Psicologia: Necessidades Humanas e História
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Hierarquia das Necessidades
Necessidades de Segurança
Estando as necessidades fisiológicas satisfeitas, o indivíduo procura satisfazer a necessidade de se sentir protegido relativamente ao meio e dispor de um ambiente estável.
Necessidade de Afiliação (Sociais)
Esta necessidade manifesta-se no desejo de o indivíduo estar com os outros e ser aceito pelos outros. É a necessidade de receber e dar afeto, confiança, amor; é a procura de fazer parte de grupos: família, amigos, trabalho.
Necessidades de Estima
As necessidades de estima correspondem à necessidade de se sentir respeitado e estimado pelos outros. A autoestima e a necessidade de se sentir competente dependeriam da satisfação das necessidades de estima. A satisfação desta necessidade desenvolve sentimentos de autoconfiança.
Necessidades de Autorrealização
A necessidade de autorrealização é a necessidade que cada um tem de realizar o seu potencial. Esta motivação só se atinge se as necessidades anteriores estiverem satisfeitas. É a necessidade de o indivíduo concretizar as suas potencialidades, de atingir a sua realização pessoal e obter êxito e sucesso.
Psicologia: Uma Ciência Antiga e Recente
A Psicologia é uma das disciplinas académicas mais antigas, mas também uma das mais novas. O interesse pela Psicologia remonta aos primeiros espíritos questionadores. Sempre tivemos fascínio pelo nosso próprio comportamento e especulações acerca da natureza e conduta humanas. Já no século V a.C., Platão, Aristóteles e outros sábios gregos se viam às voltas com muitos dos mesmos problemas que hoje ocupam os psicólogos: a memória, a aprendizagem, a motivação, a perceção, a atividade onírica e o comportamento anormal.
Apesar dos primeiros pensadores e filósofos já se debruçarem sobre questões que fazem hoje área de estudo da Psicologia, foi no século XIX que os pesquisadores, apoiados na investigação e na experimentação, puderam construir uma identidade própria, aperfeiçoando os instrumentos, técnicas e métodos de estudo da Psicologia. Foi há pouco mais de cem anos que os psicólogos definiram os fundamentos da Psicologia e o seu objeto de estudo.
Em dezembro de 1879, Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório de Psicologia do mundo, que permitiu conquistar autonomia para esta disciplina, emancipando-se da Filosofia. Wundt também criou a revista Philosophische Studien, dedicada a relatos de experiências.
Depois de estabelecida, a nova disciplina desenvolveu-se e expandiu-se rapidamente, em especial nos EUA, onde ainda hoje detém um lugar de destaque na Psicologia. A Psicologia expandiu-se tanto em termos de número de técnicos, investigadores, académicos e de literatura publicada, bem como em termos do impacto na nossa vida quotidiana. Todos nós somos, de alguma forma, influenciados pelo conhecimento ou trabalho de psicólogos.
O que distingue a disciplina mais antiga da Filosofia da Psicologia moderna são as abordagens e as técnicas usadas, que denotam a emergência desta última como um campo de estudo próprio, essencialmente científico. Até ao último quarto do século XIX, os filósofos estudavam a natureza humana mediante a especulação, a intuição e a generalização baseadas em sua limitada experiência. Somente quando os pesquisadores passaram a apoiar-se na observação e na experimentação cuidadosamente controladas para estudar a mente humana é que a Psicologia começou a alcançar uma identidade que a distinguia de suas raízes filosóficas.