Psicanálise Freudiana: Id, Ego, Superego e Sonhos

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Psicanálise Freudiana: Id, Ego, Superego e Sonhos

O Segundo Modelo Psíquico de Freud

O segundo modelo psíquico de Freud (que não abandona o primeiro) descreve a personalidade humana através de três instâncias:

O Id

  • Parte instintiva da nossa personalidade, infantil e egoísta.
  • Funciona segundo o princípio do prazer: os desejos devem ser satisfeitos imediatamente, sem medir consequências.
  • É inconsciente e herdado geneticamente; já nascemos com ele.
  • Só se importa com o presente; passado e futuro não importam.
  • Não desaparece, mas é modulado pelo Ego e Superego.

O Ego

  • Tenta satisfazer as exigências do Id de modo “racional”.
  • Atua como mediador entre o mundo externo e interno.
  • Preocupa-se com a autopreservação da pessoa.
  • Funciona segundo o princípio de realidade: razão e controle.
  • Percebe estímulos externos, armazena informações na memória e produz ações para atingir seus objetivos.
  • Também busca o prazer, mas leva em conta os limites, o passado e as consequências dos atos.

O Superego

  • É o “juiz” interno, a censura moral.
  • Representa os códigos morais, nossos valores e a “lei” dentro de nós.
  • Responsável pela consciência, auto-observação e formação de ideais.
  • Nos faz sentir culpa e vergonha dos nossos desejos, sendo importante para frear impulsos.
  • Permite a convivência social e a civilização.
  • Se for muito rígido, pode produzir problemas psicológicos.
  • Forma-se por meio de valores morais, influência dos pais e da sociedade.

O Id e o Superego estão sempre em conflito, mas o equilíbrio entre eles é fundamental para a saúde psíquica da pessoa.

A Interpretação dos Sonhos em Freud

Historicamente, o sonho era visto como um instrumento de comunicação entre o humano e o divino. No tempo de Freud, porém, a opinião científica dominante era que os sonhos eram meros processos fisiológicos de reequilíbrio e “limpeza” do sistema nervoso durante o sono, sem significado psicológico.

Para Freud, SONHOS SÃO REALIZAÇÕES DISFARÇADAS DE DESEJOS RECALCADOS.

Existe uma diferença crucial entre o que vemos no sonho (as “historinhas” fantasiosas), que é o conteúdo manifesto, e o conteúdo latente, que são os significados ocultos.

Os sonhos são processos inconscientes que ocorrem durante o sono e visam transformar, maquiar ou distorcer o conteúdo latente para que ele possa “driblar” a censura e, assim, possibilitar a realização dos desejos recalcados.

Segundo Freud, apenas as crianças possuem sonhos sem censura.

Fontes do Sonho (onde nos baseamos)

  • Impressões sensoriais noturnas: sede, vontade de ir ao banheiro, dor.
  • Restos diurnos: coisas do cotidiano (normalmente do dia anterior ao sonho).
  • Impulsos ou desejos reprimidos (no sonho há um relaxamento da censura).

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