Princípios Fundamentais das Demonstrações Financeiras

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Capital e Equidade

A equidade entre os interesses concorrentes deve ser uma preocupação constante nas contas, uma vez que aqueles que utilizam ou utilizaram os dados de itens podem ter seus interesses em conflito. Daqui resulta que as demonstrações financeiras devem ser preparadas de forma a refletir adequadamente os diversos interesses em jogo em uma fazenda ou negócio.

Entidade Contábil

As demonstrações financeiras sempre se referem a uma entidade em que o elemento subjetivo ou proprietário é considerado como um terceiro. O conceito de "entidade" é diferente de "pessoa", pois uma pessoa pode produzir demonstrações financeiras de diversas "entidades" de sua propriedade.

Bens Econômicos

As demonstrações financeiras sempre se referem a bens econômicos, ou seja, produtos materiais e imateriais que possuem valor econômico e, portanto, são suscetíveis de serem valorizados em termos monetários.

Moeda Base (Unidade de Medida)

As demonstrações financeiras refletem os ativos. Esta ação envolve escolher uma moeda contábil e valorizar o patrimônio através da aplicação de um "preço" para cada unidade.

Geralmente, utiliza-se como moeda de conta o dinheiro que tem curso legal no país, sem perturbar a "entidade".

Nos casos em que a moeda não constitui um padrão estável de valor, as flutuações podem ser sentidas, mas isso não prejudicará a validade da correção, pois é possível aplicar mecanismos adequados de regulação.

Continuidade (Negócio em Andamento)

Significa que as demonstrações financeiras estão em um "negócio em andamento" (going concern), um conceito de organização econômica cuja existência tem pleno vigor e perspectivas futuras.

Avaliação pelo Custo Histórico

A avaliação primária e básica é pelo custo de aquisição ou de produção. Esta regra, que determina o desenvolvimento das demonstrações financeiras, está alinhada com o conceito de "negócio em andamento" e assume o caráter de princípio.

Não se devem negligenciar outras regras e critérios, mas o "custo" deve prevalecer como conceito básico de avaliação.

As flutuações no valor da moeda de conta não são correções de mudanças iniciais, mas sim ajustes que representam apenas a expressão monetária.

Exercício Social (Período Contábil)

Nos negócios, é necessário medir o resultado da gestão periodicamente, seja por razões de administração, jurídica, fiscal ou para cumprir compromissos financeiros, etc. É uma condição que os exercícios sejam de igual duração, de modo que os resultados de dois ou mais anos sejam comparáveis.

Princípio da Competência (Regime de Ganhos)

As variações econômicas consideradas como desempenho econômico são aquelas que pertencem a um ano, independentemente de terem sido recebidas ou pagas.

Objetividade

As alterações em ativos, passivos e patrimônio líquido devem ser reconhecidas formalmente no registro contábil o mais rapidamente possível, desde que a medida seja objetiva e expressa na moeda de contabilização.

Realização (Princípio da Competência)

Os resultados econômicos devem ser contabilizados apenas quando a operação que os origina é realizada, seja do ponto de vista da legislação ou das práticas comerciais em geral. Aplica-se o termo "realizado" como parte do conceito de competência.

Prudência (Conservadorismo)

Significa que, ao escolher entre dois valores para um ativo, geralmente deve-se optar pelo menor, ou que uma transação seja registrada de forma que a taxa de participação seja menor. Este princípio geral pode ser expresso também dizendo: "Contabilize todos os prejuízos conhecidos e os lucros somente quando realizados."

O exagero na aplicação deste princípio não é adequado, pois pode ser prejudicial para a apresentação da situação financeira e dos resultados das operações.

Uniformidade

Os princípios gerais, quando aplicáveis, e os padrões utilizados para preparar demonstrações financeiras individuais de uma determinada entidade devem ser aplicados consistentemente de um período para outro.

No entanto, o princípio da uniformidade não deve levar a manter inalterados os princípios gerais ou regras específicas aplicáveis quando a situação exigir uma alteração.

Materialidade (Relevância)

Na avaliação da correta aplicação dos princípios gerais e normas específicas, deve-se necessariamente agir com bom senso. Muitas vezes surgem situações que não se encaixam perfeitamente nessas normas e que, no entanto, não apresentam problemas porque seu efeito não distorce o quadro geral.

Naturalmente, há uma linha divisória que define os limites do que é e não é significativo. Deve-se aplicar a melhor abordagem para a resolução em cada caso, de acordo com as circunstâncias, levando em conta fatores como o efeito relativo no ativo ou passivo, no patrimônio líquido ou nos resultados das operações.

Divulgação (Exposição)

As demonstrações contábeis devem conter todas as informações e a discriminação básica e necessária para a adequada interpretação do desempenho econômico e financeiro da entidade a que se referem.

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