Processos Psíquicos Conscientes e Inconscientes Segundo Freud

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Características dos Processos Psíquicos Inconscientes

Processos psíquicos inconscientes são os mais antigos e primários, e já foram os únicos existentes. A tendência predominante neles é o princípio de prazer/desprazer. Tais processos aspiram à obtenção de prazer e à fuga do desprazer (recalque). O pensado (desejado) apresenta-se de forma alucinatória.

Como Surgem Consciência, Atenção, Memória e Outras Funções Psíquicas

Não ocorrendo a satisfação alucinatória, o aparelho psíquico começa a conceber as circunstâncias do mundo externo. A realidade exterior passa a adquirir maior importância, e mais relevante se torna o papel dos órgãos sensoriais voltados para o mundo externo e da consciência a eles ligada. Antes, só existia consciência na variação de prazer/desprazer. Surge a atenção, fazendo uma busca no ambiente para que as necessidades fossem conhecidas de antemão. Paralelamente, surge um sistema de notações (memória), registrando o que a consciência busca no mundo externo. O recalque é substituído pela avaliação de juízo, que decide se uma representação é verdadeira ou falsa. O agir surge como uma forma de modificar a realidade externa. O pensar surge como um agir por ensaio, adiando a ação necessária. O brincar, o fantasiar e o devanear permanecem livres do princípio da realidade, apartados do teste de realidade e submetidos ao princípio de prazer.

Relação entre Religião, Educação, Arte e os Princípios de Prazer e Realidade

A religião é uma projeção mítica da substituição de um princípio pelo outro. A educação é um estímulo a essa substituição, e a arte reconcilia os dois princípios na obra de impulsos e fantasias do artista ou em uma imagem da realidade.

A substituição do princípio do prazer pelo princípio da realidade ocorre de forma diferente nas pulsões sexuais e nas pulsões do eu. A pulsão sexual fica retida em seu desenvolvimento por causa do erotismo e do período de latência, e fica mais tensa sob o domínio do princípio do prazer. As pulsões do eu não sofrem esse atraso.

Conclusão de Freud sobre Realidade e Processos Mentais Inconscientes

Freud conclui que, nos processos inconscientes (recalcados), o teste da realidade não tem valor; o mero desejar já equivale à satisfação do desejo. Nunca devemos aplicar critérios da realidade às formações do inconsciente, pois subestimamos o papel das fantasias na formação dos sintomas.

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