Psicologia: Objeto, Wundt e Watson

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Definição do Objeto de Estudo da Psicologia

O objeto de estudo da psicologia é o estudo científico do comportamento e dos estados mentais.

  • Comportamento: todos os atos e reações observáveis, tudo o que o organismo faz e que se pode observar.
  • Estados mentais: sentimentos, atitudes, emoções, pensamentos, lembranças, fantasias, perceções, etc.

O Papel de Wundt na Psicologia Científica

Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia do mundo, o que permitiu conquistar autonomia para esta área. Wundt desmarcou-se do pensamento dominante da época, procurando autonomizar a psicologia da filosofia. Afirmou a influência das práticas sociais e culturais na mente humana, contribuindo para a formação da psicologia cultural. Considerou que era compatível o reconhecimento dos elementos simples da consciência e a afirmação de que a mente consciente tem a capacidade de sintetizar esses elementos em processos cognitivos mais elevados. Definiu um objeto (a consciência) e um método de investigação (introspeção controlada) com a finalidade de dar um estatuto de ciência à psicologia. Procurou desenvolver uma teoria sobre a natureza da mente humana que conjugasse a parte biológica e a componente social, o mundo interno e externo, a dimensão individual e coletiva.

A Perspetiva de Wundt: Objeto, Método e Limitações

Objeto: a consciência, os processos mentais.

Método de investigação: introspeção controlada - só o sujeito que vive a experiência é que pode descrevê-la, introspecionando-se, isto é, fazendo a autoanálise dos seus estados psicológicos em condições experimentais.

Limitações metodológicas:

  • A introspeção era contestável como método científico;
  • A introspeção controlada só dava a conhecer os elementos básicos da consciência, as sensações e as perceções.
  • Os processos mentais mais complexos, como a memória e a aprendizagem, não podiam ser estudados experimentalmente.

O Papel de Watson na Psicologia Objetiva

Watson rompe com as conceções dominantes da época e adota um modelo de investigação e de interpretação que visa dotar a psicologia do estudo da ciência objetiva. A necessidade de rutura leva-o à defesa de uma conceção de comportamento humano simplista e, portanto, limitada. Afastou do estudo da psicologia os processos mentais e os comportamentos mais complexos, e o sujeito estava remetido para um papel mais passivo.

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