Principais Escolas do Pensamento Econômico

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Escola Clássica

  • Liberalismo Econômico: Busca o equilíbrio do mercado via ajuste de preços, pela não intervenção estatal na atividade econômica, prevalecendo a atuação da “ordem natural” e pela satisfação das necessidades humanas através da divisão do trabalho, que por sua vez aloca a força de trabalho em várias linhas de emprego.
  • Para Adam Smith, a economia não deveria se limitar ao estoque de metais preciosos e ao enriquecimento da nação, pois, segundo o mercantilismo, desta nação fazia parte apenas a nobreza, e o restante da população estaria excluída dos benefícios provenientes das atividades econômicas. Sua preocupação fundamental era a de elevar o nível de vida de todo o povo.

Outros Pensadores da Escola Clássica:

  • Malthus: Argumentava que o excesso populacional era a causa de todos os males da sociedade.
  • Ricardo: Tratou dos problemas do comércio internacional e defendeu o livre-cambismo.
  • Say: Formulou a Lei de Say, que afirma: “A oferta cria sua própria demanda”.

Escola Neoclássica

  • Conforme a Teoria Neoclássica, o ser humano saberia racionalizar e, portanto, equilibraria seus ganhos e seus gastos. É nela que se dá a consolidação do pensamento liberal. Doutrinava um sistema econômico competitivo tendendo automaticamente para o equilíbrio, a um nível de pleno emprego dos fatores de produção.
  • A principal preocupação dos neoclássicos era o funcionamento do mercado e como se chegar ao pleno emprego dos fatores de produção, baseada no pensamento liberal.

Keynesianismo

  • Seus objetivos eram, principalmente, explicar as flutuações econômicas ou flutuações de mercado e o desemprego generalizado, ou seja, o estudo do desemprego em uma economia de mercado, sua causa e sua cura.
  • Keynes acreditava que o capitalismo poderia ser mantido, desde que fossem feitas reformas significativas, já que o capitalismo havia se mostrado incompatível com a manutenção do pleno emprego e da estabilidade econômica. Recebeu, portanto, muitas críticas dos socialistas no que se refere ao aumento da inflação e ao estabelecimento de uma lei única de consumo, ignorando as diferenças de classes. Por outro lado, algumas de suas ideias foram agregadas ao pensamento socialista, como, por exemplo, a política do pleno emprego e a do direcionamento dos investimentos. Defendia a intervenção moderada do Estado. Afirmava que não havia razão para o socialismo de Estado, pois não seria a posse dos meios de produção que resolveria os problemas sociais; ao Estado compete incentivar o aumento dos meios de produção e a boa remuneração de seus detentores.
  • A Teoria Geral: O argumento central de A Teoria Geral é que o nível de emprego é determinado não pelos preços do trabalho, como na economia neoclássica, mas pelos gastos em dinheiro (demanda agregada). Ele argumenta que é errado assumir que mercados competitivos irão, no longo prazo, levar ao pleno emprego ou que o pleno emprego é o estado de equilíbrio natural de uma economia monetária. Pelo contrário, subemprego e subinvestimento são provavelmente um estado natural, a menos que medidas ativas sejam tomadas. Uma implicação de A Teoria Geral é que a falta de competição não é o problema fundamental e que medidas para reduzir o desemprego pelo corte de salários não são apenas insensíveis, mas também ineficazes.

Monetarismo

  • O monetarismo é uma teoria econômica que defende que é possível manter a estabilidade de uma economia capitalista através de instrumentos monetários, pelo controle do volume de moeda disponível e de outros meios de pagamento. O monetarismo se apoia na chamada teoria quantitativa da moeda, tirando conclusões a partir desta teoria para a política monetária mais adequada. Ou seja, a inflação, para esta corrente do pensamento econômico, é causada por um excesso de moeda em circulação.

Kaleckianismo

  • Semelhante à teoria de Keynes, a teoria macroeconômica de Kalecki está baseada no princípio da demanda efetiva, que diz que em uma economia monetária o total de gastos determina uma receita de igual magnitude.
  • Também semelhante à teoria de Keynes, Kalecki constata que o investimento determina uma poupança necessariamente igual em um processo de determinação simultânea, e também nota uma instabilidade fundamental da atividade econômica em uma economia “capitalista”. Para Kalecki, a economia capitalista é dinamicamente instável.
  • Diferentemente de Keynes, a função de consumo não importa no modelo de Kalecki, porque são principalmente os investimentos que determinam a atividade econômica. Ele também coloca o capitalista em sua decisão sobre os investimentos no centro do processo econômico.
  • Para a teoria macroeconômica kaleckiana, existe uma relação causal unilateral na igualdade contábil entre poupança (S) e investimentos (I) no sentido de que os gastos autônomos dos capitalistas em investimentos criam automaticamente o seu próprio financiamento na forma de uma poupança de igual valor. No modelo kaleckiano, os lucros dos capitalistas são determinados propriamente pelos investimentos.

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