Questão Coimbrã, Geração de 70 e o Realismo em Portugal

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Questão Coimbrã e a Geração de 70

A Questão Coimbrã foi uma polémica literária marcante. A partir de 1860, os estudantes de Coimbra revoltaram-se, mostrando a sua inconformidade com os valores vigentes na sociedade. Em 1865, ocorreu a primeira tomada de posição dessa juventude.

A Geração de 70 foi um conjunto de intelectuais e escritores que se afirmaram entre 1861 e 1871, impondo em Portugal ideias novas e modelos literários vindos da Europa. Esta polémica entre Românticos e Realistas terminou com uma disputa entre Antero de Quental e Ramalho Ortigão.

O Realismo

O Realismo está voltado para a análise da sociedade. Faz o estudo dos vários setores sociais, identifica as causas da sua decadência com o objetivo de a transformar e descreve o real com exatidão, precisão e pormenor.

Modos de Expressão Literária

Narração

  • Organiza e apresenta, verbalmente, os elementos que compõem a narrativa (tempo, espaço, personagens, etc.).
  • Confere dinamismo à ação ao apresentar factos e acontecimentos.
  • Recorre frequentemente a verbos de movimento no presente e no pretérito perfeito.

Descrição

  • Apresenta algo ou alguém de forma relativamente pormenorizada.
  • Introduz pausas na narração, designadas segmentos descritivos, que podem ser compostas desde simples expressões a parágrafos mais ou menos extensos.
  • Os segmentos descritivos podem incluir catálises, ou seja, acontecimentos que, embora não façam avançar a história, fornecem informações importantes para a composição do retrato de algo ou alguém.

Diálogo

  • Reproduz a fala de dois ou mais interlocutores.
  • Permite um rápido avanço da ação.
  • Recorre ao discurso direto e, por vezes, a marcas de oralidade.

Monólogo

  • Reproduz a fala de um interlocutor, que fala consigo próprio.
  • O monólogo ocorre quando o interlocutor está na companhia de outras pessoas, que o podem estar a ouvir ou não.
  • Quando o interlocutor está completamente sozinho, utiliza-se o termo solilóquio.
  • Recorre à primeira pessoa do singular e, geralmente, implica um discurso desordenado, vergado aos pensamentos e reflexões do interlocutor.

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