Processos de Refino de Petróleo: Dessalinização, Destilação e Desasfaltação

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Dessalinização do Petróleo Cru

Antes da separação em frações na refinaria, o petróleo cru precisa ser tratado para remoção de sais corrosivos.

O processo de dessalinização também remove alguns metais e os sólidos em suspensão que podem:

  • Causar danos às unidades de destilação ou reduzir a sua eficiência;
  • Provocar corrosão nos equipamentos;
  • Se depositar nas paredes dos trocadores de calor;
  • Danificar os catalisadores que serão usados nas posteriores etapas de processamento.

O processo compreende a mistura do petróleo cru aquecido com cerca de 3% a 10% de seu volume em água, e esta, então, dissolve os sais indesejáveis. A água é então separada do petróleo em um vaso de separação através da adição de desemulsificantes que ajudam na quebra da estabilidade da emulsão.

O processo de dessalinização do óleo cru gera uma lama oleosa, bem como uma corrente de água salgada residual, de alta temperatura, que normalmente é adicionada a outras correntes aquosas residuais, indo então para as estações de tratamento de efluentes das refinarias.

Destilação Atmosférica

O petróleo cru dessalinizado é aquecido em fornos tubulares até uma temperatura em torno de 400 °C, que é a máxima temperatura que se pode aquecer o petróleo sem que haja perigo de ocorrer decomposição térmica. A essa temperatura, boa parte do petróleo já se encontra vaporizada e essa carga alimenta então uma torre de destilação à pressão atmosférica.

As torres possuem em seu interior bandejas ou pratos de fracionamento que permitem a separação do petróleo cru nas suas diversas frações, pela diferença de seus pontos de ebulição, porque na medida em que os pratos ficam mais próximos ao topo a temperatura destes vai diminuindo.

Em alguns pontos da coluna os produtos são removidos da torre, de acordo com as temperaturas limite de destilação das frações.

Destilação a Vácuo

Potenciais fontes de emissão:

  • Queima dos combustíveis nos fornos de aquecimento;
  • Alguns gases leves que deixam o topo dos condensadores da torre de vácuo.

Uma certa quantidade de hidrocarbonetos leves e não condensáveis e gás sulfídrico atravessam o condensador, e são então descarregados no sistema de tratamento de gases ácidos da refinaria ou enviados para um aquecedor de processo, flare ou sistema de controle para destruição de gás sulfídrico.

A quantidade dessas emissões depende do tamanho da unidade, do tipo de alimentação, e da temperatura da água de refrigeração.

Desasfaltação a Propano

Tem por objetivo extrair, por ação de um solvente, no caso propano líquido a alta pressão, frações lubrificantes de alta viscosidade e de grande valor comercial, contido no resíduo da etapa de destilação a vácuo.

O asfalto recuperado pode ser misturado a outros asfaltos ou combustíveis pesados, ou pode ser usado como carga para outras unidades.

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