Queda do Império Romano do Ocidente

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Mapa mostrando a divisão do Império Romano após a morte de Teodósio I em 395 d.C., com o Império Romano do Ocidente em vermelho e o Império Romano do Oriente em roxo. Ícone de lupa para ampliar imagem A divisão do Império após a morte de Teodósio I, ca. 395 d.C. sobreposta às fronteiras modernas.

██ Império Romano do Ocidente.

██ Império Romano do Oriente.

Em geral, a expressão Queda do Império Romano refere-se ao fim do Império Romano do Ocidente, ocorrido em 476 d.C., com a tomada de Roma pelos hérulos. A parte oriental do Império, que posteriormente os historiadores denominariam Império Bizantino, continuou a existir por quase mil anos, até 1453, quando ocorreu a Queda de Constantinopla.

A queda do Império Romano do Ocidente foi causada por uma série de fatores, entre os quais as invasões bárbaras, que causaram a derrubada final do Estado.

O Declínio Econômico

Durante o seu auge nos séculos I e II, o sistema econômico do Império Romano era o mais avançado que já havia existido e que viria a existir até a Revolução Industrial. Mas o seu gradual declínio, durante os séculos III, IV e V, contribuiu enormemente para a queda do Império.

A massiva inflação promovida pelos imperadores durante a Crise do Século III destruiu a moeda corrente, anulando a prática do cálculo econômico a longo prazo e, consequentemente, a acumulação de capital. Isso, somado ao controle estatal da maioria dos preços, teve efeitos desastrosos.

Com isso, Roma começou a declinar devido à interrupção das expansões. A falta de recursos financeiros e a escassez de mão de obra escrava em todo o Império contribuíram para esse declínio.

Essas medidas tiveram consequências desastrosas pois, com quase todos os preços artificialmente baixos, a lucratividade de qualquer empreendimento comercial foi anulada, resultando em um colapso completo da produção e do comércio em larga escala e da relativa e complexa divisão do trabalho que existia durante a Pax Romana.

Mapa mostrando a extensão máxima do Império Romano sob o governo de Trajano (98-117 d.C.). Ícone de lupa para ampliar imagem O Império Romano em sua máxima extensão (governo de Trajano 98-117 d.C.)

A população das cidades caiu por todo o Império devido ao colapso comercial e industrial.

Enquanto o número de cidadãos (homens adultos e livres) durante o Principado em Roma era de 320 mil, em Constantinopla no século V havia apenas oitenta mil cidadãos (25% do número de cidadãos em Roma). Considerando que em Constantinopla existia um número menor de escravos, isso poderia resultar em uma população total cinco vezes menor.

Os trabalhadores desempregados fixaram-se no campo e tentaram produzir eles próprios os bens de que necessitavam, desmonetizando a economia e acabando com a divisão do trabalho, o que causou uma drástica redução da produtividade da economia.

Esses fenômenos resultaram na criação do primitivo sistema feudal baseado na autossuficiência de pequenos territórios economicamente independentes.

Com seu sistema econômico destruído, a produção de armas e a manutenção de uma força militar defensiva se tornaram insustentáveis financeiramente, o que facilitou enormemente as invasões bárbaras.

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