Psicoterapia: Técnicas, Gestalt e Psicanálise

Classificado em Psicologia e Sociologia

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Especificidades Técnicas em Psicoterapia

O foco no simbólico manifesta-se nas seguintes componentes da técnica:

Foco no Simbólico

  • Associação livre
  • Baixa diretividade
  • Atenção plena e flutuante
  • Uso do silêncio
  • Interpretação
  • Análise de sonhos e da reverie (sonhar-acordado; estado em que à consciência acedem memórias fugazes, conteúdos fantasiosos e imagéticos)
  • Intersubjetividade e “terceiro analítico” (as narrativas e interpretações são um produto cooperativo do terapeuta e paciente cuja soma é mais que as partes)

O foco na relação manifesta-se nas seguintes componentes da técnica:

Foco na Relação

  • Trabalho no espaço transferencial-contratransferencial
  • Trabalho terapêutico focado na aliança terapêutica e na identificação e resolução de impasses, ameaças e ruturas
  • Acolhimento da resistência e ambivalência como elementos integrantes do processo e da ação terapêutica (a resistência não é vista como obstáculo ou ameaça; o trabalho terapêutico é com ela e não contra ela)

A Psicoterapia Gestalt

Bases Teóricas

  • O ser humano é um organismo animal humano que não pode ser compreendido sem ser em relação com o ambiente (físico, social, cultural) onde se insere, ou seja, ele forma um campo com o ambiente.
  • No interior deste campo, organismo e ambiente influenciam-se reciprocamente, não sendo possível pensar um sem o outro, formando uma totalidade que é mais do que a soma das suas partes. Como princípio organizador deste campo, o organismo entra em contacto com o ambiente sempre que a sua homeostase sofre um desequilíbrio, procurando naquele os recursos e meios que a possam repor.
  • Este ciclo contínuo de contacto entre um e outro designa-se de “ciclo da experiência” ou “ciclo de contacto”.

Perspetivas Psicanalíticas: Klein vs. Freud

Klein

Freud

  • Fantasias como estrutura
  • Objeto primário - Imagens/representações (inatas e complexas) da (existência da) mãe
  • Conceção da criança como detendo pré-programações que a tornam psicologicamente mais sofisticada
  • Fantasia e destrutividade como inatas
  • Pulsões como estrutura
  • Conceção do aparelho psíquico como “tábua rasa” - o objeto como entidade exterior que provê satisfação e gratificação – não internalizado até à fase edipiana - debruça-se pouco sobre como se constroem
  • A fantasia e a destrutividade só surgem após frustração e não existem a priori como pré-programadas

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