Projeções Cartográficas: Tipos e Características
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3 - QUANTO ÀS PROPRIEDADES
Na impossibilidade de se desenvolver uma superfície esférica ou elipsóidica sobre um plano sem deformações, buscam-se projeções que permitam diminuir as deformações. Assim, destacam-se:
Eqüidistantes
Não apresentam deformações lineares
Conformes
Sem deformação, não deformam pequenas regiões
Equivalentes
Têm a propriedade de não alterarem as áreas
Afiláticas
Projeções em que as áreas, os ângulos e os comprimentos não são conservados
4 - QUANTO AO TIPO DE CONTATO ENTRE AS SUPERFÍCIES DE PROJEÇÃO E REFERÊNCIA
Tangentes
A superfície de projeção é tangente à de referência (plano - um ponto; cone e cilindro - uma linha)
Secantes
A superfície de projeção secciona a superfície de referência (plano - uma linha; cone - duas linhas desiguais; cilindro - duas linhas iguais)
- PROJEÇÕES MAIS USUAIS E SUAS CARACTERÍSTICAS
1 - PROJEÇÃO POLICÔNICA
Superfície de representação: diversos cones - Não é conforme nem equivalente (só tem essas características próxima ao Meridiano Central). O Meridiano Central e o Equador são as únicas retas da projeção. O MC é dividido em partes iguais pelos paralelos e não apresenta deformações. Os paralelos são círculos não concêntricos (cada cone tem seu próprio ápice) e não apresentam deformações. Os meridianos são curvas que cortam os paralelos em partes iguais. Pequena deformação próxima ao centro do sistema, mas aumenta rapidamente para a periferia. Aplicações: uso em países ou regiões de extensão predominantemente Norte-Sul e reduzida extensão Este-Oeste. É muito popular devido à simplicidade de seu cálculo pois existem tabelas completas para sua construção. É amplamente utilizada nos EUA. No BRASIL é utilizada em mapas da série Brasil, regionais, estaduais e temáticos.
2 - PROJEÇÃO CÔNICA NORMAL DE LAMBERT (com dois paralelos padrão)
Cônica. Conforme. Analítica. Secante. Os meridianos são linhas retas convergentes. Os paralelos são círculos concêntricos com centro no ponto de interseção dos meridianos. Aplicações: A existência de duas linhas de contato com a superfície fornece uma área maior com um baixo nível de deformação. Isto faz com que esta projeção seja bastante útil para regiões que se estendam na direção este-oeste, porém pode ser utilizada em quaisquer latitudes. A partir de 1962, foi adotada para a Carta Internacional do Mundo, ao Milionésimo.
3 - PROJEÇÃO CILÍNDRICA TRANSVERSA DE MERCATOR (Tangente)
Cilíndrica. Conforme. Analítica. Tangente (a um meridiano). Os meridianos e paralelos não são linhas retas, com exceção do meridiano de tangência e do Equador. Aplicações: Indicada para regiões onde há predominância na extensão Norte-Sul. É muito utilizada em cartas destinadas à navegação.
4 - PROJEÇÃO CILÍNDRICA TRANSVERSA DE MERCATOR (Secante)
Cilíndrica. Conforme. Secante. Só o Meridiano Central e o Equador são linhas retas. Projeção utilizada no SISTEMA UTM - Universal Transversa de Mercator desenvolvido durante a 2ª Guerra Mundial. Este sistema é, em essência, uma modificação da Projeção Cilíndrica Transversa de Mercator. Aplicações: Utilizado na produção das cartas topográficas do Sistema Cartográfico Nacional produzidas pelo IBGE e DSG.
5 - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SISTEMA UTM:
- O mundo é dividido em 60 fusos, onde cada um se estende por 6º de longitude. Os fusos são numerados de um a sessenta começando no fuso 180º a 174º W Gr. e continuando para este. Cada um destes fusos é gerado a partir de uma rotação do cilindro de forma que o meridiano de tangência divide o fuso em duas partes iguais de 3º de amplitude
- O quadriculado UTM está associado ao sistema de coordenadas plano-retangulares, tal que um eixo coincide com a projeção do Meridiano Central do fuso (eixo N apontando para Norte) e o outro eixo, com o do Equador.
- Avaliando-se a deformação de escala em um fuso UTM (tangente), pode-se verificar que o fator de escala é igual a 1(um) no meridiano central e aproximadamente igual a 1.0015 (1/666) nos extremos do fuso. Desta forma, atribuindo-se a um fator de escala k= 0,9996 ao meridiano central do sistema UTM (o que faz com que o cilindro tangente se torne secante). O erro de escala fica limitado a 1/2.500 no meridiano central, e a 1/1030 nos extremos do fuso
- A cada fuso associamos um sistema cartesiano métrico de referência, atribuindo à origem do sistema (interseção da linha do Equador com o meridiano central) as coordenadas 500.000 m, para contagem de coordenadas ao longo do Equador, e 10.000.000 m ou 0 (zero) m, para contagem de coordenadas ao longo do meridiano central, para os hemisfério sul e norte respectivamente. Isto elimina a possibilidade de ocorrência de valores negativos de coordenadas.
- Cada fuso deve ser prolongado até 30' sobre os fusos adjacentes criando-se assim uma área de superposição de 1º de largura. Esta área de superposição serve p facilitar o trabalho de campo em certas atividades.