais. Durante quase três séculos, foi a principal prática econômica adotada pelos países europeus. O Mercantilismo considerava a riqueza do Estado baseada na quantidade de capital que teriam guardado em seus cofres. A origem dessa prática foi adotada em um período em que a Europa passava por grande escassez de metais preciosos, ouro e prata. Três medidas básicas faziam parte do Mercantilismo, eram elas: o bulionismo ou metalismo, o colbertismo ou balança comercial favorável e o mercantilismo comercial e marítimo. Além de suas medidas características, o Mercantilismo também é muito identificado pela forte intervenção do Estado na economia.
Principais teóricos:
- Thomas Mun
- Josiah Child
- Barthélemy de Laffemas
- Jean-Baptiste Colbert
- Antoine de Montchrestien
Teses:
- A riqueza provém de reservas de metais preciosos.
- Ouro e prata exercem função de moedas correntes.
- O Estado deve acumular reservas pela descoberta de novas jazidas de minério.
- O Estado deve ampliar reservas exportando mais e importando menos (superávit).
Fisiocracia
O nome fisiocracia foi dado à primeira escola de economia científica, no século XVIII. Nesta escola econômica, desenvolveu-se a teoria de que toda a riqueza provinha da Terra. Esta escola foi reconhecida pela maioria dos estudiosos da economia como o início da moderna ciência econômica. Essa teoria econômica foi utilizada por pouco tempo, pouco mais de 30 anos, especificamente na França.
Principais teóricos:
- François Quesnay
- Anne Robert Jacques Turgot
Teses:
- Defesa das sociedades agrícolas: A Terra é a única fonte de riqueza de uma nação.
- A indústria e o comércio são necessários, mas decorrem de bens pré-existentes.
- “Quadro Econômico (1756)”, de Quesnay: primeira análise do equilíbrio global da economia.
- Demonstra como a renda gerada na agricultura é redistribuída na comunidade.
- Rejeitam a interferência do governo nas atividades econômicas.
- Origem conceitual do liberalismo: “laissez-faire, laissez-passer.”
Economia Clássica
Economia clássica foi o nome dado à primeira escola do pensamento econômico. A ideia central dessa economia era a concorrência, com foco nas transformações do processo produtivo e na Revolução Industrial. Essa ideia surgiu na metade do século XVIII até o século XIX.
Principais teóricos:
- Adam Smith
- Jean-Baptiste Say
- Thomas Malthus
- David Ricardo
Teses:
- O trabalho humano, e não prata/ouro, resulta em prosperidade.
- O aprimoramento das forças produtivas enriquece uma nação.
- Mecanização, divisão social do trabalho.
- Processos de crises econômicas e acumulação de capital.
- Implicações do crescimento populacional.
- Conceito de racionalidade econômica.
- O liberalismo e a “mão invisível” dos mercados.
- Necessidades individuais acima do bem-estar coletivo.
- O bem público resulta do desenvolvimento das forças produtivas.
Marxismo
Marxismo foi um conjunto de métodos criados por Karl Marx sobre a relação de classe e conflito social. O Marxismo desenvolveu-se em diferentes ramos e escolas de pensamento. Karl Marx propõe a luta pelo fim do capitalismo e adiciona imediatamente o socialismo. O Marxismo tornou-se um dos movimentos intelectuais e políticos mais influentes da sociedade contemporânea.
Principais teóricos:
- Friedrich Engels
- Karl Heinrich Marx
Teses:
- Esse diferencial (“mais-valia”) é a fonte dos lucros e da acumulação capitalista.
- O modo de produção capitalista propicia a acumulação contínua de capital.
- Mercadorias resultam da combinação de meios de produção e trabalho humano.
- A quantidade de trabalho para produzir mercadoria é o que determina seu valor.
- A ampliação do capital ocorre porque o trabalho produz valores excedentes.
Economia Neoclássica
A economia neoclássica é um agrupamento de pensamentos econômicos que diz que o Estado não deveria se intrometer nos assuntos de mercado, deixando ele fluir de forma livre. Surgiu no final do século XIX. Os teóricos da economia neoclássica criaram a teoria do Marginalismo. Para atender às necessidades, cada pessoa necessita de uma certa quantidade de bens ou serviços.
Principais teóricos:
- Irving Fisher
- Carl Menger
- Vilfredo Pareto
- William Stanley Jevons
- Léon Walras
- Alfred Marshall
- Knut Wicksell
Teses:
- O valor de um produto é uma grandeza subjetiva, conforme sua utilidade.
- A utilidade do bem é fator da quantidade disponível e da circunstância.
- O preço é definido pelo equilíbrio entre a oferta e a procura.
- Essa seria a “lei do mercado”, que conduz à estabilidade econômica.
Escola Keynesiana
A doutrina Keynesiana é uma teoria econômica que ganhou destaque no início da década de 1930, no momento em que o capitalismo vivia uma de suas mais graves crises.
A proposta Keynesiana tem como ponto fundamental revisar as teorias liberais lançadas pelo teórico Adam Smith. Para se compreender essa economia, devemos observar os níveis de consumo e investimento do governo, das empresas e nós, consumidores. Seguindo esse raciocínio, no momento em que as empresas tendem a investir menos, inicia-se todo um processo de retração econômica que abre portas para o estabelecimento de uma crise. Para evitar essa crise, acreditava-se que o governo deveria aplicar grandes remessas de capital e realizar investimentos que aquecessem a economia de modo geral. Realizando essas manobras a fim de evitar a crise, os níveis de emprego aumentariam e consequentemente garantiriam que o mercado consumidor desse sustentação à economia.
Principais teóricos:
- John Maynard Keynes
Teses:
- Contestação das hipóteses de que as forças do mercado conduzem ao equilíbrio.
- A economia de mercado gera crises, marcadas pela recessão e pelo desemprego.
- O investimento direto na economia garante o emprego da força de trabalho existente.
- As crises dependem do aumento do gasto público para suprir a deficiência de demanda.
- Obras estatais criam novos postos de trabalho, diminuindo o desemprego.
Neoliberalismo
O neoliberalismo foi um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do Estado na economia. De acordo com o Neoliberalismo, deve haver total liberdade de comércio, pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.
Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman.
Principais teóricos:
- Friedrich Hayek
- Leopold von Wiese
- Ludwig von Mises
- Milton Friedman
Teses:
- A abertura da economia por meio da liberalização financeira e comercial.
- A eliminação de barreiras aos investimentos estrangeiros diretos.
- A estabilização econômica obtida pela disciplina fiscal.
- A redução e reforma tributária, estabilidade da taxa de câmbio.
- O redirecionamento dos gastos do Estado, com redução de sua política industrial.
- Menor participação do Estado na economia, com maior autonomia ao setor privado.
- Programas de privatização e da desregulamentação de preço.
- O papel do Estado é disciplinar o mercado para combater excessos da concorrência.