Produção Cultural, Mecenato e Humanismo no Renascimento
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Na época do Renascimento, houve um grande progresso do conhecimento e prosperidade material que se fizeram acompanhar de atitudes socioculturais que testemunham a crença na superioridade do Homem e no poder do indivíduo.
Ostentação das Elites Cortesãs e Burguesas
As elites cortesãs e burguesas demonstravam a sua prosperidade através da ostentação nas cortes:
- Exaltavam a vida;
- Ostentavam luxo, conforto, beleza e sabedoria nos seus palácios e solares;
- Privilegiavam a cultura e a sociabilidade renascentistas e foram focos do mecenato;
- O cortesão é a imagem perfeita e ideal do homem do Renascimento (modelo de talentos físicos, intelectuais e morais);
- Valorizavam regras de comportamento social – o Código de Civilidade (etiqueta e boas maneiras).
O Estatuto e Prestígio dos Intelectuais e Artistas
- Nobres, burgueses ricos, eclesiásticos, monarcas e papas foram verdadeiros mecenas de eruditos e artistas.
- Encomendavam obras literárias e manuscritos para as suas bibliotecas; solicitavam projetos de arquitetura, escultura e pintura. Patrocinavam assim a cultura e, ao mesmo tempo, procuravam imortalizar o seu nome.
- Expressavam também o prestígio e a consideração que o Renascimento nutria pelos seus intelectuais e artistas, ao recebê-los nos seus palácios e cortes.
- O artista que assina as suas obras é uma invenção renascentista.
A Prática do Mecenato na Corte Régia Portuguesa
O mecenato régio manifestava-se:
- Através do patrocínio dos monarcas e das aparatosas festas (por ocasião das Embaixadas e casamentos reais).
- Mecenato de D. João II, D. Manuel I e D. João III:
- Acolhimento de humanistas estrangeiros;
- Pagamento de bolsas a estudantes portugueses;
- Fundação do Colégio das Artes;
- Patrocínio de obras arquitetónicas;
- Contratação de artistas estrangeiros para a corte e organização de festas (momento alto de encenação do poder).
O Humanismo e o Antropocentrismo
Conhecidos por Humanistas, os intelectuais do Renascimento distinguiram-se nos ramos da produção literária, poesia, história, teatro, sátira, filosofia e retórica. Eles defendiam que o Homem está no centro do Universo, como o ser mais perfeito da criação e tem poder ilimitado de descoberta e de transformação (o Antropocentrismo).
Os princípios fundamentais do Humanismo incluíam:
- Individualismo: Afirmação do indivíduo pelo uso da razão.
- Racionalidade: Deveria ser treinada nos jovens (julgar, discernir, duvidar).
- Espírito Crítico: Denunciar comportamentos.
- Utopias: Propor sociedades ideais.