Processadores: História, Definição e Evolução
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História dos Processadores
Com o desenvolvimento da computação, podemos dividi-lo em quatro gerações:
- Primeira Geração (1945-1959): Caracterizada por ser lenta, enorme, usar válvulas, quilômetros de fios e equipamentos que esquentavam muito.
- Segunda Geração (1959-1964): Introduziu os transistores e as placas de circuitos impressos, diminuindo o tamanho dos equipamentos e tornando-os mais rápidos.
- Terceira Geração (1964-1970): Trouxe os circuitos integrados, permitindo uma grande compactação dos elementos do computador e processamento na ordem dos microsegundos.
- Quarta Geração (a partir de 1970): Aperfeiçoou a tecnologia existente e iniciou a miniaturização dos componentes. Agora, a velocidade de processamento de dados chegou aos nanosegundos.
É nessa quarta geração que a Intel começou a mostrar sua força com a criação do primeiro microprocessador: o Intel 4004. Assim, teve início a indústria dos computadores pessoais.
O Que É um Processador?
O processador é o cérebro do micro, encarregado de processar a maior parte das informações. Ele é também o componente onde são usadas as tecnologias de fabricação mais recentes. O processador é o componente mais complexo e frequentemente o mais caro, mas ele não pode fazer nada sozinho. Como todo cérebro, ele precisa de um corpo, que é formado pelos outros componentes do micro, incluindo memória, HD, placa de vídeo e de rede, monitor, teclado e mouse.
Dentro do mundo PC, tudo começou com o 8088, lançado pela Intel em 1979 e usado no primeiro PC, lançado pela IBM em 1981.
Depois vieram o 286, lançado em 1982, e o 386, lançado em 1985. O 386 pode ser considerado o primeiro processador moderno, pois foi o primeiro a incluir o conjunto de instruções básico, usado até os dias de hoje. O 486, que ainda faz parte das lembranças de muita gente que comprou seu primeiro computador durante a década de 1990, foi lançado em 1989, mas ainda era comum encontrar micros com ele à venda até por volta de 1997. Depois, entramos na era atual, inaugurada pelo Pentium, que foi lançado em 1993, mas demorou alguns anos para se popularizar e substituir os modelos anteriores.
Evolução dos Processadores Intel e AMD
Em 1997, foi lançado o Pentium MMX, que deu um último fôlego à plataforma. No mesmo ano, veio o Pentium II, que usava um encaixe diferente e por isso era incompatível com as placas-mãe antigas. A AMD soube aproveitar a oportunidade, desenvolvendo o K6-2, um chip com uma arquitetura similar ao Pentium II, mas que era compatível com as placas soquete 7 antigas.
A partir daí, as coisas passaram a acontecer mais rápido. Em 1999, foi lançado o Pentium III e, em 2000, o Pentium 4, que trouxe uma arquitetura bem diferente dos chips anteriores, otimizada para permitir o lançamento de processadores que trabalham a frequências mais altas. O último Pentium III trabalhava a 1.0 GHz, enquanto o Pentium 4 atingiu rapidamente os 2.0 GHz, depois 3 GHz e, posteriormente, 3.5 GHz. O problema é que o Pentium 4 possuía um desempenho por ciclo de clock inferior a outros processadores, o que fazia com que a alta frequência de operação servisse simplesmente para equilibrar as coisas.
A primeira versão do Pentium 4 operava a 1.3 GHz e, mesmo assim, perdia para o Pentium III de 1.0 GHz em diversas aplicações. Quanto mais alta a frequência do processador, mais ele esquenta e mais energia consome, o que acaba se tornando um grande problema. Quando as possibilidades de aumento de clock do Pentium 4 se esgotaram, a Intel lançou o Pentium D, uma versão dual-core do Pentium 4. Inicialmente, os Pentium D eram caros, mas com o lançamento do Core 2 Duo, eles caíram de preço e passaram a ser usados até mesmo em micros de baixo custo.
Os Pentium D eram vendidos sob um sistema de numeração e não sob a frequência real de clock. O Pentium D 820, por exemplo, opera a 2.8 GHz, enquanto o 840 opera a 3.2 GHz. Em 2003, a Intel lançou o Pentium M, um chip derivado da antiga arquitetura do Pentium III, que consome pouca energia, esquenta pouco e mesmo assim oferece um excelente desempenho. Um Pentium M de 1.4 GHz chega a superar um Pentium 4 de 2.6 GHz em diversas aplicações. O Pentium M foi desenvolvido originalmente para ser usado em notebooks, mas se mostrou tão eficiente que acabou sendo usado como base para o desenvolvimento da plataforma Core, usada nos processadores Core 2 Duo fabricados atualmente pela Intel. O Pentium 4 acabou se revelando um beco sem saída, descontinuado e condenado ao esquecimento.
Paralelamente a todos esses processadores, existe o Celeron, uma versão mais barata, mas com um desempenho um pouco inferior, por ter menos cache ou outras limitações. Na verdade, o Celeron não é uma família separada de chips, mas apenas um nome comercial usado nas versões mais baratas (com metade ou um quarto do cache) de vários processadores Intel. Existem Celerons baseados no Pentium II, Pentium III, Pentium 4, Pentium M e também o Celeron 4xx, que é uma versão single-core (e com menos cache) do Core 2 Duo.